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Análises de livros

Análises de livros

THE SPINAL CORD. Simpósio da Ciba Foundation, editado por J. L. Malcolm e J. A. B. Gray. Um volume com 300 páginas e 112 ilustrações. J. & A. Churchill, Londres, 1953. Prêço 30 shillings.

Êste livro reúne os trabalhos de um simpósio de que participaram as maiores autoridades de nove países diferentes, no campo da anatomia, fisiologia, farmacologia, clínica e outros aspectos da medula espinhal.

Consta o livro de 20 relatórios, cada um dos quais seguido das discussões e comentários provocados. Evidentemente, na análise de um livro desta natureza não cabe uma apreciação individual sôbre cada um dos relatórios. Êstes são os seguintes: 1) Contribuição para o estudo da medula em animais inferiores, por T. H. Bullock (Califórnia) ; 2) Alguns fatôres regulando a forma e a organização dos motoneurônios da medula espinhal, por D. H. Barron (Yale) ; 3) Os agrupamentos de células motoras na medula espinhal, por G. J. Romanes (Edimburgo) ; 4) Análise dos potenciais da medula espinhal em derivações da medula dorsal, por C. G. Bernhard (Estocolmo) ; 5) Comparação das respostas reflexas monossimpáticas e polissimpáticas da medula espinhal sob diversas influências, por C. McC. Brooks e K. Koizumi (Nova York) ; 6) Tétano estricnínico da medula espinhal, por F. Bremer (Bruxelas); 7) Algumas observações sôbre os potenciais das raízes dorsais, por J. L. Malcolm (Londres) ; 8) Alguns aspectos das conexões espinhais reflexas das fibras aferentes esplâncnicas, por C. B. B. Downman (Londres); 9) Alguns aspectos da estimulação repetida de aferentes na condução reflexa, por A. A. Jefferson e W. Schlapp (Manchester) ; 10) Propagação antidrômica de impulsos nos motoneurônios, por L. G. Broock, J. S. Coombs e J. C. Eccles (Austrália); 11) Condução dos impulsos nos neurônios dos núcleos oculomotores, por Lorente de Nó (Nova York) ; 12) União reflexa dissináptica entre certos músculos da pata posterior, poí Y. Laporte (Nova York) ; 13) Alguns efeitos da anticolinesterase na medula espinhal do gato, por C. R. Skoglund (Estocolmo) ; 14) Aplicação local de substâncias na medula espinhal, por D. W. Kennard (Londres) ; 15) Os efeitos das injeções arteriais de acetilcolina e anticolinesterase na atividade da medula cervical do gato, por W. S. Feldberg, J. A. B. Gray e W. L. M. Perry (Londres) ; 16) A ação da d-tubo-curarina e estricnina na medula espinhal do gato, por D. Taverner (Leeds) ; 17) Especulações sôbre o "servo-control" do movimento, por P. A. Merton (Londres) ; 18) Áreas cutâneas específicas para a excitação e inibição dos reflexos das patas posteriores, por K. E. Hagbarth (Estocolmo) ; 19) Conexões nervosas aferentes do núcleo cervical lateral, por B. Rexed e G. Ström (Estocolmo) ; 20) Condução nervosa na poliomielite, por D. M. Brooks (Londres).

Donal Brooks, neste último relatório, procura-se basear em casos clínicos de poliomielite, a fim de estudar com precisão os pontos de ação do processo patológico. Clàssicamente, conhece-se o fato de que, após o início da doença, o músculo afetado pode, durante alguns meses, evidenciar certa recuperação motora, cujo mecanismo é explicado por diversas hipóteses: reversibilidade das alterações das células dos cornos anteriores da medula, reinervação de segmentos denerva-dos de músculos através de ramificações de axônios adjacentes intactos, e hipertrofia de fibras musculares cuja inervação permanecera incólume. Neste trabalho, Brooks procurou saber se uma dada paralisia por poliomielite é ou não secundária à lesão degenerativa do motoneurônio por destruição da célula motora. Empregou três métodos de investigação: intensidade das curvas de duração, ele- tromiografia e condução nervosa. Concluiu que alguns aspectos clínicos verificáveis na poliomielite não podem ser atribuídos apenas à destruição das células motoras da medula; pelo contrário, parece provável que qualquer distúrbio dos processos neurofisiológicos normais na medula e, talvez, nos axônios periféricos, desempenha um papel importante no determinar a extensão da paralisia inicial e o grau de recuperação subseqüente. O estudo da condução nervosa pode ser um elemento prognóstico útil, encorajando o tratamento dos casos favoráveis e evitando terapêuticas inúteis quando as lesões são irreversíveis.

R. MELARAGNO FILHO

TOXOPLASMOSE OCULAR. CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO CLÍNICO E EXPERIMENTAL. SYLVIO ABREU FIALHO. Tese para concurso à Cátedra de Clínica Oftalmológica na Faculdade Nacional de Medicina. Um volume com 402 páginas e 63 figuras. Editado pelo autor. Impresso pela Emprêsa Gráfica Ouvidor S.A., Rio de Janeiro, 1953.

A freqüência com que tem sido assinalada a toxoplasmose no meio brasileiro e as incógnitas constituídas pelo diagnóstico, pela fisionomia clínica e pela evolução dessa moléstia, e, especialmente, os problemas relativos à caracterização da coreo-retinite que constitui a manifestação ocular típica, levaram o autor a publicar esta monografia, na qual são condensados dados colhidos na literatura, assim como pesquisas clínicas e experimentais pessoais de grande valor para o esclarecimento da toxoplasmose ocular.

Os primeiros capítulos são dedicados à conceituação, ao histórico e aos aspectos oftalmológicos da toxoplasmose humana; às características fundamentais do toxoplasma e às formas de propagação da moléstia dos animais ao homem; à análise dos numerosos casos de toxoplasmose humana já registrados na literatura e das estatísticas já publicadas referentes à incidência do anticorpo toxoplasmatic em doentes com inflamações intra-oculares. Nos capítulos seguintes são estudados os quadros clínicos da doença nas suas formas fundamentais; as manifestações oculares em geral e a coreo-retinite em particular; os elementos para o diagnóstico sorológico; a histopatologia da toxoplasmose cerebral e ocular; as tentativas terapêuticas e a profilaxia da doença. A parte mais valiosa da monografia é a que se refere às observações e pesquisas pessoais. A ampla documentação apresentada foi dividida nos seguintes itens: 1 - observações típicas (9 casos) ; 2 - casos com sintomatologia típica, ou sugestiva, porém com provas sorológicas negativas (5 casos) ; 3 - incidência do anticorpo toxoplasmático em pacientes com coreo-retinite e uveíte anterior, sem outros sintomas imputáveis à toxoplasmose (50 casos) ; 4 - manifestações oculares da toxoplasmose experimental do coelho.

Trata-se, como se vê pela simples exposição da matéria, de monografia extremamente útil para os neurologistas, ginecologistas, pediatras e oftalmologistas, que vêem aumentar diàriamente, mercê de exames melhor orientados, a incidência da toxoplasmose humana. Nela serão encontrados, expostos clara e minuciosamente, e em linguagem muito límpida, todos os elementos em que se deve basear o diagnóstico dessa afecção temível não só pelo acometimento do aparêlho ocular como pelas conseqüências neurológicas que acarreta. Aos excelentes trabalhos brasileiros já publicados sôbre o assunto, junta-se agora, como documentário de alto valor, a monografia de Sylvio Abreu Fialho que, sem dúvida alguma, despertará, tanto nos meios nacionais como internacionais, o interêsse que sempre provocam os trabalhos feitos segundo normas sadias e honestas, baseados na observação meticulosa, na experimentação bem conduzida e na análise objetiva dos resultados obtidos.

O. LANGE

O MÉTODO DE RORSCHACH. CICERO CHRISTIANS DE SOUSA. Um volume com 274 páginas e 10 ilustrações fora do texto. Editado pela Companhia Editôra Nacional, São Paulo, 1953 (vol. 23 da Série "Iniciação Científica").

A Cia. Editôra Nacional presta relevante serviço às letras médicas brasileiras, particularmente nos domínios da psicologia e da psicotécnica, ao editar esta obra do Dr. Cícero Christiano de Sousa. O livro exprime bem a cultura geral, o amplo campo de interêsses, a formação técnica aprimorada e isenta de idéias preconcebidas, o elevado senso de equilíbrio de quem o produziu. Ao firmar a própria posição em face das controvérsias que a prova tem suscitado, o autor assim se exprime: "Não entraremos na apreciação de cada argumento pró ou contra a utilização do teste de Rorschach. Seja-nos lícito apenas indicar que as descrições da personalidade e os diagnósticos com êle feitos oferecem alto grau de validez. Entretanto, como qualquer prova médica ou psicológica, o método não é infalível: mesmo em mãos experientes, pode falhar. A prova de Rorschach deve ser considerada como técnica auxiliar de diagnóstico, comparável aos exames de laboratório utilizados em outros setôres da medicina. Sempre que possível, deve ser usada em conjunção com outros testes psicológicos e, em qualquer caso, devem seus resultados ser controlados pelo exame clínico direto".

Os 15 capítulos do texto pròpriamente dito, vasados em linguagem clara, espontânea, acessível mesmo ao leitor não especializado na técnica, abrangem 179 parágrafos principais numerados consecutivamente, aos quais remete o índice alfabético. Entre a parte expositiva e êste último medeiam 5 capítulos suplementares, a bibliografia, 5 lâminas fora do texto - cada qual com a reprodução em miniatura de 2 pranchas do método - e o índice alfabético de autores citados.

A noções gerais sôbre a prova se votam os capítulos I a III, respectivamente com "noções preliminares", "administração da prova", "dados gerais da apuração". O IV se refere à "localização das respostas" e os cinco subseqüentes focalizam diferentes fatôres determinantes das associações. Nas "Respostas de forma", o autor defende com acêrto a avaliação em base estatística: "Na realidade, ao menos dentro da civilização ocidental, podem, com mínima probabilidade de êrro, ser usadas num país tabelas organizadas em outro, porque as diferenças nacionais não são de molde a modificar profundamente a representação que, do mundo exterior, têm indivíduos crescidos em diferentes áreas. Assim, no caso especial do Brasil, tomando-se certas cautelas, podem aplicar-se tabelas norte-americanas (visto não existirem tabelas brasileiras)". Cai a ponto notar, porém, que o autor deixa de individualizar as formas estatìsticamente mal definidas, incluindo-as no grupo F+ ou F-. Isto, a nosso ver, falsearia a apreciação do psicograma em aprêço e justamente em setor psicológico tão importante quanto é êsse que se afere pelo nível F+ . Todos os pesquisadores que no continente americano seguem orientação mais diferenciada - e com os quais o autor concorda em muitos aspectos - salientam a necessidade de não apor o sinal + ou o sinal - às formas que não fôrem estatìsticamente definíveis; não nos parece, assim, razoável, neste particular, "considerar apenas dois graus de adequação, como havia sido sugerido pelo fundador do método" (pág. 135).

Conceitos e explicações igualmente muito claros aparecem nos tópicos relativos ao "conteúdo" e à "freqüência" das respostas, assim como nos consagrados aos "dados qualitativos", aos "padrões de reação", ao "diagnóstico psiquiátrico" e ao "Rorschach gráfico". Em alguns períodos, aliás raríssimos, o autor se torna algo categórico, talvez devido à concisão. Assim, diz á pág. 150: "Sempre indica a perseveração fraqueza dos processos intelectuais, seja por falta ou defeito de desenvolvimento (crianças, oligofrênicos), seja por inibição ou destruição (neuróticos, psicóticos e orgânicos)". Deixa assim de parte a ocorrência em protocolos de examinandos chamados "normais", mas em condições emotivas particulares ou com idéias prevalentes, o que não é raro. E, no capítulo XIII, § 156, afirma que "só nos depressivos F+% ultrapassa os valores de 80 a 90%". A percentagem de 100% para F+ em neuróticos obsessivos não deprimidos não tem sido rara, entretanto, em nossa experiência pessoal. Em alguns pontos gostaríamos que o autor se detivesse um pouco mais nas explicações. Por exemplo, ao fazer reserva à análise às cegas do protocolo, assinala: "Num exame de 30 respostas, analisado às cegas, há 6 ou 8 interpretações anatômicas, das quais se pode inferir o ser o sujeito ansioso e ter preocupações hipocondríacas: tal não será, porém, se o examinando fôr médico" (pág. 174). Ora, caso se adote o critério de só considerar anatômica a interpretação correspondente que fôr acessível ao leigo em medicina - e é prática que nos parece necessária - desaparecerá tal causa de êrro. Então, no caso figurado, ou não haveria 6 ou 8 respostas na categoria apontada, ou o examinando estaria realmente na situação psicológica expressa pelo psicograma. Caberiam, pois, aí, explanações mais demoradas sôbre o critério para classificar o conteúdo explícito das associações. Encontramos no cap. XIV, pág. 194: "Cumpre notar, enfim, que todos os elementos que servem para caracterizar a neurose podem aparecer nos exames de doentes corticais ou esquizofrênicos". Em nossa opinião, o autor devera salientar neste passo que não seria isto incidência ocasional nem contraditória, mas indício de que o aludido paciente estaria reagindo subjetivamente, mediante alguns dos dinamismos "psicógenos", ao próprio estado de desagregação, se fôr êste o caso.

Os "Suplementos" seriam suficientes de per si para recomendar a obra em aprêço, não bastasse a excelência do texto. No primeiro, "detalhes comuns", apresenta o autor uma lista comparativa dos pormenores principais identificados por Klopfer e Sender, por Beck, por Hertz e por si próprio; essa lista, de grande utilidade prática, é precedida por um quadro-resumo e por outro em que aparece a proporção de concordância das 4 tabelas. Desejamos apenas fazer notar que a de Beck não foi revista com referência à 2ª edição; nesta, o total de pormenores primários, que eram em número de 90, passaram a 111, para o total de pranchas. O suplemento II confronta, da mesma forma, as "Tabelas de respostas vulgares" dos autores americanos e mais as de Loosli-Usteri, de Schneider, de Vernon, de Leme Lopes e a própria. Respectivamente à "Tabela comparativa de símbolos", a uma "Tabela proporcional" em que se inscrevem as "proporções entre dois números inteiros de 1 a 55, com aproximação de meia unidade", à "Nomenclatura das partes selecionadas", são consagrados os suplementos de III a V. O primeiro dêles coteja o sistema de notação adotado por 17 autores diversos e o sistema desenvolvido pelo autor, e o último especifica o critério que êste publicara em 1947, apresentando a relação dos pormenores, prancha por prancha.

A extensa lista de autores citados no texto - ao todo 154 - é metòdicamente arrolada na "Bibliografia" e ainda no índice alfabético de autores. Parece-nos que, entre os nacionais, só não foi citado Baer Bahia, monografia publicada em 1949 em Buenos Aires. E, dentre os tratadistas europeus, Ewald Bohm deixou de ser discutido, certamente porque o Lehrbuch der Rorschach-Psychodiagnostik teria chegado às mãos de Cicero Christiano de Sousa quando o volume em questão já se achava redigido. Isto, de resto, sòmente corrobora a comprovada seriedade com que foi tratado o texto em aprêço.

Estamos certos de que, como nós, todos os que conhecem o autor ou que tiverem percorrido esta obra, endossarão as palavras com que Douglas M. Kelley encerra a Introdução: "Do meu ponto de vista pessoal esta publicação é importante, pois indica o valor cultural que representa para nossa civilização o intercâmbio de peritos entre países do hemisfério ocidental. Ela representa a integração da melhor doutrina referente à técnica do Rorschach haurida em tôdas as fontes globais acessíveis. Todos os estudiosos que trabalham nas diversas áreas da personalidade encontrarão uma dádiva compensadora no aparecimento desta obra, cujo valor constituirá duradouro monumento à energia e ao entusias- mo do autor, à diligência e aos esforços dêle, aos seus feitos intelectuais em lingüística, em psiquiatria, em psicologia e em antropologia".

ANÍBAL SILVEIRA

LIVROS RECEBIDOS

Nota da Redação - A notificação dos livros recentemente recebidos não implica em compromisso da Redação da revista quanto à publicação ulterior de uma apreciação. Todos os livros recebidos são arquivados na biblioteca do Serviço de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Effetti Biologici Della Puntura Lombare e Delle Principali Sostanze Introdotte Per Via Endorachidea. A. Maffei. Um volume com 128 páginas, editado por Acta Neurologica - Policlinico, Napoli, 1952.

Panorami di Biochimica Topografica Del Sistema Nervoso. G. A. Buscaino. Um volume com 279 páginas, editado por Acta Neurológica - Policlinico, Napoli, 1950.

Basic Problems in Psychiatry. J. Wortis, B. Pasamanick, W. Horsley Gantt, H. G. Birch, C. P. Deutsch, P. H. Hoch e I. Bieber. Um volume com 186 páginas, coordenado por J. Wortis e impresso por Gruñe & Stratton, New York, 1953.

Psychoneurotic Art: Its Function in Psychotherapy. M. Naumburg. Um volume com 148 páginas e 40 figuras, editado por Grune & Stratton, Inc., New York, 1953.

The Study of the Brain. A Companion Text to the Stereoscopic Atlas of Neuroanatomy. H. S. Rubinstein. Um volume com 209 páginas e 43 figuras, editado por Grunne & Stratton, New York, 1953.

Angustia, Tensión, Relajación. E. E. Krapf. Um volume corn 95 páginas, editado por Editorial Paidos, Buenos Aires.

Traumatismos Medulares. Victor Soriano. Um volume com 360 páginas, impresso por Imprenta Letras S. A., Montevidéu, 1953.

O Método de Rorschach. Cicero Christiano de Sousa. Um volume com 275 páginas, editado pela Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1953.

Toxoplasmose Ocular. Sylvio Abreu Fialho. Um volume com 402 páginas e 63 figuras, impresso pela Emprêsa Gráfica Ouvidor S. A., Rio de Janeiro, 1953.

Die Beurteilung der Zurechnungsfähigkeit. K. Schneider. Um volume com 36 páginas, editado por Georg Thime, Stuttgart, 1953. Prêço: DM 2.70.

Sympathikus Chirurgie. P. Sunder-Plassmann. Um volume com 162 páginas e 145 figuras, editado por Georg Thieme, Stuttgart, 1953. Prêço: DM 54.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Abr 2014
  • Data do Fascículo
    Dez 1953
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