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VII Congresso Latino-Americano de Neurocirurgia e III Congresso Sul-Americano de Elentencefalografia Neurofisiologia Clínica

VII Latin-American Congress of Neurosurgery and III South-American Congress of Electroencephalography and Clinical Neurophysiology

CONGRESSOS MÉDICOS

VII Congresso Latino-Americano de Neurocirurgia e III Congresso Sul-Americano de Elentencefalografia Neurofisiologia Clínica

Sob os auspícios do Governo colombiano e da Faculdade de Medicina da Universidade de Antioquia, de 8 a 11 de julho do corrente ano, na cidade de Medellin, realizaram-se o VII Congresso Latino-Americano de Neurocirurgia e o III Congresso Sul-Americano de Eletrencefalografia e Neurofisiologia Clínica.

O Congresso de Neurocirurgia esteve bastante concorrido. O primeiro tema oficial versou sobre Tumores ventriculares e teve como relatores, para a sintomatologia clínica o Dr. Manuel Velasco Suárez (México), para a parte radiológica os Drs. Juan Albertengo e Juan Recagno (Argentina) e com relação ao tratamento os Drs. José Banaim e Francisco Perino (Argentina).

O segundo tema oficial versou sobre Lobo temporal e contou como relatores, para a fisiopatologia os Drs. Reinaldo Poblete e R. Olivares (Chile), para as epilepsias do lobo temporal o Prof. Paulino Longo e o Dr. Jorge Armbrust-Figueiredo (Brasil), para os tumores o Dr. Constancio Castells (Uruguai) e para a parte cirúrgica o Dr. Zaluar Campos (Brasil).

O terceiro tema versou sobre Apoplexias e teve como relatores para a parte clínica o Dr. J. B. Gomensoro (Uruguai), para a parte radiológica o Dr. E. Monteagudo (Peru) e para o tratamento cirúrgico os Drs. Mario Michel Zamora (Bolívia) e Gustavo Endara (Equador).

A estes temas oficiais foram agregadas numerosas contribuições, dentre as quais queremos salientar as seguintes: Eletrencefalografia nos tumores do terceiro ventrículo (Drs. Carlos Villavicencio e Nelly Chiófano); Tumores do quarto ventrículo (Drs. Ernesto Bustamante e Saul Castano); Tratamento cirúrgico da epilepsia temporal (Dr. Jorge A. Picaza); Lobectomia temporal bilateral (Drs. Juan Carlos Christensen e A. Thomson); Arteriografia nas hérnias do hipocampo (Dr. Esteban B. Rocca e colaboradores); Tratamento médico dos acidentes cérebro-vasculares (Drs. J. B. Gomensoro e Héctor de Féminis); Tratamento cirúrgico da hemorragia cerebral espontânea (Drs. Roman Arana Iíííguez e J. B. Gomensoro; Diagnóstico dos acidentes cérebro-vasculares agudos (Drs. Rodrigo Londofio, Francisco Piedrahita e Rami-ro Sierra). Dos trabalhos apresentados como temas livres, destacamos os seguintes : Cisternografia (Dr. A. Mattos Pimenta); Polineurite e câncer do pulmão (Drs. R. Landa, R. Jori e F. Cabieses); Leucotomia térmica na dor intratável (Drs. F. Cabieses, R. Landa e J. Barrenechea); Pneumografia fra-cionada na fossa posterior (Drs. A. Mattos Pimenta, Roque Balbo e Paulo Mangabeira Albernaz); Deformações da fossa média (Drs. Ernesto Bustamante e Saul Castafio); Nova técnica de abordagem das lojas cerebrais (Drs. E. Palma e colaboradores).

O Congresso de Eletrencefalografia e Neurofisiologia Clínica foi pouco concorrido. Esta reunião contou apenas com temas livres; dos trabalhos apresentados devemos citar e comentar os seguintes: Eletrencefalograma nos distúrbios circulatórios cerebrais (Drs. Paulo Pinto Pupo, Eliova Zukerman e colaboradores), no qual os autores analisaram, do ponto de vista clínico e eletrencefalográfico, 170 pacientes que apresentaram icto apoplético ou não, mostrando, à guisa de conclusões, que: 1) houve paralelismo entre o tempo decorrido após o icto e a evolução do EEG, no tocante ao desaparecimento progressivo das anormalidades; 2) não havia diferenciação eletrencefalográ-fica entre o grupo previamente hipertenso ou não; 3) a idade do paciente não alterou substancialmente os resultados do EEG; 4) os casos que evoluíram para a morte apresentaram EEG com anormalidades intensas e difusas; 5) coincidência entre o desaparecimento das ondas delta e a melhoria clínica; Ação farmacológica e repercussão eletrencefalográfica do Amplictil sobre o nervo vestibular (Drs. Abraham Menevitch e Juan Manuel Tate); O EEG na encefalite sifilítica (Dr. Álvaro Calderón), no qual o autor, estudando as alterações eletrencefalográficas encontradas em três pacientes portadores de paralisia geral, mostrou que este exame é importante para a verificação do caráter evolutivo da moléstia e para o prognóstico, especialmente quanto às seqüelas de caráter convulsivo; Estudo cronaximétrico das paralisias faciais periféricas (Drs. Ernesto Bancalari e Gino Costa); A eletrence-falografia no diagnóstico e no prognóstico dos abscessos cerebrais (Drs. Paulo Pinto Pupo, A. Mattos Pimenta e O. Barini), no qual os autores analisaram 66 casos de abscessos cerebrais e concluíram pela excelência do EEG como método auxiliar no diagnóstico e, muitas vezes, orientador com relação à indicação do ato e tática neurocirúrgicos; Estudo do coma insulínico e outros estados hipoglicemiantes, do ponto de vista eletrencefalográfico (Drs. P. Vaz de Arruda e Henrique Marques de Carvalho), no qual os autores analisaram uma série de 15 casos e chamaram a atenção para o aparecimento de descargas espícula-onda lenta na grande maioria de pacientes, mesmo naqueles que não apresentavam crises clínicas durante a prova terapêutica.

Paulo Vaz de Arruda* * Eletrencefalografista. Clinica Psiquiátrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

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    Eletrencefalografista. Clinica Psiquiátrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      19 Fev 2014
    • Data do Fascículo
      Dez 1957
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