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Definição de engajamento estudantil no ensino superior: um estudo bibliométrico

Definición de compromiso estudiantil en la educación superior: un estudio bibliométrico

Resumo

O propósito principal deste artigo consiste em fornecer uma ampla variedade de visões e perspectivas a respeito do engajamento estudantil no ensino superior, explorando suas múltiplas possibilidades e os desafios enfrentados pelos alunos ao longo de sua trajetória acadêmica. Assim, com o intuito de realizar uma pesquisa completa e abrangente, realizou-se uma análise bibliométrica na extensa base de dados da SciELO - Scientific Electronic Library Online, com o objetivo de localizar publicações pertinentes ao tema em questão. Desse modo, a partir da seleção criteriosa de 24 artigos, foi possível identificar uma ampla gama de aspectos englobados pelo conceito de “engajamento estudantil”, conglomerando não apenas elementos comportamentais, mas também emocionais e cognitivos. Adicionalmente, percebeu-se que esse termo apresenta características distintas e peculiares, que merecem atenção especial. Ademais, é relevante ressaltar que os artigos analisados não evidenciaram uma correlação clara entre o engajamento e o processo de aprendizagem, o que abre caminho para futuras pesquisas e investigações nesse âmbito.

Palavras-chave:
engajamento do estudante; ensino superior; estudo bibliométrico

Resumen

Este artículo tiene como objetivo presentar perspectivas sobre el compromiso estudiantil, sus posibilidades y los desafíos encontrados por los estudiantes durante su trayectoria en la educación superior. A través de una investigación bibliométrica, se buscaron publicaciones en la base de datos de SciELO para identificar las diferentes aproximaciones relacionadas con el tema. A partir de los datos recopilados, se seleccionaron 24 artículos para su análisis. Se observó que el término “compromiso estudiantil” abarca diversos aspectos, como el comportamiento, las emociones y los aspectos cognitivos. Además, este término tiene características variadas y particulares. Además, en los artículos se pudo observar que no existe una correlación clara entre el compromiso y el aprendizaje, lo cual puede ser objeto de estudio para investigaciones futuras.

Palavras clave:
compromiso estudiantil; educación superior; aprendizaje; estudio bibliométrico

Abstract

This article aims to present perspectives on student engagement, its possibilities and the challenges faced by students during their path in Higher Education. Thus, through bibliometric research, we searched the SciELO database for publications to identify the different approaches referring to the theme of this work. From the collected data, we selected 24 articles for analysis. We found that the use of the term student engagement encompasses several aspects, such as: behavioral, emotional, and cognitive. In addition, we noticed that the term has varied and peculiar characteristics. Furthermore, we observed in the articles that there is no clear correlation between engagement and learning, a factor that may be the subject of studies for future research.

Keywords:
student engagement; higher education; learning; bibliometric study

1 Introdução

É corrente, no discurso do ensino superior, o argumento de que é necessário engajar o aluno. Seja em atividades presenciais ou a distância, nas mais diversas áreas do conhecimento, o engajamento estudantil tem sido uma constante. Neste sentido, o presente artigo busca apresentar perspectivas acerca do engajamento estudantil, suas possibilidades e os desafios encontrados pelos estudantes, durante o seu percurso no ensino superior.

Muitas pesquisas direcionam o foco para o engajamento estudantil, devido a grande possibilidade por compreender o ensino superior sob a ótica dos próprios estudantes. Isso pode se dar sob diferentes aspectos, como: a qualidade do estudo, as aprendizagens, as razões do abandono ou evasão, a riqueza das estratégias didáticas oferecidas, dentre outros.

Contudo, percebe-se que, nas investigações envolvendo o ensino superior e o engajamento do estudante, não há clareza em relação ao significado deste último termo, pois ele é empregado para justificar diversas situações. Por exemplo, “engajamento” pode ser considerado um conceito multidimensional, de forma que não existe uma abordagem singular para assegurar que esse será satisfatório (MARTINS; RIBEIRO, 2017MARTINS, Letícia Martins de; RIBEIRO, José Luis Duarte. Engajamento do estudante no ensino superior como indicador de avaliação. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, Campinas; Sorocaba, v. 22, n. 1, p. 223-247, mar. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/VD7hTdfYbHCZNKxzTNfHSYk/?format=pdf⟨=pt. Acesso em: 15 dez. 2022.
https://www.scielo.br/j/aval/a/VD7hTdfYb...
). Todavia, ampla parte dos estudos, caracteristicamente, aborda definições operacionais para conceituar o termo.

Sendo assim, este trabalho tem como objetivo investigar e descrever sobre o tema engajamento estudantil no ensino superior, tomando como foco as características acadêmicas e não acadêmicas, conexas com as experiências de aprendizagem dos estudantes, fazendo analogias que perpassam o aprender e a sua vida pessoal. Para tal, foi realizada uma pesquisa bibliométrica junto à base de dados da SciELO, com o intuito de encontrar trabalhos para identificar as diferentes abordagens referentes ao tema aqui discutido.

Justifica-se a relevância da pesquisa, especialmente, sob dois aspectos. Socialmente, é importante compreender um conceito amplamente utilizado, mas de forma pouco clara, para que haja o devido esclarecimento do seu significado e uso racional em documentos e discursos. Já pelo âmbito acadêmico, esclarecer este apontamento é fundamental para pesquisas que se embasem no conceito para indicadores de qualidade ou eficácia da aprendizagem e as ações no ensino superior, por exemplo.

2 Referencial Teórico

“Engajamento” tem se tornado uma expressão corriqueira em discursos e documentos na educação. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por exemplo, faz menção ao termo, sem definitiva conceituação. Uma das ações apontadas pelo documento para articulação particular com os currículos, por exemplo, é “conceber e pôr em prática situações e procedimentos para motivar e engajar os alunos nas aprendizagens” (BRASIL, 2018, p. 17BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018., grifo nosso).

O termo também citado em documentos voltados ao ensino superior, como no Instrumento de “Avaliação Institucional Externa: Presencial e a Distância - Credenciamento”, em seu indicador 1.2: Autoavaliação institucional: participação da comunidade acadêmica. Esta é a descrição para o conceito máximo:

O projeto de autoavaliação descreve como ocorrerá a participação de todos os segmentos da comunidade acadêmica e da sociedade civil organizada (vedada a composição que privilegie a maioria absoluta de um deles), abrange instrumentos de coleta diversificados (voltados às particularidades de cada segmento e objeto de análise) e estratégias para fomentar o engajamento crescente. (BRASIL, 2017, p. 10BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Avaliação Institucional Externa: Presencial e a Distância - Credenciamento. Brasília, 2017., grifo nosso).

Neste documento, mais uma vez, a definição e a função do engajamento são negligenciadas. Não que seja possível desprezar a sua importância, apenas não há qualquer discussão sobre o termo, levando-o a um lugar comum nos discursos.

É até compreensivo que se coloque relevo no termo. Ao menos desde o movimento escolanovista, quando o centro do processo educacional se desloca do professor para o aluno e a função da educação começa a ser revista, urge transformar a escola em um local de interesse para o aluno. Isso porque, sabe-se que o aluno não aprende por inércia: é necessário existir algo que faça com que ele se movimente em direção à construção do conhecimento. Esse “algo” pode ser o desejo: o aluno precisa desejar aprender (MEIRIEU, 1998MEIRIEU, Philippe. Aprender... sim, mas como? Porto Alegre: Artmed, 1998.). Por motivos oriundos do próprio aluno ou construídos pelo docente ou demais atores do processo educacional durante a ação de ensinar, o desejo é fundamental.

A partir da chamada Quarta Revolução Educacional (ARAÚJO, 2011ARAÚJO, Ulisses Ferreira. A quarta revolução educacional: a mudança de tempos, espaços e relações na escola a partir do uso de tecnologias e da inclusão social. Educação Temática Digital, Campinas, v. 12, n. esp., p. 31-48, abr. 2011.), este imperativo ganhou ainda novos contornos. A ampla adoção – ao menos em tese – de metodologias ativas e tecnologias digitais de informação e comunicação mudaram a lógica desse desejo e de como visualizá-lo no estudante.

Metodologias ativas devem ser entendidas como processos de ensino nos quais o professor se interessa em colocar o aluno para desempenhar em uma ação com processo e resultado visíveis, por meio de estratégias específicas (OLIVEIRA, 2019OLIVEIRA, Edison Trombeta de. Projetos e metodologias ativas de aprendizagem. São Paulo: Senac, 2019.). É necessário que se perceba a ação do aluno – ainda que, mesmo sem estar realizando alguma atividade visível (como apenas refletindo, por exemplo), pode haver aprendizagem.

Se esta demanda de se “ver” a aprendizagem ocorrendo junto aos estudantes já é desafiadora na educação presencial, com a inserção das tecnologias em processos educacionais, isto tornou-se ainda mais complexo. Os conhecimentos dos docentes não devem proporcionar uma inserção impensada das tecnologias no ensino, mas sim propiciar uma nova forma de planejar, executar e avaliar as ações educacionais (OLIVEIRA, 2022OLIVEIRA, Edison Trombeta de. Como escolher tecnologias para educação a distância, remota e presencial. São Paulo: Blucher, 2022.; KOEHLER; MISHRA, 2009KOEHLER, Matthew J.; MISHRA, Punya. What Is Technological Pedagogical Content Knowledge? Contemporary Issues in Technology and Teacher Education, Waynesville, v. 9, n. 1, p. 60-70, 2009.).

Especialmente a partir da pandemia de Covid-19, a tecnologia ganhou mais relevância na educação. Se antes ela era um fator desejado, agora passa a ser uma realidade que nos processos de ensino e de aprendizagem escolares, mesmo que inserido forçosamente (NÓVOA, 2020NÓVOA, António. Entrevista: A pandemia de Covid-19 e o futuro da educação. Revista Com Censo#22, Brasília, v. 7, n. 3, p. 8-12, ago. 2020. Disponível em: http://periodicos.se.df.gov.br/index.php/comcenso/article/view/905/551. Acesso em: 15 ago. 2022.
http://periodicos.se.df.gov.br/index.php...
).

E, neste processo, muitos docentes indicam sentir falta de observar o aluno, ter indícios visuais se ele ficou com dúvida etc. Em estudo com professores durante o período de ensino remoto na pandemia de Covid-19, foi possível perceber a “angústia” citada por estes, devido à falta de presencialidade e dos indícios visuais que ela trazia (OLIVEIRA; GARBIN; PIRILLO, 2021OLIVEIRA, Édison Trombeta de; GARBIN, Mônica Cristina; PIRILLO, Nádia Rubio. Experiências de formação continuada de professores da educação básica para criação e uso de materiais didáticos digitais em tempos de pandemia. Revista Conhecimento Online, Novo Hamburgo, RS, v. 3, p. 127-149, 2021. Disponível em: https://periodicos.feevale.br/seer/index.php/revistaconhecimentoonline/article/view/2635. Acesso em: 15 dez. 2022.
https://periodicos.feevale.br/seer/index...
).

Assim, refletir sobre o uso das tecnologias na educação torna-se imperativo, desde os mais simples (como celulares ou ambientes virtuais de aprendizagem) até os mundos virtuais e futurísticos metaversos. Isso porque a inserção desses elementos impacta fortemente o ensino e a aprendizagem, como já apontado. As tecnologias têm alterado de forma geral a percepção de ser humano: se antes era necessário responder a perguntas de imediato e, assim, lidar com possíveis eventos desagradáveis, a internet e os aplicativos de mensagens agora possibilitam escolher quando e ao que responder. Em tese, a competência de lidar com adversidades é menos desenvolvida (TURKLE, 2015TURKLE, Sherry. Reclaiming conversation: the power of talk in a digital age. New York: Penguin Press, 2015.).

Pode-se entender, neste sentido, a emergência do discurso do engajamento. O aluno deve estar envolvido ativamente na sua aprendizagem, enquanto algo que lhe parece de extrema importância. Mas, por quê? Quais evidências existem de que estar engajado pode tornar a aprendizagem mais efetiva? De forma mais profunda, o que é engajamento na educação?

É neste contexto que o presente artigo se encontra: refletir sobre o engajamento no contexto da educação superior brasileira. Parte-se de reflexões a respeito do conceito de engajamento e da necessidade de ao menos três elementos para construção de um ambiente aberto ao engajamento, especialmente na educação digital: cultura da conexão (tanto tecnológica quanto de posicionamento institucional para acolhimento e diálogo - conectar-se com pessoas), ambiente aberto a questionamento e inclusão (como ações inclusivas com os alunos e, ao mesmo tempo, políticas de inclusão institucionais como exemplo). Em síntese, seria a construção de um ethos of care, algo como um ethos ou espírito de cuidado, carinho (GOURLAY, 2015GOURLAY, Lesley. “Student Engagement” and the Tyranny of Participation. Teaching in Higher Education, [S. L.), v. 20, n. 4, p. 402-411, 2015. Disponível em: https://discovery.ucl.ac.uk/id/eprint/1475549/3/Gourlay_%E2%80%98Student%20engagement%E2%80%99%20and%20the%20tyranny%20of%20participation.pdf#:~:text=Lesley%20Gourlay%20UCL%20Institute%20of%20Education%2C%20London%2C%20UK,categories%20and%20focusing%20on%20the%20importance%20of%20%E2%80%98participation%E2%80%99. Acesso em: 19 nov. 2022.
https://discovery.ucl.ac.uk/id/eprint/14...
; GOURLAY et al., 2021GOURLAY, Lesley et al. ‘Engagement’ discourses and the student voice: connectedness, questioning and inclusion in post-covid digital practices. Journal of Interactive Media in Education, [S. L.), v. 1, n. 15, 2021. DOI: http://doi.org/10.5334/jime.655. Acesso em: 19 nov. 2022.
http://doi.org/10.5334/jime.655....
).

Para este artigo, é tomada uma conceituação de engajamento para fins da categorização que será realizada nas análises. São três pilares que sustentam o engajamento estudantil: comportamental, que se refere às ações e à realização de tarefas; emocional, voltado às atitudes, aos interesses e aos valores dos estudantes; e cognitivo, direcionado às suas aprendizagens e como as autorregula (FREDRICKS; BLUMENFELD; PARIS, 2004FREDRICKS, Jennifer; BLUMENFELD, Phyllis; PARIS, Alison. School Engagement: Potential of the Concept, State of the Evidence. Review of Educational Research, Washington, 74, 59-109, 2004.).

3 Metodologia

Desenvolveu-se um estudo bibliométrico, de cunho qualiquantitativo, a partir da necessidade de se mapear as produções científicas nacionais sobre engajamento na educação, bem como suas definições e principais referenciais adotados.

Assim, para a seleção do corpus da análise, buscou-se na base de dados da SciELO aportes que pudessem colaborar para a compreensão acerca da definição do termo engajamento. A busca, realizada em outubro de 2022, teve como descritores as palavras “engajamento” e “ensino superior” em associação - tendo em vista o objetivo deste artigo - e retornou com 24 trabalhos.

Para atender ao proposto, o presente estudo percorreu as seguintes etapas: identificação do tema e da questão norteadora; estabelecimentos dos critérios de seleção do corpus; busca e seleção dos estudos na base de dados; e construção de quadro para análise e discussão dos resultados. Estabeleceram-se como critérios de inclusão trabalhos que versassem acerca do engajamento no ensino superior – haveria descarte de artigos no caso de existência de trabalhos que, embora estivessem nos resultados devido ao uso dos descritores, não abordassem diretamente o tema. Não foi estabelecido um espaço temporal para a busca das produções, pois o período foi definido a partir do aparecimento do primeiro trabalho. Para ilustrar os dados coletados, o resultado da busca foi organizado (Quadro 1) nos seguintes tópicos: título, autoria, periódico, ano de publicação, metodologia, principais referências e definição do termo engajamento.

Quadro 1
Exemplo de categorização das produções encontradas

Assim, foi criada uma linha no quadro para cada produção encontrada. Cada coluna se refere, desta forma, a um dado levantado a ser considerado na discussão deste trabalho, conforme seção seguinte.

4 Resultados e Discussões

A falta de determinados dados em parte das publicações ou, ainda, a informação não objetiva dos dados (como a metodologia para coleta e/ou análise de dados que foram utilizadas), se apresentaram como desafios para esta investigação bibliométrica, induzindo os pesquisadores à inferência de informações, durante a análise dos artigos (Quadro 2). Na sequência, há análises quantitativas e qualitativas a respeito destes resultados.

Quadro 2
Categorização das produções encontradas

A partir dos dados coletados, percebe-se que, dos 24 artigos, 2 são da mesma autoria (QUADROS; MORTIMER, 2014QUADROS; Ana Luiza; MORTIMER, Eduardo Fleury. Fatores que tornam o professor de Ensino Superior bem-sucedido: analisando um caso. Ciênc. educ., Bauru, v. 20, n. 1, p. 259-278, mar. 2014. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1516-731320140010016. Acesso em: 20 maio 2023.
https://doi.org/10.1590/1516-73132014001...
; et al., 2017SÁ, Eliane Ferreira et al. As aulas de graduação em uma universidade pública federal: planejamento, estratégias didáticas e engajamento dos estudantes. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro, v. 22, n. 70, p. 625-650, jul./set .2017. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-24782017227032. Acesso em: 10 maio 2023.
https://doi.org/10.1590/S1413-2478201722...
). Contudo, a publicação de 2017 tem a contribuição de outros autores. A ordem cronológica dos artigos tem a sua primeira publicação no ano de 2008, com 1 artigo publicado. As demais publicações foram assim distribuídas: 2009 (1); 2011 (1); 2012 (3); 2014 (2); 2015 (2); 2017 (3); 2018 (2); 2019 (3); 2020 (1); 2022 (5). Evidencia-se que nos anos de 2010, 2013, 2016 e 2021, não foram identificadas publicações.

Constata-se, portanto, que o ano de 2022 contou com o maior número de registros – embora uma análise mais aprofundada não permita correlacionar essa informação com pesquisas voltadas a processos educacionais realizados durante a pandemia de Covid-19. Cabe ressaltar que 4 artigos se apresentam na língua inglesa.

Em relação às revistas nas quais os artigos foram publicados, foi possível encontrar 2 artigos na Ciência & Educação, na Revista Brasileira de Educação Médica e na Revista de Sociologia e Política. Além disso, foi identificada uma publicação em cada uma das seguintes revistas: Interface - Comunicação, Saúde, Educação; Educar em Revista; Educação e Pesquisa; Revista Brasileira de Educação; Revista da Avaliação da Educação Superior; Physis: Revista de Saúde Coletiva; Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano; Paidéia; Psicologia: Ciência e Profissão; Texto & Contexto – Enfermagem; Revista da Escola de Enfermagem da USP; Revista Eletrônica de Administração; RAM: Revista de Administração Mackenzie; Perspectivas em Ciência da Informação; Trabalhos em Linguística Aplicada; Texto Livre e Caderno CRH.

É possível verificar, que a área da educação é a predominante, de fato, nos periódicos nos quais ocorrem as publicações. Entretanto, cabe destaque à existência de uma série de publicações na área da Saúde, como na Revista Brasileira de Educação Médica e Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano. Este é um percurso semelhante ao de algumas das abordagens contemporâneas de metodologias ativas, como Aprendizagem Baseada em Problemas ou Aprendizagem Baseada em Projetos, que começaram a ser adotadas inicialmente em cursos como Medicina (OLIVEIRA, 2019OLIVEIRA, Edison Trombeta de. Projetos e metodologias ativas de aprendizagem. São Paulo: Senac, 2019.) para, posteriormente, ocuparem espaços em outros cursos e áreas.

No que tange à metodologia mais utilizada nos escritos, foi possível encontrar o estudo de caso em 4 artigos.

O estudo de caso pode decorrer de acordo com uma pesquisa interpretativa, que procura compreender como é o mundo do ponto de vista dos participantes, ou uma perspectiva pragmática, que visa simplesmente apresentar uma perspectiva global, tanto quanto possível, completa e coerente, do objeto de estudo do ponto de vista do investigador (FONSECA, 2002, p. 33FONSECA, João José Saraiva. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.).

Isso pode ser observado, por exemplo, em artigo encontrado nesta pesquisa. Na investigação narrada, houve o acompanhamento de uma ação didática em “uma turma de licenciatura em Física [...], abrangendo todo o conteúdo de Eletromagnetismo em nível de Física Geral” (DORNELES; ARAUJO; VEIT, 2012, p. 99DORNELES, Pedro Fernando Teixeira; ARAUJO, Ives Solano; VEIT, Eliane Angela. Integração entre atividades computacionais e experimentais como recurso instrucional no ensino de eletromagnetismo em física geral. Ciênc. Educ., Bauru, v. 18, n. 1, p. 99-122, 2012. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-73132012000100007. Acesso em: 15 dez. 2022.
https://doi.org/10.1590/S1516-7313201200...
). É uma ocasião na qual pode-se obter dados próximos e aprofundados de um grupo selecionado – neste caso, de estudantes.

Outras 2 publicações utilizaram a pesquisa bibliográfica como metodologia, que pode ser considerada aquela “desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos” (GIL, 2002, p. 44GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.). É o caso de um dos artigos encontrados nesta pesquisa, que adota o procedimento para compreender, entre outras categorias, o engajamento, em bibliografia de língua inglesa, como fator de sucesso acadêmico (HERINGER, 2022HERINGER, Rosana. Políticas de acesso e permanência na Universidade do Texas, Austin (EUA): elementos para reflexão sobre o caso brasileiro. Educ. Rev., Curitiba, v. 38, e78962, 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0104-4060.78962. Acesso em: 15 dez. 2022.
https://doi.org/10.1590/0104-4060.78962....
). Uma vez que, como citado, é um termo ainda carente de definição, a estratégia da pesquisa bibliográfica é relevante para compreender o que se tem até o momento e, em pesquisas aplicadas posteriores, apoiar a construção do conceito.

Nos artigos que passaram por análise, foram identificados também diversos outros procedimentos analíticos. São eles: entrevistas, questionários, análise do discurso, análise documental e análise de variância.

A seguir, com base nos artigos elencados, foi possível identificar que, em grande parte dos artigos, o termo engajamento é utilizado como um processo visível de participação e envolvimento institucional, e que, portanto, deve ser fomentado por meio de ações da própria universidade, uma vez que o contexto influencia no nível de engajamento. Esta definição vai ao encontro de uma das principais correntes. “Há muita conversa em torno de atividades pertinentes à conexão entre comunidades, acesso à informação, trabalho entre pares e compartilhamento de ideias, e desenvolvimento da identidade acadêmica – elementos importantes do engajamento digital dos alunos” (GOURLAY, 2017, p. 412GOURLAY, Lesley. Re-corporificando a universidade digital. In: FERREIRA, Giselle Martins dos Santos; ROSADO, Luiz Alexandre da Silva; CARVALHO, Jaciara de Sá (orgs.). Educação e Tecnologia: abordagens críticas. Rio de Janeiro: SESES, 2017. p. 410-423. Disponível em: https://ticpe.files.wordpress.com/2017/04/ebook-ticpe-2017.pdf. Acesso em: 27 nov. 2022.
https://ticpe.files.wordpress.com/2017/0...
).

Ou seja: as publicações científicas que enveredam por este caminho tendem a colocar ênfase no papel da instituição para motivação dos alunos no processo de engajamento.

Durante o período em que o estudante está cursando a Universidade, o engajamento está relacionado tanto com as características e comportamentos próprios do estudante ao tornar-se universitário, assim como com fatores relacionados com a própria instituição de ensino e suas práticas. Com relação à Instituição de ensino, são observados fatores que envolvem desde a disciplina até o ambiente geral do campus e seus serviços e atividades ofertados, assim como o corpo docente e as interações entre os colegas (MARTINS; RIBEIRO, 2017, p. 240MARTINS, Letícia Martins de; RIBEIRO, José Luis Duarte. Engajamento do estudante no ensino superior como indicador de avaliação. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, Campinas; Sorocaba, v. 22, n. 1, p. 223-247, mar. 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/VD7hTdfYbHCZNKxzTNfHSYk/?format=pdf⟨=pt. Acesso em: 15 dez. 2022.
https://www.scielo.br/j/aval/a/VD7hTdfYb...
).

Para uma melhor compreensão, os escritos foram classificados em três categorias correspondentes a três dimensões do conceito de engajamento: comportamental, emocional e cognitiva (FREDRICKS; BLUMENFELD; PARIS, 2004FREDRICKS, Jennifer; BLUMENFELD, Phyllis; PARIS, Alison. School Engagement: Potential of the Concept, State of the Evidence. Review of Educational Research, Washington, 74, 59-109, 2004.). Os autores apontam que, sob estas três óticas, a análise do engajamento pode tornar-se mais rica.

Na primeira dimensão, ou seja, a comportamental, foram identificados 8 artigos que aludem às atitudes positivas dos sujeitos em relação à execução e à adesão de regras e normas. Também abrange a participação, o envolvimento, o desempenho e as ações que podem ser observadas dos envolvidos. Tal perspectiva, corrobora com as contribuições dos autores citados, sobre o engajamento comportamental estabelecer relação com a participação e envolvimento dos estudantes, bem como às condutas positivas empreendidas por eles (FREDRICKS; BLUMENFELD; PARIS, 2004FREDRICKS, Jennifer; BLUMENFELD, Phyllis; PARIS, Alison. School Engagement: Potential of the Concept, State of the Evidence. Review of Educational Research, Washington, 74, 59-109, 2004.).

É o caso de um trabalho encontrado nesta pesquisa, que estudou fatores relativos às atléticas universitárias. Neste contexto, apontam os autores, “a identificação dos estudantes com a atlética pode contribuir para o engajamento estudantil junto à instituição de ensino, e que a instituição de ensino pode aproveitar o esporte para gerar maior engajamento do estudante com a IES” (FAGUNDES; PRADO; FELIX, 2022, p. 19FAGUNDES, André Francisco Alcântara; PRADO, Rejane Alexandrina Domingues Pereira; FELIX, Débora Fabiana. A identificação dos discentes com as associações atléticas universitárias e o reflexo quanto ao engajamento estudantil junto às instituições de ensino superior. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 48, n. contínuo, e239088, 2022. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/ep/article/view/198858. Acesso em: 16 dez. 2022.
https://www.revistas.usp.br/ep/article/v...
).

Por conseguinte, verificou-se 9 artigos que se referem às atitudes afetivas dos indivíduos e o vínculo que são estabelecidos com as instituições, bem como o sentimento de pertencimento em relação ao lugar a qual fazem parte – aspectos emocionais. Nesse sentido, compreende-se que o engajamento emocional envolve as reações afetivas e emocionais dos estudantes diante de uma atividade, dos sujeitos e de outros elementos que compõem o ambiente escolar (FREDRICKS; BLUMENFELD; PARIS, 2004FREDRICKS, Jennifer; BLUMENFELD, Phyllis; PARIS, Alison. School Engagement: Potential of the Concept, State of the Evidence. Review of Educational Research, Washington, 74, 59-109, 2004.).

Outro trabalho vai nesta linha ao discutir a gestão de afetos enquanto fator de instrumentalização do controle de docentes (MEDEIROS; SIQUEIRA, 2019MEDEIROS, Bárbara Novaes; SIQUEIRA, Marcus Vinicius Soares. Relações de confiança e sua instrumentalização no controle de docentes em IES privadas. REAd. Rev. eletrôn. adm, Porto Alegre, v. 25, n. 01, Jan-Abr 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-2311.241.90087. Acesso em: 16 dez. 2022.
https://doi.org/10.1590/1413-2311.241.90...
). Termos como “promoção da confiança” e “construção de afetos e vínculos” são comuns nesta linha, de forma que fica caracterizado o engajamento enquanto um fator emocional construído.

Em continuidade, outros 5 documentos voltam-se a elementos cognitivos, como o nível de dedicação e de valorização que o indivíduo apresenta em relação ao próprio aprendizado. Desse modo, o engajamento cognitivo, está relacionado ao vigor do estudante na aprendizagem, marcado pelo esforço empreendido para alcançar níveis mais altos de entendimento acerca de determinado assunto (FREDRICKS; BLUMENFELD; PARIS, 2004FREDRICKS, Jennifer; BLUMENFELD, Phyllis; PARIS, Alison. School Engagement: Potential of the Concept, State of the Evidence. Review of Educational Research, Washington, 74, 59-109, 2004.).

Há outro trabalho, por exemplo, que vai nesta linha. Para os autores, a proposta didática levada a cabo no estudo de caso da pesquisa pode “promover a interatividade e o engajamento dos alunos em seu próprio aprendizado, transformando a sala de aula em um ambiente propício para uma aprendizagem significativa [...]” (DORNELES; ARAUJO; VEIT, 2012, p. 118DORNELES, Pedro Fernando Teixeira; ARAUJO, Ives Solano; VEIT, Eliane Angela. Integração entre atividades computacionais e experimentais como recurso instrucional no ensino de eletromagnetismo em física geral. Ciênc. Educ., Bauru, v. 18, n. 1, p. 99-122, 2012. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1516-73132012000100007. Acesso em: 15 dez. 2022.
https://doi.org/10.1590/S1516-7313201200...
). Ou seja: as atividades realizadas teriam a capacidade de fazer com que os alunos desejassem se dedicar mais aos estudos e à sua própria aprendizagem.

Por fim, foi possível constatar que 2 artigos não se enquadram em nenhuma das categorias supracitadas.

5 Considerações Finais

O presente artigo buscou apresentar uma perspectiva acerca do engajamento estudantil, identificando possibilidades e desafios encontrados pelos estudantes, durante o seu percurso no ensino superior. Por meio do estudo bibliométrico, foi possível empreender a quantidade de publicações acerca da temática relacionada ao engajamento. De modo geral, pode-se dizer que o engajamento estudantil abrange aspectos comportamentais, emocionais e cognitivos e pode ser compreendido como um constructo complexo e multifacetado, ou seja, possui características variadas e peculiares.

Assim, fica destacado que, com base neste estudo, o termo engajamento foi utilizado, nos artigos, como a participação e o envolvimento dos estudantes nas atividades acadêmicas e a relação que estes estabelecem com as instituições de ensino, num contexto em que a variáveis existentes influenciam no nível de engajamento. Nos artigos, entretanto, não há uma clara correlação entre o engajamento e a aprendizagem – fator que pode ser objeto de estudos para futuras pesquisas.

Ainda que o presente estudo bibliométrico tenha trazido contribuições acerca do conceito de engajamento, mostra-se proeminente considerar as limitações deste estudo, uma vez que ele restringiu a compreensão de engajamento no âmbito do ensino superior. Assim sendo, ressalta-se a importância de que estudos futuros avaliem o engajamento estudantil em outros níveis de ensino, para um maior entendimento e definição do termo engajamento.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    07 Jul 2023
  • Data do Fascículo
    2023

Histórico

  • Recebido
    23 Dez 2022
  • Aceito
    13 Jun 2023
  • Revisado
    22 Jun 2023
Publicação da Rede de Avaliação Institucional da Educação Superior (RAIES), da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e da Universidade de Sorocaba (UNISO). Rodovia Raposo Tavares, km. 92,5, CEP 18023-000 Sorocaba - São Paulo, Fone: (55 15) 2101-7016 , Fax : (55 15) 2101-7112 - Sorocaba - SP - Brazil
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