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Taxocenoses de térmitas (Blattaria, Isoptera) em duas florestas de altitude (Brejo de Altitude) no nordeste do Brasil

Resumo:

Enclaves de floresta úmida de altitude nos domínios da Caatinga, localmente conhecidos como "Brejos de Altitude", estão associados a áreas com mais de 500 m de altitude e às chuvas orográficas. O presente estudo teve como objetivo caracterizar a estrutura da taxocenose de térmitas em duas áreas de Brejo de Altitude localizadas nos municípios de Bezerros e São Vicente Ferrer, Estado do Pernambuco, Brasil. A amostragem foi realizada através de transectos de 65 m x 2 m, totalizando 300 m2/por área. Em cada área, a densidade de ninhos foi estimada em seis parcelas de 1300m2. Trinta e cinco morfoespécies foram registradas nas duas áreas, pertencentes a 21 gêneros e três famílias, com 133 encontros. O grupo alimentar dos humívoros foi predominante, seguido pelos xilófagos. Um total de cinco espécies construtoras de ninhos conspícuos foram registradas nas duas áreas. A densidade média de ninhos conspícuos ativos foi de 2,6 ± 6,3 ninhos/ha (média ± dp) em Bezerros, e de 21,8 ± 21,4 ninhos/ha em São Vicente Ferrer. A riqueza de térmitas das áreas estudadas ficou dentro da amplitude já registrada para áreas de Brejo de Altitude. Assim, os resultados aqui apresentados, combinados com dados da literatura, reforçam a necessidade de estudos adicionais da fauna de térmitas em áreas de floresta montana, uma vez que os Brejos estão atualmente sob alta pressão ecológica e sua preservação é urgente.

Palavras-chave:
Biodiversidade; grupos alimentares; densidade de ninhos; Acorhinotermes; Região Neotropical

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