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Juventude migrante institucionalizada: uma visão a partir da Terapia Ocupacional do Sul

Resumo

Introdução

O processo de migração envolve uma série de desafios ocupacionais, sociais e culturais, porém, quando esse processo envolve jovens desacompanhados que se institucionalizam, muda radicalmente todo o seu desempenho e identidade ocupacional.

Objetivo

Analisar o impacto ocupacional de jovens desacompanhados institucionalizados em um serviço de proteção e emergência na Catalunha, Espanha.

Método

Estudo etnográfico que utilizou como técnica de coleta de informações: observações de campo, entrevistas semiestruturadas e conversas informais, as quais foram transcritas e codificadas por meio de um processo de análise de conteúdo.

Resultados

Três eixos temáticos foram escolhidos que explicam o fenômeno a) O contexto precário do país de origem: a construção do desejo migratório, b) Racismo institucional: produção cultural da discriminação social e c) Privação ocupacional: como limitação para autonomia e inserção cultural.

Conclusão

A influência da institucionalização é evidenciada como um fator estrutural que limita a escolha e a participação ocupacional dos jovens. Esse problema se refugia em um imperativo legal de “proteção” que acaba reproduzindo um sistema de discriminação colonial, racial e previdenciária que viola os direitos humanos dos jovens migrantes.

Palavras-chave:
Justiça Social; Direitos Humanos; Migração Internacional; Juventude; Terapia Ocupacional

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