Avaliaram-se os efeitos de diferentes tipos de cobertura morta de solo de origem vegetal sobre o crescimento, controle de plantas daninhas, produtividade e regime hidrotérmico do solo no cultivo da cenoura, cultivar Brasília, em um experimento conduzido no período de setembro a dezembro de 1998, em Marília, SP. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados, com cinco tratamentos e quatro repetições em parcelas de 2 m². Estudou-se os seguintes tipos de cobertura: serragem de madeira, casca de arroz, maravalha (raspa de madeira), capim seco (Cynodon spp.) e controle (solo sem cobertura morta). A utilização da cobertura morta de solo mostrou-se como uma prática vantajosa para o cultivo de verão da cenoura, reduziu a temperatura em até 3,5ºC, aumentou a retenção de umidade do solo em até 2,3% em relação ao controle e melhorou o desenvolvimento das plantas de cenoura. Houve menor incidência de plantas daninhas com o uso de maravalha e capim seco que, juntamente com a serragem também aumentaram o número de plantas colhidas. Entre os tipos de cobertura morta utilizados, a casca de arroz e a maravalha se destacaram em relação ao solo descoberto como os materiais que proporcionaram maior produtividade (112,6 e 99,6 t/ha respectivamente). O uso de cobertura morta de solo mostrou-se vantajoso em vários aspectos para cultura da cenoura, sendo técnica e economicamente viável, principalmente, em pequenas áreas e em cultivos orgânicos.
Daucus carota L.; cobertura morta; plantas daninhas; produtividade