RESUMO
A tilápia-do-Nilo possui comportamento alimentar onívoro oportunista e estudos demonstram o consumo de microrganismos dos bioflocos pela espécie, principalmente nas primeiras fases de vida. Assim, imagina-se que quando criados em bioflocos, pode haver uma redução na necessidade das taxas de alimentação quando comparado ao de viveiro escavado. Este estudo avaliou os efeitos de diferentes manejos alimentares em viveiro de tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus) em bioflocos. Setecentos alevinos (2,37 ± 0,55 g) foram estocados em 20 unidades experimentais (100 L), inoculados com bioflocos maduros, para avaliação de cinco diferentes manejos alimentares. Após 49 dias, observou-se que as maiores taxas de alimentação provocam aumento dos compostos nitrogenados e sólidos na água, levando ao aumento na taxa de conversão alimentar. Além disso, o excesso de ração fornecido à tilápia em bioflocos causou redução na utilização de nitrogênio proteico, aumento do fígado e gordura visceral, além de aumento na produção de sólidos e consumo de alcalinizante pela biomassa dos peixes. Por outro lado, taxas de alimentação muito baixas causam diminuição no crescimento e uniformidade dos juvenis de tilápia. Levando em consideração todos os demais resultados, recomenda-se no berçário de tilápias em sistema de bioflocos utilizar o manejo alimentar proposto no tratamento TC (26% abaixo da maior taxa de alimentação).
Termos para indexação:
Taxa de alimentação; Oreochromis niloticus; sistema superintensivo; desempenho zootécnico.