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Modelos de mensurar cooperação: Brasil e México

Resumo

Nas últimas décadas, a cooperação Sul-Sul tem crescido em termos de atores, volume, alcance geográfico, instrumentos e modalidades, mas, contudo, as estatísticas sobre esse tipo de cooperação têm sido incompletas e fragmentadas. Os desafios técnicos, políticos e institucionais de mensuração da cooperação Sul-Sul são evidenciados por países como Brasil e México, escolhidos como casos para serem analisados no texto. O artigo explora as experiências na mensuração da cooperação internacional prestada por Brasil e México, a partir da caracterização das duas trajetórias nacionais na quantificação e identificam-se as modalidades que determinam o processo, analisando as principais semelhanças e diferenças apresentadas entre os casos. A análise dos países estudados neste artigo evidenciou os distintos desenhos institucionais de cooperação internacional e o estabelecimento de modelos de mensuração elaborados pelos governos a partir de suas visões próprias da cooperação internacional, indicando, portanto, que o processo de mensurar cooperação internacional não é apenas uma questão estatística, mas sobretudo política. Nesse sentido, os exercícios de mensuração de cooperação Sul-Sul possibilitam maior conhecimento sobre como se organizam as atividades de cooperação e sua relação com as agendas globais de desenvolvimento e também consolidam a transparência dos gastos públicos.

Palavras-chave
Cooperação para o Desenvolvimento; Cooperação Sul-Sul; Gastos Públicos; Brasil; México; Mensuração

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