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Uma Teoria de Estabilidade Hegemônica para o Regionalismo Sul-Americano? Evidências do Caso do Brasil na UNASUL e da Venezuela na ALBA

Resumo

Tanto o Brasil quanto a Venezuela estruturaram suas agendas de política externa no início do século 21 a partir da projeção de suas respectivas lideranças em esquemas regionais como UNASUL e ALBA, respectivamente, seguindo uma estratégia hegemônica intermediária. A perda de dinamismo dessas iniciativas pós-hegemônicas problematiza a relação entre a governança regional e o papel das potências regionais. A ALBA é um esquema contingente ao ciclo político e ao voluntarismo político intrínseco à liderança da Venezuela e o bloco perdeu membros e relevância nos últimos anos. Quanto à UNASUL, a maioria de seus Estados membros se retirou do bloco, que atualmente não está operando. Em suma, as propostas pós-hegemônicas perdem dinamismo e respaldo à medida que a liderança que as promoveu enfraquece. Uma certa ‘teoria da estabilidade hegemônica’ contextualizada para a América do Sul em relação à liderança do Brasil e da Venezuela nos últimos anos parece ser cumprida: o declínio no poder desses países ajuda a explicar as reversões políticas e mudanças na governança regional.

Palavras-chave
regionalismo da América do Sul; UNASUR; ALBA; hegemonia intermediária; Brasil; Venezuela.

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