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Medidas espectrais e cepstrais em mulheres com disfonia comportamental

RESUMO

Objetivo

Investigar se existem diferenças nas medidas acústicas cepstrais e espectrais entre mulheres com disfonia comportamental com e sem lesão laríngea, bem como verificar se existe correlação entre tais medidas e o julgamento perceptivo-auditivo da qualidade vocal.

Método

Participaram 78 mulheres com disfonia comportamental sem lesão laríngea (DCSL) e 68 com disfonia comportamental com lesão laríngea (nódulos vocais) (DCCL). Foram extraídas as medidas CPP (cepstral peak prominence), CPPS (cepstral peak prominence smoothed), declínio espectral e H1-H2 (diferença entre a amplitude do primeiro e do segundo harmônico), assim como o julgamento perceptivo-auditivo (JPA) do grau geral de desvio vocal (GG), graus de rugosidade (GR), de soprosidade (GS) e de tensão (GT).

Resultados

Mulheres com DCCL apresentaram maiores valores de H1-H2 e menores valores no CPP e CPPS, em relação às mulheres com DCSL. As vozes mais desviadas apresentaram menores valores do CPP e CPPS. As vozes soprosas apresentaram menores valores de CPP e CPPS, assim como maior valor de H1-H2 em relação às vozes rugosas. Houve correlação negativa fraca entre o CPP e o GR, negativa moderada com o GG e negativa forte com o GS. O CPPS apresentou correlação negativa moderada com o GG, GR e GS. A medida H1-H2 apresentou correlação positiva fraca com o GS. Houve correlação positiva fraca entre o declínio espectral e o GT.

Conclusão

As medidas acústicas H1-H2, CPP e CPPS apresentam diferenças entre mulheres com DCSL e DCCL. Além disso, há correlação entre as medidas cepstrais e espectrais e os diferentes parâmetros do JPA.

Voz; Qualidade Vocal; Acústica

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