OBJETIVO:
Estudar a fadiga dos músculos orbiculares da boca, por meio da análise da frequência mediana do sinal eletromiográfico e do tempo de fadiga referido, segundo o modo respiratório e o padrão facial de crescimento.
MÉTODOS:
Participaram 70 crianças, entre 6 e 12 anos de idade, que se adequaram aos critérios estabelecidos. Para serem classificadas em 36 respiradoras nasais e 34 orais, realizaram avaliação fonoaudiológica, otorrinolaringológica e cefalométrica. Para a avaliação eletromiográfica, as crianças sustentaram halteres labiais de 40, 60 e 100 g e exercitador labial, até a sensação de fadiga. A frequência mediana foi analisada em 5, 10, 15 e 20 segundos de atividade. Também foi registrado o tempo referido da sensação de fadiga. Os dados foram analisados pelos testes Análise de Variância (ANOVA) - medidas repetidas (post-hoc Tukey), Kruskal-Wallis e U de Mann-Whitney.
RESULTADOS:
Houve decréscimo significativo da frequência mediana a partir dos cinco segundos de atividade, independentemente da comparação entre os grupos. Quando realizada essa comparação, os músculos não demonstraram decréscimo significativo; o tempo relatado para a sensação de fadiga foi menor nos respiradores orais. Essa sensação ocorreu após a significância do decréscimo da frequência mediana.
CONCLUSÃO:
Houve sinais indicativos de fadiga mioelétrica para os músculos orbiculares da boca, nos grupos analisados, já a partir dos cinco segundos de atividade. A fadiga mioelétrica nos músculos orbiculares da boca precedeu a sensação de fadiga relatada em todos os grupos. O relato do tempo de fadiga sofreu influência apenas do modo respiratório, ocorrendo mais precocemente nas crianças respiradoras orais.
Fadiga Muscular; Eletromiografia; Criança; Boca; Respiração Bucal; Face