Este artigo analisa um grupo de pré-adolescentes pobres do interior mineiro que frequentaram um Curso de Modelo. Face ao apelo erótico que envolve, na mídia, a imagem dessa profissão, parece paradoxal que os pais - que associam esta carreira à prostituição - matriculem as filhas em tal curso, em aparente conflito com sua moral familiar e religiosa. O curso permite a aquisição de habilidades e o domínio de códigos que não pertencem a sua condição de classe. Além disso, participar do curso e desfilar em ambientes frequentados pela elite se tornam estratégias de apresentar a filha à sociedade, ampliando o capital social familiar.
Profissão de Modelo; Pré-Adolescentes; Moral Familiar Religiosa