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"Este país é cheio de apartheid", diálogos com mulheres sul-africanas na província de KwaZulu-Natal* * Uma versão anterior deste artigo foi apresentada no GT Estudos Africanos no Brasil: perspectivas, diálogos e desafios na 28ª Reunião Brasileira de Antropologia de 2012; ele também é fruto da minha dissertação de mestrado, Prosa que tece a vida, estórias de mulheres em KwaZulu-Natal, África do Sul (Vale, 2013).

Intertwining Words, Talks with South African Women in the Kwazulu-Natal Province

Resumo

Esse artigo busca traçar paralelos entre o caminho pelo qual a ideologia africâner, apoiada indiretamente pelos sul-africanos de origem inglesa, ganhou forças no cenário político sul-africano - configurando-se de um sistema legal de segregação para o racismo instituído do apartheid - e causou influências no cotidiano das pessoas não brancas daquele país, afetando diretamente elementos cosmológicos que mobilizam o seu dia-a-dia. A partir da violência que promoveu diversas remoções na zona rural, os efeitos doapartheid causaram pendências com os ancestrais que as pessoas de origem zulu e moradoras das regiões afetadas têm de lidar até os dias atuais, em um movimento que busca acertar as contas com o passado.

Palavras-chave:
Mulheres; África do Sul; Apartheid; Ancestralidade; Terra

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