Resumo
O objetivo deste artigo é estimar a prevalência e a frequência semanal de consumo de certos alimentos ultra processados por crianças de seis anos e fatores associados em município do Sul do Brasil. Estudo transversal com 956 crianças. Os dados foram coletados por meio de entrevistas com mães nos domicílios. Os desfechos foram o consumo de balas, chicletes, pirulitos e chocolates; bolachas recheadas; sucos artificiais; e refrigerantes por meio do Índice Alimentação do Escolar. As variáveis independentes foram sexo, tipo de escola, escolaridade e ocupação materna, amamentação, tempo de amamentação exclusiva e utilização de mamadeira. A análise bivariada foi realizada pelo qui-quadrado, e a multivariada por meio da regressão de Poisson. Na análise multivariada, a prevalência semanal do consumo de bolacha recheada foi 14% maior nos alunos de escolas públicas e 8% maior em filhos de mães com escolaridade menor do que oito anos. O consumo de suco artificial foi 7% maior entre alunos de escolas públicas e 6% maior nas crianças que fizeram uso de mamadeira. O consumo de refrigerantes foi 8% maior entre alunos de escolas públicas. A maioria dos escolares consumia os alimentos ultra processados estudados de uma a duas vezes na semana. O consumo mostrou-se associado às variáveis independentes estudadas.
Palavras-chave:
Alimentos ultra processados; Criança; Dieta