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Validade relativa e reprodutibilidade de indicadores da OMS para avaliação da alimentação de crianças menores de dois anos

Resumo

O estudo avaliou a validade relativa e a reprodutibilidade de sete indicadores da OMS sobre alimentação de crianças de 6-23,9 meses. Dados de amostra probabilística de usuários de serviços básicos de saúde na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, foram coletados por meio de recordatório alimentar de 24 horas (R24h) e questionário fechado (Q1) sobre alimentação no dia anterior ao estudo. Este último foi reaplicado (Q2) em torno de 16 dias depois. A validade foi avaliada comparando-se as prevalências estimadas pelo R24h e Q1 e calculando-se os valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN), sensibilidade (Se), especificidade (Esp) e índice de acurácia (IA) dos indicadores resultantes. Para reprodutibilidade, as prevalências estimadas com base em Q1 e Q2 foram comparadas e estimados o índice kappa e o kappa ajustado pela prevalência. Dos sete indicadores estimados, houve superestimação da prevalência de dois (aleitamento continuado: 50,0% versus 40,0%; consumo de bebidas adoçadas: 65,1% vs. 52,7%) e subestimação da prevalência de um (não consumo de frutas e hortaliças: 6,5% vs. 18,1%). Para a maioria deles, Se e VPP foram maiores do que Esp e VPN. As prevalências determinadas com Q1 e Q2 foram semelhantes para seis indicadores. Mais da metade dos indicadores apresentaram concordância boa, muito boa ou excelente.

Palavras-chave:
Acurácia; Validade; Reprodutibilidade; Amamentação; Alimentação complementar

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