Resumo
O objetivo do artigo é analisar o conteúdo sorofóbico explicitado nas publicações veiculadas nas redes sociais digitais no contexto do HIV e da Aids no Brasil. Trata-se de um estudo qualitativo do tipo exploratório descritivo, de base documental. Os dados obtidos foram avaliados utilizando a metodologia de análise documental por meio da análise de conteúdo temático com auxílio do software NVivo®12 Plus (Windows). Foram gerados 187 códigos, posteriormente agrupados conforme a semântica das palavras, originando cinco categorias temáticas: #VivendoComHIV, #PrecisamosFalarSobreIsso, #OQueÉSOROFOBIA, #SorofobiaéCrime e #SorofobiaNÃO. Os resultados evidenciaram as principais manifestações acerca da sorofobia relacionada ao HIV e à Aids nas redes sociais. O conteúdo compartilhado debateu as dificuldades de viver com uma doença que apresenta dimensões sociais; a relevância de falar e difundir conteúdo sobre o HIV e a Aids; os elementos que compõem o processo de estigmatização e, consequentemente, estruturam a sorofobia na sociedade; os direitos sociais e civis das pessoas vivendo com HIV; as medidas de combate à sorofobia nas instituições de saúde; e as implicações da sorofobia no âmbito da saúde pública.
Palavras-chave:
HIV; Aids; Redes sociais digitais; Saúde pública; Políticas públicas de saúde