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Saúde mental de agentes comunitários de saúde no contexto da COVID-19

Resumo

O objetivo deste estudo foi analisar os fatores relacionados à saúde mental dos agentes comunitários de saúde (ACS) no contexto da COVID-19. Participaram 1.935 ACS de quatro capitais nordestinas e de quatro cidades do interior do Ceará. Foram coletados dados sociodemográficos e profissiográficos; SRQ-20; WHOQOL-Bref; exposição à violência; Escala de Autoeficácia Geral (EAEG); Escala Multidimensional de Suporte Social Percebido (MSPSS); informações relacionadas à COVID-19 e Escala de Ansiedade para Coronavírus (EAC). 40,5% exibiram SRQ > 7, sinalizando altos níveis de transtornos mentais comuns (TMC)/problemas de saúde mental. Utilizou-se a regressão linear múltiplas (backward). Observou-se que o aumento de risco de TCM foi influenciado pelos seguintes fatores: exposição à violência; EAC; não saber se teve COVID-19; desconhecer as variáveis que diminuíam o risco; os domínios físico e psicológico do WHOQOL-Bref; não ter aumento da jornada de trabalho; e não ter tido COVID-19. Os dados revelam a dinâmica multidimensional da saúde mental e ajudam a compreender a relação entre violência comunitária, COVID-19, qualidade de vida, idade e tempo de atuação na ESF com a saúde mental dos ACS.

Palavras-chave:
Agentes comunitários de saúde; COVID-19; Saúde mental; Violência; Atenção primária à saúde

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