Depois da publicação, em 1999, do relatório "To err is human" do Instituto de Medicina americano (IOM), a temática da segurança dos pacientes se tornou parte integrante das políticas públicas de saúde que visam a melhoria da qualidade dos cuidados médicos. Este relatório denuncia que somente nos Estados Unidos, entre 44 e 98 mil pessoas falecem por ano em decorrência de erros médicos. A grande messagem transmitida pelo IOM é a mudança de paradigma cultural no meio médico. Dessa maneira, o tema da "cultura de segurança", difundido na indústria nuclear nos anos 80, faz sua aparição na indústria médica a partir do ano 2000. Como esse tema, mesmo nos dias atuais, ainda não parece claro para os profissionais da saúde, o objetivo deste artigo é propor uma revisão crítica da literatura sobre a cultura de segurança em saúde. A pesquisa bibliográfica foi realizada na base internacional de dados "ScienceDirect". Ao total, das 74 referências lidas, 48 foram utilizadas neste artigo. A análise do material bibliográfico guiou a organização deste artigo por tema, à saber: histórico da noção de cultura de segurança e suas abordagens clássicas; aparição da noção de cultura de segurança em saúde, os métodos de avaliação existentes e os meios de desenvolvimento durável da cultura de segurança em saúde.
Cultura; Segurança; Pacientes; Saúde; Eventos adversos
