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Uso da anticoncepção de emergência entre mulheres usuárias de Unidades Básicas de Saúde em três capitais brasileiras

Emergency contraceptive use among women attending Primary Health Care services in three Brazilian capital cities

Resumo

Pouco se sabe sobre o uso da anticoncepção de emergência entre mulheres de diferentes regiões do país. Este estudo analisou o uso da anticoncepção de emergência e os aspectos associados, bem como o uso de métodos contraceptivos antes e após. Trata-se de estudo transversal, conduzido com 2.051 mulheres de 18-49 anos, usuárias de 76 Unidades Básicas de Saúde de São Paulo-SP, Aracaju-SE e Cuiabá-MT. Os aspectos associados ao uso da anticoncepção de emergência foram analisados por meio de regressão logística múltipla. Mais da metade das mulheres relatou já ter usado a anticoncepção de emergência (56,7%). Ter alta escolaridade, ser de grupo socioeconômico mais favorecido, ter trabalho remunerado e ter tido quatro ou mais parceiros sexuais associou-se com uso de anticoncepção de emergência. Ter 35 anos de idade ou mais e estar em união estável associou-se negativamente. Da última vez que usaram a anticoncepção de emergência, 53,2% usavam outro método, sendo preservativo masculino e pílula oral os mais frequentes. Das que não usavam método, metade adotou método regular após o uso (51,7%). Conclui-se que a anticoncepção de emergência é amplamente utilizada e parece não contribuir para interrupção do método contraceptivo de uso regular.

Palavras-chave:
Anticoncepção Pós-Coito; Saúde Sexual e Reprodutiva; Saúde da Mulher; Planejamento familiar

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