Desigualdades no manejo da dor nas costas no Brasil - Pesquisa Nacional de Saúde, 2019

Saes, Mirelle de Oliveira; Saes-Silva, Elizabet; Duro, Suele Manjourany Silva; Neves, Rosália Garcia

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Brasil

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Sumário

ARTIGO • Ciênc. saúde coletiva 28 (2) • Fev 2023 • https://doi.org/10.1590/1413-81232023282.11792022 copiar

Desigualdades no manejo da dor nas costas no Brasil - Pesquisa Nacional de Saúde, 2019

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Resumo

O objetivo foi avaliar a presença de desigualdades socioeconômicas no manejo da dor nas costas em brasileiros. Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2019). O manejo da dor nas costas foi avaliado por meio de cinco desfechos: exercícios regulares; fisioterapia; uso de medicamentos ou injeções; prática integrativa e complementar; acompanhamento regular com profissional de saúde. A magnitude das desigualdades de cada desfecho em relação às exposições (escolaridade e renda) foi estimada por meio de dois índices: slope index of inequality (SII) e concentration index (CIX). Dos 90.846 entrevistados, 19.206 indivíduos (21,1%) relataram algum problema crônico nas costas. Os desfechos mais prevalentes foram uso de medicamentos e injeções (45,3%), prática de exercícios físicos (26,3%) e acompanhamento regular com profissional de saúde (24,7%). Ficou evidente a existência de desigualdades no manejo da dor nas costas entre brasileiros. Análise ajustada mostrou que os mais ricos e com maior escolaridade realizavam duas a três vezes mais exercícios físicos, fisioterapia, práticas integrativas e complementares (ICPS) e acompanhamento regular com profissional de saúde do que os mais pobres e com menor escolaridade. Desigualdades absolutas (SII) e relativas (CIX) foram significativas para todos os desfechos.

Palavras-chave:
Manejo da dor; Dor nas costas; Iniquidade em saúde

Variable	Prevalence ratio (CI 95%)
Variable	Q1^b	Q2	Q3	Q4	Q5^b
Physical exercise	1.00	1.15 (0.99;1.33)	1.35 (1.19;1.54)	1.59 (1.40;1.81)	2.01 (1.74;2.31)
Physiotherapy	1.00	1.00 (0.79;1.27)	1.08 (0.85;1.38)	1.42 (1.18;1.73)	2.02 (1.63;2.52)
Medications and injections	1.00	0.97 (0.90;1.04)	0.98 (0.90;1.06)	0.92 (0.85;1.00)	0.79 (0.72;0.87)
Integrative and complementary practice	1.00	0.83 (0.60;1.15)	0.89 (0.62;1.27)	1.32 (0.89;1.95)	1.97 (1.41;2.77)
Regular follow-up with health professional	1.00	1.02 (0.89;1.16)	1.09 (0.94;1.27)	1.24 (1.08;1.41)	1.44 (1.25;1.65)

Variable	Prevalence ratio (CI95%)
Variable	No education	Elementary education incomplete	Elementary education completed/high education incomplete	High education completed/higher education incomplete	Higher education completed
Physical exercise	1.00	1.46 (1.20;1.76)	1.75 (1.40;2.18)	2.22 (1.83;2.68)	3.10 (2.54;3.78)
Physiotherapy	1.00	1.27 (0.97;1.65)	1.71 (1.23;2.37)	1.90 (1.43;2.53)	2.77 (2.11;3.63)
Medications and injections	1.00	1.01 (0.93;1.11)	0.94 (0.84;1.06)	0.85 (0.77;0.94)	0.73 (0.63;0.83)
Integrative and complementary practice	1.00	0.86 (0.60;1.26)	1.15 (0.72;1.81)	1.40 (0.97;2.02)	2.34 (1.63;3.36)
Regular follow-up with health professional	1.00	1.03 (0.88;1.21)	1.17 (0.96;1.42)	1.31 (1.10;1.55)	1.64 (1.38;1.96)

Variable	Concentration index	CI95%	Slope index of inequality	CI95%
Physical exercise
Education	20.0	19.0;21.0	34.0	31.0;36.0
Income	17.0	15.0;18.0	27.0	24.0;29.0
Physiotherapy
Education	16.0	14.0;18.0	13.0	11.0;15.0
Income	19.0	16.0;21.0	14.0	12.0;16.0
Medications and injections
Education	-7.0	-8.0;-6.0	-21.0	-23.0;-18.0
Income	-5.0	-6.0;-4.0	-15.0	-17.0;-12.0
Integrative and complementary practice
Education	20.0	17.0;23.0	9.0	7.0;11.0
Income	20.0	17.0;23.0	8.0	7.0;10.0
Regular follow-up with health professional
Education	9.0	8.0;11.0	15.0	12.0;17.0
Income	14.0	12.0;15.0	21.0	18.0;23.0

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[1] Chief editors:

Romeu Gomes, Antônio Augusto Moura da Silva