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Digital Diversity: youth, Equity and Information Technology

REVIEW RESENHA

Universidade Federal de Uberlândia, Email: mello.dilma@gmail.com

LOOKER, Dianne E. & NAYLOR, Ted D. (Eds.). 2010. Digital Diversity: youth, Equity and Information Technology. Canada: Wilfrid Laurier University Press.

Este livro apresenta os resultados de uma pesquisa, realizada em parte do Canadá, sobre as TICS (Tecnologias de informação e comunicação), mais especificamente, sobre o como as ferramentas e recursos advindos das tecnologias de comunicação e informação estão sendo disponibilizados aos jovens e como eles fazem uso dessa tecnologia para desenvolverem competências relacionadas ao que denominamos novos letramentos.

No primeiro capítulo, dos sete que compõem o livro, os editores Looker e Naylor apresentam um pouco da história do projeto inicial que originou a obra e os fundamentos teóricos que embasaram todo o trabalho realizado. Traçam um panorama sobre o uso das novas tecnologias no Canadá, esclarecendo que o estudo que deu origem ao livro foi parte do trabalho de um projeto de pesquisa intitulado "Aliança de Pesquisa sobre Igualdade e Tecnologia", desenvolvido com as Universidades Acadia, Dalhousie e Mount Saint Vicent, além de departamentos governamentais e grupos comunitários canadenses. Looker e Naylor enfatizam que os parceiros-chave desse trabalho foram os pesquisadores da área de Educação de Nunavut e Nova Scotia - Canadá. Esse projeto mais amplo tinha o objetivo de investigar de que forma as novas tecnologias possibilitam de fato o espaço para uma sociedade mais igualitária e não excludente. Looker e Naylor partem da problematização sobre a diferença entre apenas disponibilizar tecnologia aos jovens, nas escolas e em casa e de fato criar espaço para o desenvolvimento das habilidades necessárias para seu uso, considerando a questão dos multiletramentos e novos letramentos como fundamentais nesse processo de aprendizagem digital. Os pesquisadores, envolvidos no projeto,tinham como interesse subjacente investigar o papel das escolas e de outras instituições que trabalhassem com jovens, nesse processo de disponibilização de tecnologia e de atividades de letramento.

Ainda no primeiro capítulo, Looker e Naylor apresentam os pressupostos teóricos que serviram de base para o desenvolvimento do estudo realizado por eles e demais autores dos capítulos que se seguem, discutem os trabalhos de Pierre Bourdieu, Schuller (2007) e Conrad (2007) sobre os conceitos de capital humano e capital social. O primeiro é definido como habilidades, competências e qualificações que o indivíduo desenvolve em seu processo de formação, por caminhos formal ou informal, e que são intransferíveis. O segundo é percebido pelos autores do livro como "a rede social à qual uma pessoa ou grupo podem recorrer quando precisam de suporte e recursos". Os caminhos teóricos sobre capital humano e capital social apresentados no primeiro capítulo do livro servem de base a todos os demais autores dos capítulos seguintes. Assim, a maioria dos capítulos que se seguem não voltam a esses conceitos teoricamente, restringindo-se apenas à apresentação de dados e resultados de suas pesquisas. Debruçados em autores tais como Schuller (2007), Alkalimat e Williams (2001), entre outros, Looker e Naylor trazem outros conceitos relacionados ao pensamento sobre capital social: bounding e bridging: bounding é o capital social que conecta as pessoas semelhantes e bridging é o capital social das conexões feitas entre pessoas diferentes.

Looker e Naylor assumem que sua obra não é exatamente sobre letramento digital, mas que esse é um ponto importante em seu trabalho, pois para eles é impossível negar que os novos letramentos e as novas tecnologias já fazem parte do cenário mundial e que podem contribuir para o desenvolvimento intelectual e econômico das pessoas. Os autores partem desse ponto para discutir o "racha" digital existente no Canadá, considerando o exemplo desse e de outros países, onde a tecnologia é mais frequentemente e facilmente disponibilizada para uma parte da sociedade, porém acentuam que, mesmo quando acessível a todos, a diferença na possibilidade e qualidade desse acesso cria certa diversidade dentro de um mesmo grupo ou entre grupos, o que caracterizaria o "racha digital".

É com interesse em grupos minoritários que os editores-autores do primeiro capítulo do livro finalizam a primeira seção ao apresentar o espaço dos aborígenes (no caso, os Nunavuts) no cenário canadense, e o uso da tecnologia por esses participantes, também denominados primeiros habitantes do Canadá. Os autores apontam que muitos dos Nunavuts vivem em Nova Scotia e que o governo canadense tem como meta prioritária fazer essa província a mais digital possível. Com esse fato, Looker e Naylor justificam sua opção por realizar a pesquisa nessa área com alto investimento no acesso às TICS.

Embora o estudo abordado no livro seja de natureza qualitativa, há também dados quantitativos que apresentam um panorama da pesquisa que deu origem a essa obra. Cabe ressaltar que, embora os aborígines tenham destaque no primeiro capítulo de Digital Divide, professores e alunos de universidades canadenses também foram participantes do estudo realizado pelos autores.

O segundo capítulo, de autoria de Looker, aborda a distância digital em termos do "racha" geográfico e cultural em relação ao acesso e ao uso de computadores e internet. A autora discute brevemente o conceito de distância e de racha digital, o qual considera como um "lacuna entre indivíduos e grupos" e analisa parte dos dados advindos da pesquisa sobre Equidade e Tecnologia, mencionados no capítulo um: seu foco são os estudantes (aborígenes ou não) das áreas rural e urbana de Nova Scotia, em termos de que tipo de acesso eles têm, qual uso é feito do acesso disponibilizado e quais habilidades são construídas por seus participantes.

No capítulo três, Victor Thiessen e Dianne Looker abordam a questão do capital social, em relação a bridging e bounding, problematizando o uso da internet e do computador entre os jovens e suas relações identitária e cultural. Inicialmente fazem uma breve discussão teórica sobre as implicações do conceito de racha digital, ou diversidade digital, como sinalizado, para em seguida descreverem o foco de sua pesquisa, dentro do amplo projeto descrito no capítulo um desse livro. Thiessen e Looker analisaram as respostas de 2.500 estudantes dos níveis 9 e 12 (Grades 9 e 12 no sistema escolar canadense) e discutem a questão da identidade cultural dos participantes. Embora afirmem a contestabilidade do conceito de raça, etnia e identidade cultural, eles assumem os mesmos como importantes para a abordagem dada aos seus dados de pesquisa. Assim, conforme pergunta feita aos participantes sobre como se denominariam, os autores os classificam em cinco grupos (aborígenes Inuits e Nunavuts, brancos, afro-canadenses e asiáticos), para então discutirem e apresentarem os resultados de pesquisa, em termos de acesso, uso e habilidades em relação às TICs. Problematizam as preferências de aprendizagem relacionadas à mídia utilizada pelos participantes, uso da internet para criar pontes e construir barreiras, preservação cultural, além das atividades da internet e da língua materna dos participantes, principalmente entre os aborígenes.

Os autores fazem indicações até surpreendentes sobre seus participantes de pesquisa, pois nem sempre o que parece ser excludente de fato o é, considerando o uso das TICs como possibilidade de criar pontes e manter laços identitários e culturais importantes para alguns grupos minoritários ou mais afastados da acessibilidade tecnológica. Um exemplo disso é a análise do uso das TICs por membros das reservas indígenas em comparação com o uso por jovens não aborígenes residentes na área urbana. Os dados apresentados apontam para um uso de maior qualidade entre os jovens indígenas, que utilizam as tecnologias para aprender sobre sua própria história e para tentar manter suas tradições e costumes, enquanto os jovens da cidade fazem uso das mesmas somente para conversas online e verificação de mensagens de email.

Brian Lewis Campbell e Alyssa Henning, autores do capítulo quatro do livro Digital Diversity, abordam as diferenças e semelhanças no uso das tecnologias de informação, a partir da análise das experiências de alunos e alunas Nunavuts e não Nunavuts, residentes na província de Nova Scotia. Baseados em estudiosos como Fife-Schaw et al (1986), Bannert e Arbinger (1996), Colley e Comber (2003), Ching, Basham e Jang (2005), entre outros, Campbell e Henning discutem a questão de gênero como um elemento provocador de um racha tecnológico ao compararem o tipo de uso da tecnologia que meninos e meninas privilegiam.

Observando lazer ou entretenimento como alguns dos usos pelos quais os jovens optam, os autores entendem que esses jovens fazem mal uso da tecnologia, em alguns momentos. Há casos em que existe vantagem digital para as meninas, em outros, os usuários do sexo masculinos são os privilegiados. Algumas diferenças apontadas por Campbell e Henning são de caráter quantitativo, como, por exemplo, quando indicam que maior número de meninos têm computador em casa, segundo dados da literatura apresentados, embora os dados de seu estudo apontem para resultados diferentes dessa realidade. Aspectos qualitativos também fazem parte do dados discutidos no capítulo. Além de tratarem comparativamente do uso das novas tecnologias entre jovens do sexo masculino e feminino, os autores também o fazem separando seus sujeitos de pesquisa em dois grupos: jovens Nunavut e jovens de Nova Scotia. Essas comparações são feitas tendo em vista: a) uso mais comuns da internet; b) frequência com que usam a internet semanalmente; c) tipos de websites consultados; d) acesso a jogos online e a comunicação advindas a partir desses jogos; e) habilidades desenvolvidas no uso das novas tecnologias; e f) habilidade de criação de páginas na web. Os autores também abordam as consequências do tipo de uso do computador e da internet pelos sujeitos da pesquisa, em relação ao seu desenvolvimento acadêmico. Campbell e Henning finalizam o capítulo tecendo considerações curiosas sobre o uso que as jovens fazem das tecnologias de comunicação, em comparação aos jovens do sexo masculino, além de apresentarem interessantes resultados relacionados aos Nunavuts.

No quinto capítulo, Ted D Naylor e Blye W Frank abordam o processo de formação de professores, focalizando o letramento digital e as condições de igualdade em termos de oportunidades de acesso aos novos aparatos tecnológicos da atualidade. Considerando a realidade canadense de democracia e incentivo ao uso das tecnologias de comunicação, o capítulo traz a preocupação de Naylor e Frank sobre o "como a escola, os professores, os alunos e a tecnologia interagem e como o potencial dessa tecnologia influencia o sistema educacional" (p.117). Os autores apoiam-se nos pressupostos teóricos sobre capital social e tecnologias de informação e comunicação para discutirem: o processo de pressão social e política para que professores, alunos e escolas utilizem essas novas tecnologias no processo de ensino e aprendizagem; o entendimento que professores e alunos têm sobre essa nova realidade e suas capacidade de uso desses aparatos. Nesse quinto capítulo são privilegiados os estudos de Smith (1987), Blacker & McKie (2002) e Gewitz er al. (2005) sobre hegemonia e capital social, além de Thiessen (2001), Hugher (2005), Lax (2001), Schon Sanya e Mitchell (2001) e Parayil (2005) sobre letramento, novas tecnologias e inclusão digital.

Para a realização de sua pesquisa, Naylor e Frank entrevistaram professores universitários e alunos de cursos de licenciatura. Como questões problematizantes em seu estudo, os autores questionavam-se sobre o tipo de formação os alunos (professores pré-serviço) estariam tendo para se tornem tecnologicamente letrados e sobre o entendimento deles em relação ao uso das novas tecnologias para sua futura vida profissional e para o desenvolvimento futuro de sua carreira acadêmica. Após a coleta de dados quantitativos e qualitativos, por meio das entrevistas realizadas, os autores discutem a frequente e polêmica relação entre a quantidade de equipamentos, o acesso tecnológico e o conceito de inclusão digital. A partir dos resultados, apontam a existência de uma grande distância entre o currículo dos cursos de licenciatura e a integração das novas tecnologias para o desenvolvimento do letramento e consequente formação docente atualizada e conectada com as novas demandas do mundo digital. Os autores concluem com uma forte crítica às políticas de inclusão digital e aos cursos da área de formação de professores, que, segundo eles, têm prestado um desserviço a si mesmos, aos seus docentes, e aos professores em formação, além de a sociedade, que receberá um profissional desatualizado e despreparado.

E. Dianne Looker e Ted D. Naylor, autores do sexto capítulo e organizadores da obra, parecem dar prosseguimento ao debate posto anteriormente por Naylor e Frank sobre o panorama educacional na área de licenciatura, ao sair em "defesa" do professor, embora críticas sérias sejam endereçadas aos docentes. Logo no título do capítulo - Talvez não sejam os professores? Investigando o problema da integração das TIC na Educação - vemos refletidos os objetivos dos autores.

Tendo em vista que o professor parece ser aquele elemento final da integração das TICs nas práticas educativas, tanto em termos dos docentes já em serviço em nossas escolas e em nossas Universidades, quanto, por tabela, dos nossos professores pré-serviço, os autores problematizam o quebra-cabeça que parece ser esse processo de integração. A discussão é feita com base em uma pesquisa realizada, por meio de entrevistas, com 119 professores e 141 discentes universitários do segundo ano de cursos de Licenciatura. A abordagem e discussão dos dados é de cunho predominantemente qualitativo e diversos questionamentos são levantados, pelos autores, que têm como foco principal de seu debate as atitudes e práticas dos professores em relação à integração das novas tecnologias em suas práticas. Para discutir as questões as quais se propõe os autores, são feitas referências aos estudos sobre TICs de Yoon (2005), Hughes(2005), Maddux e Johnson(2005), entre outros, além do documento da UNESCO (2002) sobre programa de formação de professores com base no uso das novas tecnologias. Após apontarem e problematizarem os dados obtidos em seu estudo, os autores concluem apontando o professor como peça chave para evitarmos ou resolvermos a questão do "racha" digital discutido em toda a obra. Porém, não posiciona o professor como a peça-problema, mas, sim, a peça-solução.

Para fechar o livro Digital Diversity (Diversidade Digital), no sétimo capítulo, Jeff Karabanow e Ted D. Naylor discutem as experiências de uso das tecnologias de informação e comunicação por vinte jovens moradores de rua de Halifax, na província de Nova Scotia, Canadá. Os autores argumentam que o estudo é de grande relevância, haja vista que os moradores de rua podem ficar ainda mais marginalizados e isolados da sociedade e do mercado de trabalho se não tiverem a oportunidade de adquirir esse capital social que pode representar o letramento digital. A pesquisa aponta a descoberta de que as crianças e jovens de rua conseguem ter acesso e sentem-se confortáveis com o uso das TICs. Após discutirem brevemente a questão da vida de jovens de ruas, conforme posto por alguns autores, como Green (1998), Karabanow (2004), entre outros, Karabanow e Naylor contextualizam a situação dos meninos de rua na cidade de Halifax, onde a pesquisa foi realizada. De base qualitativa, o estudo partiu de entrevistas com jovens (14 meninos e 6 meninas) de 16 a 21 anos de idade, moradores de rua e/ ou aqueles que ainda tinham algum tipo de suporte oferecido por algum estabelecimento acolhedor para moradores de rua. Os autores levantaram algumas questões relacionadas com o "sentimento de estar conectado" dos jovens pesquisados, assim como suas atividades mais frequentes diante do computador e da internet e seu nível e ou processo de letramento digital, além de suas condições de acesso a essas novas tecnologias. Concluindo, Karabanow e Naylor apontam para o forte engajamento dos jovens moradores em relação às TICs e atribuem a eles o status de "cidadão digital", mesmo que essa cidadania seja de certa forma limitada pelas dificuldades impostas em seu dia-a-dia vivendo nas ruas da cidade.

O livro Digital Diversity: youth, Equity and Information Technology (Diversidade Digital: juventude, igualdade e tecnologia da informação) se apresenta como uma obra acadêmica que pode ser considerada de interesse para discentes e docentes de cursos de graduação e de pós-graduação, pesquisadores da área de Educação, Linguística Aplicada, Ciências da Computação, entre outros, cujo foco esteja na integração e inclusão das novas tecnologias de informação e comunicação em nosso contexto educacional, social e pessoal. Em todos os capítulos os autores abordam questões centrais para a compreensão e debate sobre o tema, com uma linguagem clara e objetiva. Os capítulos conversam entre si e debatem a problemática do racha digital focalizado nessa obra. Seu leitor pode se sentir privilegiado por uma discussão ampla que aborda as TICs e suas implicações para as questões de gênero, identidade, etnia, classe social, educação, formação de professores, processo de letramento digital, entre outros aspectos que permeiam toda a obra. Embora, com uma certa predominância, os autores de cada capítulo tendam a privilegiar a exposição de dados quantitativos obtidos durante o desenvolvimento do projeto de pesquisa, do qual todos eram integrantes, cabe ressaltar que os resultados dos levantamentos feitos apontam para uma imensa possibilidade de aprofundamento em termos de um debate de cunho qualitativo. Talvez os autores (ou seus leitores) possam fazer esse aprofundamento qualitativo em um próximo volume, dada a riqueza dos dados apresentados em todos os capítulos da obra. Portanto, apesar de os organizadores do livro, no capítulo inicial terem posto que uma das limitações dessa obra seja o fato de a mesma já ter sido lançada "desatualizada", considerando a rapidez com que tudo muda quase que diariamente nessa sociedade das novas tecnologias, ainda assim vejo todas os temas e problematizações abordadas no livro como fundamentais e atuais em nosso contexto. Cabe ressaltar, ainda, que, embora os conceitos de capital social e capital humano sejam debatidos no capítulo inicial, nem todos os autores se apropriam dessa discussão explicitamente em seus capítulos. No entanto, a questão está implícita nos debates propostos, como por exemplo no capítulo sete, no qual as experiências de jovens de ruas são abordadas e discutidas. Assim, mesmo sem uma completa coesão teórica entre todos os capítulos que formam o presente livro, entendo que há um conjunto de debates que apontam possibilidades para a abordagem e discussão sobre as TICs em um contexto de diversidade social e digital. Essas são características da obra que me fazem sugerir sua leitura.

Recebido em outubro de 2012

Aprovado em janeiro 2013

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  • Digital Diversity: youth, Equity and Information Technology

    Dilma Mello
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      17 Jun 2013
    • Data do Fascículo
      2013
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