OBJETIVO:
comparar as ancoragens dentária e esquelética na retração do canino inferior, por meio do estudo da distribuição de tensões.
MÉTODOS:
foi confeccionado um modelo fotoelástico de segundo molar a canino, sem o primeiro pré-molar, e simulada a retração do canino inferior com elástico preso a dois tipos de ancoragem: dentária, no primeiro molar conjugado aos dentes adjacentes; e ancoragem esquelética, em gancho simulando o mini-implante. As forças foram aplicadas 10 vezes e observadas no polariscópio circular. As tensões no canino inferior foram registradas em 7 regiões. O teste de Mann-Whitney foi aplicado para comparar as tensões em cada região, considerando os dois sistemas de ancoragem. As tensões nas regiões perirradiculares do canino foram comparadas pelo teste de Kruskal-Wallis.
RESULTADOS:
as tensões foram similares tanto na região cervical quanto no terço médio. No terço apical, as tensões associadas à ancoragem esquelética foram maiores que as tensões associadas à ancoragem dentária. Os resultados do teste de Kruskal-Wallis mostraram que as maiores tensões foram identificadas nas regiões cervicodistal, apicodistal e na região do ápice com o uso da ancoragem dentária; e com o uso da ancoragem esquelética, as maiores tensões se localizaram nas regiões apicodistal, apicomesial, cervicodistal e no ápice.
CONCLUSÃO:
o uso de ancoragem esquelética na retração promoveu maior tensão no terço apical do que o uso da ancoragem dentária, indicando um componente intrusivo devido à direção da força decorrente da posição do mini-implante e do gancho do braquete do canino.
Ortodontia; Movimentação dentária; Procedimentos de ancoragem ortodôntica