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Crescimento econômico e mudança estrutural no Brasil: um conto de ganhos e perdas O autor agradece aos participantes do 47º Encontro Nacional de Economia da ANPEC, realizado em São Paulo em 2019, por comentários à versão inicial deste artigo e, em especial, aos pareceristas anônimos da Revista pelas valiosas contribuições. Eventuais erros remanescentes são de responsabilidade do autor.

Resumo

O objetivo desse artigo consiste em identificar, por meio da decomposição de Shapley, a contribuição da produtividade do trabalho, da taxa de emprego e da demografia às variações da renda per capita da economia brasileira de 1950 a 2010. A estratégia empírica utilizada permite avaliar os efeitos das mudanças estruturais e da taxa de emprego sobre o crescimento da renda per capita tanto em termos agregados quanto em termos setoriais. Os resultados agregados encontrados indicam que o crescimento da produtividade foi relevante para o crescimento da renda per capita até 1980, mas contribuiu negativamente no período pós-1980, momento no qual o componente demográfico se mostrou proeminente. Os resultados setoriais indicaram contribuições importantes da manufatura e dos serviços modernos até 1980, mas negativas posteriormente, enquanto os serviços tradicionais contribuíram positivamente ao longo de todo o período.

Palavras-chave:
Crescimento econômico; Mudança estrutural; Demografia; Decomposição de Shapley; Brasil

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