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Mortalidade entre brancos e negros no Rio de Janeiro após a abolição O autor agradece o apoio da CAPES e FAPESP. Agradeço aos comentários e sugestões de André Chagas, Bruno Witzel, Guilherme de Oliveira, Pedro Fonseca, Raquel Pollero, Renato Colistete, Thomas Kang, e dos pareceristas anônimos da revista.

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar a diferença de mortalidade entre brancos e negros no Rio de Janeiro durante os primeiros anos da República brasileira. Utilizam-se dados de mortalidade de doenças relacionadas a condições precárias de moradia e acesso à infraestrutura como um indicador de desigualdade econômica. Apesar de o Rio de Janeiro possuir taxas de mortalidade declinantes durante o início do século XX, não ocorreu convergência entre a população branca e negra. Além disso, a análise quantitativa apresenta evidências que doenças que afetavam mais a população pobre, como a tuberculose, aumentavam indiretamente a probabilidade de morte por outras doenças, fenômeno conhecido como Mills-Reincke. Isto sugere que a taxa de mortalidade para a população não branca pode ter sido previamente subestimada.

Palavras-Chave
Mortalidade no Brasil; Mills-Reincke; Desigualdade econômica; Saúde pública

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