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Moeda, tesouro e riqueza: uma anatomia conceitual do mercantilismo britânico do início do século 17

Nossa avaliação de sistemas teóricos do passado é frequentemente prejudicada pela identificação tácita entre as categorias conceituais de ontem e hoje, problema que se agrava ao tratarmos de ideias que antecedem a plena consolidação de uma disciplina. O estudo da doutrina mercantilista costuma ser contaminado por tais dificuldades. Neste trabalho, oferecemos uma nova perspectiva acerca das ideias dos economistas britânicos do início do século 17, avaliando-as à luz do contexto intelectual que lhes é próprio. Este período caracteriza-se por uma leitura da realidade econômica em que a moeda desempenha papel fundamental. Autores como Malynes, Misselden e Mun acreditavam que a administração adequada da moeda viabilizaria o bom funcionamento do comércio internacional e dinamizaria a atividade econômica interna, garantindo a prosperidade nacional. Ao compreender esta base analítica comum, podemos entrever a origem das intensas divergências entre os autores, determinantes dos rumos da discussão teórica subsequente.

Mercantilismo; moeda; século 17; pensamento econômico britânico pré-clássico; doutrina do balanço comercial favorável


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