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Efeitos dos exercícios resistidos sobre o equilíbrio e a funcionalidade de idosos saudáveis: artigo de atualização

Effects of resistance training on balance and functional ability in healthy elderly: an update

Resumos

A diminuição da força muscular com o envelhecimento e os baixos níveis de atividade física contribuem para défices funcionais e de equilíbrio. Esta revisão sistemática teve como objetivo analisar os estudos que correlacionaram o treino resistido (TR) isolado, o equilíbrio e a função de idosos saudáveis. A busca nas bases do Google Acadêmico e na BVS levou à seleção de 35 estudos controlados. O TR isolado mostrou ser relevante para a função dos idosos (90% dos estudos) devido sobretudo ao ganho de força e mobilidade. Exercícios de baixa e moderada intensidade tiveram melhores resultados sobre a função de idosas, frágeis e sedentários. Em relação ao equilíbrio, apesar da inconsistência dos dados, o TR parece exercer efeitos positivos, sobretudo devido a fatores neuromusculares. Estudos com parâmetros de treino e amostra uniformes são necessários para melhor comparação dos resultados, sobretudo em idosos com padrão funcional elevado.

Equilíbrio postural; Força muscular; Idoso; Treinamento de resistência


Muscle strength decrease in aging and low physical activity levels may be an indicator of balance deficits and functional limitations. The purpose of this systematic review was to assess the effects of resistance training (RT) alone on balance performance and functional capacity in healthy elderly. The search in Google Scholar and BVS led to selecting 35 controlled trials. The RT alone showed to have positive effects (90% of the studies) on functional tasks in elderly, associated with increases in strength and mobility. Moderate and low-intensity exercise could produce functional capacity benefits in older women, frail and sedentary elderly. Despite the inconsistency of data, resistance training appears to exert positive effects on balance, especially through neuromuscular factors. Standardization of methodology and homogeneity of sampling may ensure greater comparability of results, especially among elderly with high physical functional level.

Aged; Muscle strength; Postural balance; Resistance training


REVISÃO

Efeitos dos exercícios resistidos sobre o equilíbrio e a funcionalidade de idosos saudáveis: artigo de atualização

Effects of resistance training on balance and functional ability in healthy elderly: an update

Marina Lorenzi Monteiro de AraújoI; Claudia Marina FlóII; Sabrina Michels MuchaleIII

IFisioterapeuta Especialista do HCFMUSP

IIFisioterapeuta Dra. em Gerontologia do HCFMUSP

IIIFisioterapeuta Ms. do Hospital São Camilo, São Paulo

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Marina L. M. Araújo R. Henrique Monteiro 135 apto 81 Pinheiros 05423-020 São Paulo SP e-mail: marinalorenzi@uol.com.br

RESUMO

A diminuição da força muscular com o envelhecimento e os baixos níveis de atividade física contribuem para défices funcionais e de equilíbrio. Esta revisão sistemática teve como objetivo analisar os estudos que correlacionaram o treino resistido (TR) isolado, o equilíbrio e a função de idosos saudáveis. A busca nas bases do Google Acadêmico e na BVS levou à seleção de 35 estudos controlados. O TR isolado mostrou ser relevante para a função dos idosos (90% dos estudos) devido sobretudo ao ganho de força e mobilidade. Exercícios de baixa e moderada intensidade tiveram melhores resultados sobre a função de idosas, frágeis e sedentários. Em relação ao equilíbrio, apesar da inconsistência dos dados, o TR parece exercer efeitos positivos, sobretudo devido a fatores neuromusculares. Estudos com parâmetros de treino e amostra uniformes são necessários para melhor comparação dos resultados, sobretudo em idosos com padrão funcional elevado.

Descritores: Equilíbrio postural; Força muscular; Idoso; Treinamento de resistência

ABSTRACT

Muscle strength decrease in aging and low physical activity levels may be an indicator of balance deficits and functional limitations. The purpose of this systematic review was to assess the effects of resistance training (RT) alone on balance performance and functional capacity in healthy elderly. The search in Google Scholar and BVS led to selecting 35 controlled trials. The RT alone showed to have positive effects (90% of the studies) on functional tasks in elderly, associated with increases in strength and mobility. Moderate and low-intensity exercise could produce functional capacity benefits in older women, frail and sedentary elderly. Despite the inconsistency of data, resistance training appears to exert positive effects on balance, especially through neuromuscular factors. Standardization of methodology and homogeneity of sampling may ensure greater comparability of results, especially among elderly with high physical functional level.

Key words: Aged; Muscle strength; Postural balance; Resistance training

INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo inexorável e multifatorial1; que inclui fatores genéticos e ambientais influenciados por doenças e hábitos deletérios à saúde2. No mundo, estima-se que o número de idosos atinja 2 bilhões em 2050, mas sabe-se que o envelhecimento pode cursar com perdas de capacidades que repercutem negativamente nas atividades de vida diária (AVD)3.

A OMS definiu incapacidade funcional como a dificuldade de realizar atividades típicas e pessoalmente desejadas4. A função, um dos parâmetros de qualidade de vida dos idosos5; pode beneficiar aspectos físicos, psicológicos e cognitivos6. A avaliação da funcionalidade incide sobre o desempenho de atividades e funções em diferentes áreas, dentre as quais as tarefas da vida cotidiana, as interações sociais, as atividades de lazer e outras requisições do dia-a-dia3.

Os idosos apresentam decréscimo da força muscular oriundo de mecanismos musculares, neurológicos ou ambientais7. A hipotrofia e o enfraquecimento decorrem, em parte, da redução do número e tamanho das fibras musculares, principalmente do tipo II b (sarcopenia)8.

O envelhecimento saudável é resultante da interação entre saúde física e mental9. Assim, a atividade física torna-se relevante para a autonomia e interação social10. Dentre os tipos de atividade física encontra-se o treino resistido, definido como uma modalidade de exercícios na qual são executados movimentos contra uma força de oposição11. A força e a potência se manifestam na maioria das AVD, sendo primordiais para a função, independência e qualidade de vida12. Os défices funcionais podem estar associados à diminuição e baixos níveis de atividade física13. Os exercícios com sobrecarga podem compensar a redução de força dos idosos e proporcionar ganhos funcionais14. O treino resistido (TR) pode aumentar a força mesmo em curtos períodos devido, supostamente, a adaptações neurais15.

O deficit de força pode ocasionar redução da velocidade da marcha e aumentar o risco de quedas16,17. O equilíbrio também é relevante para as AVD18. Os sistemas responsáveis pelo equilíbrio são alterados com o envelhecimento, vulnerabilizando os idosos a défices funcionais19. Cerca de 65% dessa população tem alguma sensação de perda de equilíbrio20. Os efeitos de diferentes tipos de exercícios sobre equilíbrio e função são alvo de diversos estudos21-26; mas sem um desfecho concludente sobre muitos aspectos.

Com base na importância da qualidade de vida, esta revisão teve como objetivo analisar os estudos que correlacionaram o fortalecimento muscular isolado (por meio de qualquer modalidade de TR), o equilíbrio e a função de idosos saudáveis. O estudo justifica-se pelas lacunas existentes na literatura, visto que não há consenso expresso sobre os benefícios dos exercícios exclusivamente resistidos sobre as variáveis supracitadas.

METODOLOGIA

Efetuou-se uma revisão sistemática mediante a busca de estudos no site http://scholar. google.com.br e na Biblioteca Virtual em Saúde (http://www.bireme.br), pelos descritores: strength, weight e resistance training, postural balance, functional ability e aged (só em inglês). As bases de dados resultantes e pertinentes ao estudo foram: Medline, Lilacs, Biblioteca Cochrane, Scielo, MedCaribe e PubMed. Os ensaios controlados e estudos que preencheram os subseqüentes critérios de inclusão foram considerados estudos experimentais, observacionais, revisões sistemáticas e metanálises, que incluíram força ou TR exclusivo, com o objetivo de analisar sua influência sobre o equilíbrio e/ou função; trabalhos cuja população-alvo era de idosos com 60 anos ou +, de ambos os sexos e saudáveis pela ausência de senilidade sistêmica sintomática. Estudos que associaram outro tipo de treino, mas que tinham o TR isolado como uma de suas intervenções, foram incluídos. Excluíram-se os trabalhos com objetivos ou desfechos que não consideraram força, equilíbrio, TR ou função. Utilizou-se a escala da PEDro como medida de avaliação qualitativa dos artigos selecionados (pontuação de 0 a 10)27.

RESULTADOS

No período de 1966 a 1997 foram encontrados 169 artigos, e de 1997 a 2008, 193, totalizando 362 artigos. Após aplicação dos critérios de inclusão, 35 estudos foram selecionados. Outros 22 foram discriminados para a introdução e discussão. Os resultados são resumidos a seguir, agrupando os estudos por analogia temática e tipo de estudo.

Os estudos referentes ao TR isolado, função e força de idosos saudáveis23,28-36 estão sintetizados no Quadro 1 (10 estudos). Aqueles referentes ao TR isolado, equilíbrio, marcha e quedas de idosos saudáveis37-55 (19) estão agrupados no Quadro 2.



Dois estudos observacionais foram selecionados. Iverson et al.56; ao avaliarem a força em 54 idosos com idade média de 75 anos, concluíram que há uma relação positiva entre força dos membros inferiores, equilíbrio e prevenção de quedas. O torque dos extensores de quadril foi o único que se relacionou com as variáveis analisadas. Keskin et al.57 avaliaram a força flexora e extensora do joelho dominante e a capacidade física de 31 idosas, concluindo que a força flexora e extensora de joelho não interfere nas quedas, sobretudo em idosas com alto padrão funcional.

Finalmente, outros quatro estudos consistiam em revisões sistemáticas ou metanálises. Province et al.25; em uma metanálise, observaram que as intervenções que continham treino de equilíbrio foram as únicas capazes de reduzir as quedas. Dias et al.15 concluíram que a força pode ser aprimorada com poucas semanas de treino e que o treino com pesos beneficia a flexibilidade, a resistência aeróbia e a prevenção de quedas. Lathan et al.14 revisaram 62 estudos controlados que focalizavam os efeitos do TR como intervenção primária em idosos. Concluíram que o TR é eficaz no aumento da força e velocidade da marcha (14 estudos), e levemente benéfico para limitações funcionais. Orr et al.22 efetuaram a primeira metanálise sobre o efeito isolado do TR no equilíbrio de idosos. Selecionaram 29 trabalhos controlados e randomizados que examinavam TR e equilíbrio em idosos; após o TR, em cerca de 22% estudos observou-se melhora do equilíbrio maior que nos controles; referem que, apesar de o TR ser usado para melhorar a sarcopenia e o equilíbrio, há uma inconsistência de dados.

DISCUSSÃO

Os estudos consultados são aqui brevemente discutidos focalizando a funcionalidade e o equilíbrio.

Funcionalidade

O TR isolado demonstrou ser relevante para a função de idosos (90% dos estudos)23,28-32,34-36; sobretudo por seu decorrente ganho de força e mobilidade. O TR a longo prazo demonstrou ser desnecessário para ganhos funcionais. Todavia, a brevidade dos programas pode inviabilizar contribuições adicionais sobre a saúde, qualidade de vida e autonomia funcional. Sob esse ponto de vista, a educação sobre a importância da atividade física é inerente ao envelhecimento saudável. Os TR de baixa31 e moderada intensidade29,32,34,35 também beneficiaram o desempenho funcional, especialmente nas idosas, frágeis e sedentários29,31,35,45. Isso sugere que a função não está ligada integralmente aos efeitos isolados da força, fato justificado pela observação em alguns casos, de um desempenho funcional satisfatório, mesmo com um ganho de força limitado. Acredita-se que benefícios adicionais só serão viabilizados por outros fatores requeridos para a função, como o treino sensório-motor. Em idosos com elevado grau de independência, o impacto e os parâmetros do TR não são consensuais, mas acredita-se que o treino de alta intensidade pode ser eficaz. Há carência de estudos discriminando os grupos musculares requisitados para a estabilidade postural em diversas atividades.

Equilíbrio

A interdependência do TR com o equilíbrio é um tema controverso, assim como os parâmetros de treino e as modificações do equilíbrio após a prática do TR isolado. A intensidade do treino14,46-48,51 parece exercer mais efeito do que o volume, tempo e freqüência. O TR de baixa intensidade parece ser ineficaz41,54; mas o TR de baixa e alta intensidade realizados com velocidade elevada52 e o TR moderado37,38 foram capazes de melhorar o equilíbrio em alguns estudos, sobretudo nos idosos frágeis50 e do sexo feminino38,51. Em idosos com um alto padrão funcional, os resultados são controversos14. Alguns autores sugerem que o TR de alta intensidade, por ser relevante para o controle postural em situações variadas, pode diminuir o risco de quedas44,48. Em relação à velocidade da marcha, os TR de alta, moderada e baixa intensidade foram benéficos14,42-44,47,49. Alguns trabalhos que agregaram o TR aos treinos de equilíbrio, potência ou função tiveram bons resultados, assim como o treino de equilíbrio isolado25,51,53. A posição e a estabilidade durante o TR parecem influenciar o ganho de equilíbrio, uma vez que os exercícios realizados em pé demandam uma ativação contínua dos músculos antigravitacionais, podendo produzir melhores efeitos15,21,39. O monitoramento dos treinos por profissionais também mostrou ser relevante38,49. Apesar das referidas limitações e lacunas, acredita-se que o TR possa ser uma boa ferramenta para o equilíbrio, fato supostamente advindo de aspectos neuromusculares como a melhora da freqüência de disparos de unidades motoras e do recrutamento de fibras musculares.

CONCLUSÃO

A função, o equilíbrio e a qualidade de vida são resultados da interação de fatores psíquicos, socioculturais, físicos e ambientais. A intensidade do TR deve ser criteriosamente definida quando o objetivo é a melhora do equilíbrio, pois este parece ser influenciado pela magnitude dos treinos. É indiscutível que o TR, além de seguro, é capaz de melhorar a sarcopenia e a força. Além disso, tem fácil aplicabilidade e baixo custo. O TR isolado se mostrou eficaz para a função de idosos e alguns aspectos da marcha. Já em relação ao equilíbrio, os dados são inconsistentes, corroborando a metanálise de Orr et al.22. A subjetividade do termo"idosos saudáveis" pode sugerir a existência de resultados falso-positivos. Há necessidade de estudos adicionais sobre o equilíbrio, a fim de determinar a relação dose-resposta ideal para os benefícios psicológicos e clínicos em idosos de diferentes níveis funcionais e de independência. Os reais efeitos do TR isolado sobre o equilíbrio e função poderão ser alcançados com uma amostra populacional separada em faixas etárias e sexo, uniformização dos parâmetros de treino e distinção dos principais grupos musculares necessários para seu controle. Isso se torna pertinente sobretudo em idosos com um padrão elevado de desempenho funcional.

Apresentação: fev. 2009

Aceito para publicação: maio 2010

Estudo desenvolvido no setor de Geriatria do HCFMUSP - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

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  • Endereço para correspondência:
    Marina L. M. Araújo
    R. Henrique Monteiro 135 apto 81 Pinheiros
    05423-020 São Paulo SP
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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      05 Abr 2012
    • Data do Fascículo
      Set 2010

    Histórico

    • Aceito
      Maio 2010
    • Recebido
      Fev 2009
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