Resumo
A partir da análise de cartas do acervo de Milton Santos, o artigo revisita seu percurso no exílio, demonstrando sua contribuição para a consolidação da geografia crítica e elementos reveladores da gênese de sua rede intelectual, que envolve pensadores de França, EUA e América Latina. Enfocando os contextos de seu exílio, concatena sua experiência fora do Brasil com novos interesses científicos e a formação de um círculo internacional de cooperação. Secundariamente, evidencia sua preocupação com o planejamento. Constata que sua aproximação com o grupo de Pierre George e François Perroux é seguida por uma crítica que o encaminha para um diálogo com a filosofia marxista e com o estruturalismo.
Milton Santos (1926-2001; rede intelectual; exílio; geografia crítica; planejamento