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Estudo comparativo de fórmulas empregadas no cálculo de doses medicamentosas infantis

O presente estudo foi realizado com a finalidade de avaliar as fórmulas de Clark, Salisbury, Área da Superfície Corpórea (ASC) e Penna, quanto a sua confiabilidade e viabilidade de uso clínico para o cálculo de doses medicamentosas infantis, uma vez que tais fórmulas são freqüentemente citadas na literatura, mas muita controvérsia ainda existe com relação ao seu uso. As doses infantis foram calculadas utilizando as fórmulas descritas e os medicamentos Paracetamol, Dipirona, Diclofenaco de Potássio, Nimesulida, Amoxicilina e Eritromicina, largamente usados na clínica odontopediátrica. Foram considerados parâmetros como o peso e área da superfície corpórea de crianças com idades entre 1 e 12 anos e a dose para o adulto. As doses obtidas foram comparadas às doses em mg/kg consideradas como padrão de referência para os medicamentos. Os resultados foram submetidos ao teste paramétrico ANOVA e de Tukey (P<0,05). Os antibióticos e o Diclofenaco propiciam utilização aceitável das fórmulas na Odontopediatria, porém para a Dipirona, as doses obtidas pelas fórmulas sugerem ineficácia clínica. Para o Paracetamol, o uso clínico das fórmulas de Penna e da ASC para crianças entre 1 a 5 anos é contra-indicado, uma vez que as doses obtidas com tais fórmulas aproximaram-se muito das doses hepatotóxicas do medicamento. Pode-se concluir que o uso das fórmulas para o cálculo seguro de doses infantis é viável, dependendo do medicamento utilizado e da faixa etária.

Odontopediatria; Administração oral de medicamentos; posologia


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