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Imunomarcação por galectina-3 em neoplasias de tireóide

A punção aspirativa por agulha fina de tireóide é o método pré-cirúrgico mais importante na definição da malignidade de uma lesão nodular. Entretanto esse procedimento apresenta limitações, como características morfológicas comuns entre neoplasias malignas e benignas. A expressão de uma lectina ligante de b-galactosídeos chamada galectina-3, aumentada em neoplasias malignas de tireóide, poderia ser utilizada como marcador de malignidade para neoplasias de tireóide. Cinqüenta e sete casos, entre eles 14 carcinomas papilares, 22 carcinomas foliculares e 21 adenomas foliculares, foram estudados quanto à expressão da galectina-3 por métodos imuno-histoquímicos. O tecido tireoidiano normal, adjacente ao tecido neoplásico, também foi avaliado em 48 casos. Todos os casos de carcinoma papilar e 18 casos de carcinoma folicular apresentaram marcação citoplasmática; um caso de adenoma folicular apresentou marcação nuclear. Nenhum caso de tecido tireoidiano normal demonstrou imunomarcação. Sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo foram respectivamente 88%, 98%, 96% e 94%. A expressão da galectina-3 é uma evidência valiosa de malignidade nos casos em que as características citomorfológicas não forem conclusivas. A marcação por imunocitoquímica poderá aumentar a exatidão diagnóstica nos exames citológicos por aspiração de tireóide, tornando a indicação cirúrgica mais precisa.

Galectina-3; Imuno-histoquímica; Tireóide; Carcinoma folicular; Adenoma folicular


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