RESUMO
Este artigo examina Moscou, filme de Eduardo Coutinho, aproximando-o, a partir de conexões conceituais, filosóficas e estéticas, a questões da mesma ordem propostas pelo teatro de Tchekhov. Moscou revela-se um metafilme, momento de explicitação de um método de reflexão, uma epistemologia da obra cinematográfica de Coutinho. Ao centrar a discussão sobre uma estética distópica, explora a construção da reflexividade, do antinaturalismo, da vida enquanto drama e do aspecto cósmico da interioridade.
PALAVRAS-CHAVE:
Tchekhov; documentário; antinaturalismo; reflexividade