No presente trabalho determinamos a importância relativa dos itens de origem alóctone e autóctone, bem como as variações sazonais e ontogenéticas do hábito alimentar de Phalloceros anisophallos do córrego Andorinha, Ilha Grande. Análises quantitativas baseadas no índice alimentar (IAi) e no volume (Vo) de cada item alimentar revelaram que P. anisophallos se alimentou de detrito, algas (diatomáceas, unicelulares e clorofíceas filamentosas), animais autóctones (larvas de insetos aquáticos: Trichoptera, Chironomidae e outros Diptera) e animais alóctones (insetos terrestres: Hymenoptera). Foram registradas variações ontogenéticas para o consumo de cada categoria alimentar. Os adultos consumiram maiores quantidades de algas e detrito enquanto os jovens consumiram maiores quantidades de itens animais. As diferenças significativas do coeficiente intestinal de adultos e jovens corroboraram as diferenças ontogenéticas do hábito alimentar. Os valores de IAi de cada categoria alimentar consumida não variou entre as estações chuvosa e seca, mas os valores médios do volume de detrito consumido variou entre as estações e foi significativamente (Anova, p<0.01) superior na estação seca.
