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Fish biomarker responses to perturbation by drought in streams

RESUMO

A seca pode ser vista como uma perturbação em ambientes aquáticos lóticos e, em alguns casos, os peixes podem ser aprisionados em trechos lênticos (poços), onde a perda da qualidade da água pode causar estresse. Investigamos como esta condição extrema influencia biomarcadores bioquímicos de estresse oxidativo. Para isso, a resposta do caracídeo Astyanax elachylepis foi avaliada durante as estações seca e chuvosa em trechos intermitentes e perenes (controle) de riachos da savana brasileira (Cerrado). Predizemos que os biomarcadores seriam aumentados somente em peixes dos trechos intermitentes durante a estação seca, devido as condições restritivas dos poucos poços isolados que contém água. Como predito, os peixes do riacho intermitente apresentaram altos valores de MDA nas brânquias durante a estação seca, indicando maior estresse oxidativo. No fígado, os valores de MDA foram maiores na estação seca em ambos riachos, intermitente e perene, sugerindo uma resposta sazonal generalizada. Como esperado, algumas enzimas antioxidantes foram alteradas em peixes de trechos intermitentes durante a estação seca. Portanto, os biomarcadores de estresse oxidativo variam sazonalmente e essa variação é maior em trechos intermitentes. Essas evidências contribuem para a compreensão da variação espaço-temporal da resposta dos peixes e da sua resistência às perturbações por seca em ambientes tropicais.

Palavras-chave:
Astyanax elachylepis; Preparação para o estresse oxidativo (POS); Resposta antioxidante; Savana brasileira; Variação sazonal

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