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Por uma Administração Menor: o Caso do Bailinho da Tia Naná

Resumo

Tomando como suporte teórico e metodológico o trabalho conjunto de Gilles Deleuze e Félix Guattari, este artigo tem como objetivo principal argumentar em prol de uma administração menor. Para isso, buscamos levantar pistas, dicas, lampejos de outras formas de estar e conviver que tensionam, expandem e reelaboram as práticas convencionais do universo administrativo – seja em suas formas de pensar e produzir conhecimento, seja nas suas formas de organizar. Por meio de uma cartografia das forças imanentes da vida de mulheres que dançam no Bailinho da Tia Naná – baile popular de terceira idade, localizado no centro da cidade de Belo Horizonte/MG –, objetivamos não apenas explicitar as segmentaridades duras, mas também, e aí se faz a diferença, direcionar nossa atenção às aposições, invenções, ao que vaza, ao que foge, ao que escapa às organizações binárias e funcionalistas, ao que escapa à colonização de nossas forças vitais de criação e transcriação nas relações micropolíticas. Em relação ao conceito de gestão ordinária e aos Estudos Organizacionais, buscamos identificar, no cotidiano, o que rompe, o que modifica, o que inventa desvios às normas, o que cria diferença; administração cuidadosa com a potência, a alegria, a multiplicidade, a complexidade e a interdependência inerente aos modos de organizar e compor o entre das vidas corriqueiras, historicizadas, localizadas e reais.

administração menor; gestão ordinária; cartografia

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