Este artigo aborda a classificação das relações entre os gestores dos Pontos de Cultura e seus stakeholders no Grande Recife. Para isto, tem como base teórica a tipologia de stakeholders de Mitchell, Agle e Wood, que trata das relações de poder, legitimidade e urgência. A ARS - Análise de Redes Sociais foi empregada para dar suporte metodológico ao cabedal teórico da tipologia de stakeholders. Partiu-se das hipóteses de que as técnicas de ARS permitem observar as relações entre stakeholders e os seus papéis na percepção de diferentes gestores, e que os gestores percebem stakeholders, os quais constituem uma rede caracterizada por agrupamentos de laços fortes e atores centrais. Foram utilizadas técnicas de ARS e um questionário para avaliar as relações de poder, legitimidade e urgência na rede. De maneira geral, os stakeholders dos Pontos de Cultura analisados são atores vistos como legítimos nos níveis individual, organizacional e social, são ativos na busca de atenção dos gestores e têm alta influência simbólica. Após o mapeamento da rede dos Pontos de Cultura do Grande Recife, foi possível observar que ela é amplamente caracterizada pela presença de relações de legitimidade, fazendo com que muitos atores sejam classificados como stakeholders discricionários.
Abordagem de stakeholder; Redes de stakeholders; Análise de redes sociais; Organizações culturais; Pontos de cultura