Resumo
O objetivo deste estudo foi estabelecer a validade discriminante, preditiva e incremental da paixão pelo trabalho em relação ao flow, ao envolvimento e à satisfação no trabalho, respectivamente. Um estudo empírico-instrumental foi realizado com uma amostra não probabilística (510 trabalhadores, 54% mulheres). Análise de equações estruturais exploratórias (ESEM) mostraram saturação cruzada inferior a 0,30 e um ajuste adequado dum modelo hepta-fatorial oblíquo (GFI = 0,92, CFI = 0,90, TLI = 0,91, RMSEA = 0,04). Os valores da variância extraída média, da sua raiz quadrada e da proporção heterorasgo-monorasgo (AVE > 0,50; √AVE < r; HTMT < 0,90) indicaram capacidade discriminante entre os conceitos. Análises de regressão múltipla hierárquica confirmaram a contribuição significativa da paixão na explicação da satisfação (paixão harmoniosa: β = 0,49, t = 10,96, p = 0,000; paixão obsessiva: β = 0,15, t = 3,82, p = 0,000; F(6.503) = 91,87, p = 0,000; R2 = 0,579). Os resultados demostraram que a paixão pelo trabalho é um constructo teórica e empiricamente diferente, capaz de explicar atitudes organizacionalmente relevantes.
Paixão pelo Trabalho; Flow; Envolvimento no Trabalho; Satisfação
