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Síntese de aminoglicosídeos, precursores de pseudo-dissacarídeos potencialmente ativos

Synthesis of aminoglycosides as precursors of potentially actives pseudodisaccharides

Resumo

This work describes the syntheses of O-protected aminoglycosides as an important block building for the preparation of potential bioactive pseudodisaccharide. The new O-protected methyl 3-amino-3-deoxy-alpha-D-glycopyranoside 4 and methyl 2-amino-2-deoxy-alpha-D-glycopyranoside 5 were prepared, respectively, in five and four steps. All compounds were obtained in good yield and characterized by spectral data (¹H and 13C NMR, MS, IR) and elemental analysis.

aminoglycosides; amino-sugars; O-protected methyl 3-amino-3-deoxy-alpha-D-glycopyranoside; O-protected methyl 2-amino-2-deoxy-alpha-D-glycopyranoside


aminoglycosides; amino-sugars; O-protected methyl 3-amino-3-deoxy-alpha-D-glycopyranoside; O-protected methyl 2-amino-2-deoxy-alpha-D-glycopyranoside

ARTIGO

Síntese de aminoglicosídeos, precursores de pseudo-dissacarídeos potencialmente ativos

Ivone Carvalho*

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo - 14040-903 - Ribeirão Preto - SP

Alan H. Haines

School of Chemical Sciences - University of East Anglia - NR4 7TJ - Norwich - Great Britain

* e-mail: carronal@usp.br

Recebido em 16/11/98; aceito em 27/7/99

Synthesis of aminoglycosides as precursors of potentially actives pseudodisaccharides. This work describes the syntheses of O-protected aminoglycosides as an important block building for the preparation of potential bioactive pseudodisaccharide. The new O-protected methyl 3-amino-3-deoxy-a-D-glycopyranoside 4 and methyl 2-amino-2-deoxy-a-D-glycopyranoside 5 were prepared, respectively, in five and four steps. All compounds were obtained in good yield and characterized by spectral data (1H and 13C NMR, MS, IR) and elemental analysis.

Keywords: aminoglycosides; amino-sugars, O-protected methyl 3-amino-3-deoxy-a-D-glycopyranoside; O-protected methyl 2-amino-2-deoxy-a-D-glycopyranoside.

INTRODUÇÃO

Durante muitos anos as proteínas e ácidos nucleicos foram considerados os únicos constituintes de organismos vivos simples, como os vírus. Com o avanço científico da Glicobiologia, este conceito foi rapidamente modificado e os carboidratos, paralelamente aos lipídios, passaram também a ser reconhecidos como componentes essenciais de todos os seres vivos1.

Nos sistemas biológicos, os carboidratos exercem pelo menos três funções fundamentais, (i) suporte para estabilização mecânica e proteção da integridade estrutural da célula; (ii) reserva de carbono, facilmente mobilizado, como fonte de energia e bloco de construção para produção de outras classes de produtos naturais e (iii) na forma de glicoconjugados, como agentes que alteram as propriedades químicas e físico-químicas dos constituintes das células e da matriz extracelular e funcionam como marcadores moleculares na superfície de células e microrganismos para possível interação no caso de reconhecimento celular2.

O vírus HIV, em seu processo de infecção, possui grande afinidade pelos linfócitos T4 do hospedeiro devido ao alto grau de complementaridade estrutural existente entre a capa glicoproteica do vírus e a membrana celular. De fato, os carboidratos, com a sua complexidade estrutural na forma de glicoproteínas, são os responsáveis pelo armazenamento de informações na superfície do vírus e desempenham papel fundamental no reconhecimento e consequente adesão seletiva à célula normal. A gp120 é a glicoproteína essencial da capa externa do vírus HIV, formada a partir do processamento de oligossacarídeos celulares imaturos pela ação de enzimas denominadas glicosidases3.

O produto natural, acarbose 14 e os pseudo-dissacarídeos sintéticos 25 e 36 possuem, em sua estrutura química, unidades glicosídicas ligadas por um átomo de nitrogênio que fornecem produtos muito semelhantes a determinadas porções de substratos endógenos, clivadas pelas glicosidases. Produtos desta natureza apresentam atividade inibitória de glicosidase e podem, por esta razão, bloquear o processamento e a formação de carboidratos essenciais à biossíntese da glicoproteína gp120 e, consequentemente, alterar a composição da superfície do vírus e interromper seu ciclo de vida na célula.

Derivados aminoglicopiranosídeos, como 3-amino-3-desoxi-a-D-glicopiranosídeo de metila 4 e 2-amino-2-desoxi-a-D-glicopiranosídeo de metila 5 são unidades monossacarídicas interessantes porque podem ser usadas na geração de pseudo-dissacarídeos potencialmente ativos e, adicionalmente, são unidades estruturais presentes em diversas substâncias bioativas da classe de proteoglicanas7 e antibióticos aminoglicosídeos8, de fundamental importância, respectivamente, na manutenção da função celular e do efeito terapêutico.

Sob o ponto de vista sintético, a presença de grupo amino livre em 4 e 5 pode ser desejada para acoplamento e ligação a outras unidades de açúcar, através de um átomo de nitrogênio, e geração de pseudo-dissacarídeos. Alternativamente, a proteção dos grupos hidroxila pode ser necessária para obtenção de compostos solúveis em solventes orgânicos, mais adequados para aplicação em reações de condensação convencionais. Neste trabalho, são descritas algumas estratégias para preparação dos derivados O-protegidos de 4 e 5, com geração regiosseletiva de grupos amino livres.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na literatura já foram descritas três estratégias básicas para sintetizar 3-amino-glicosídeos como 49-11. Essas estratégias envolvem, normalmente, grande número de etapas e dão origem a produtos com hidroxila livres, que não servem para emprego em reações de condensação em solvente orgânico. No entanto, a adaptação de um dos procedimentos descritos11 permitiu a preparação do composto 12 em apenas cinco etapas ( 1Esquema) com grupo Bn (benzila), selecionado em função da sua maior propriedade lipossolúvel.

O derivado di-tosílico 6, obtido a partir do produto comercialmente acessível 4,6-O-benzilideno-a-D-glicopiranosídeo de metila, foi convertido no epóxido 7 por tratamento com metóxido de sódio, que ataca o tosilato do C2 gerando o alcóxido que, por sua vez, desloca o tosilato de C3. Esta transformação havia sido descrita por Richtmyer12, que realizou a reação a temperatura ambiente, alegando que temperaturas mais elevadas conduzem à abertura do anel de epóxido do produto. Em nossos experimentos, porém, verificamos que à temperatura ambiente o rendimento de 7 foi de apenas 50%, devido a transformação incompleta do material de partida 6, mesmo após vários dias de reação; é necessário aquecer a 80oC (por apenas 1,2 h) para que o material de partida seja totalmente consumido, e o rendimento máximo, nessas circunstâncias, é de 65%. A abertura do anel epóxido de 7 por ataque nucleofílico com azida de sódio apresenta um problema de regioquímica: o produto desejado glico (2,3-diequatorial), corresponde a 9 (ataque no C3), mas a estrutura rígida de 7 leva ao ataque principalmente no C2 (abertura trans-diaxial do anel epóxido), produzindo majoritariamente o isômero indesejado altro (2,3-diaxial), semelhante a 10 (proporção 15:1). Para modificar esta proporção desfavorável, removemos o grupo 4,6-O-benzilideno de 7, e o intermediário 813, conformacionalmente bem mais flexível do que 7, forneceu 9 e 10 em proporção de 2,7:1 quando tratado com azida de sódio11. As dificuldades encontradas na separação, em larga escala, dos isômeros em coluna cromatográfica foram contornadas através da recristalização da mistura em acetato de etila, o que possibilitou a eliminação do isômero indesejado 2-altro 10. Cromatografia em silicagel foi empregada em seguida apenas para remoção de traços de impureza do produto desejado 3-glico 9. Morikawa e colaboradores11 descrevem a separação cromatográfica dos isômeros 9 e 10 na proporção de 2,15:1, inferior ao obtido no trabalho.

É interessante observar que um método alternativo foi descrito por Wu e colaboradores14, que afirmam obter apenas o produto desejado, quando utilizam grupos protetores adequados e condições de reação especiais. Experimentamos esse método e, ao contrário do afirmado pelos autores, obtivemos misturas de isômeros absolutamente semelhantes às obtidas na síntese acima descrita.

Finalmente, o derivado 3-amino O-protegido 12 foi preparado a partir da reação de benzilação convencional do derivado 3-azido 9 (Esquema 1), na presença de NaH e PhCH2Br15, seguido de tratamento com trifenilfosfina/THF/H2O (reação de Staudinger) para redução seletiva do grupo azido de 11 (70%)16,17. Rendimentos semelhantes do composto 12 (75%) foram também obtidos a partir da redução de 11 na presença de LiAlH418.

Na série de derivados 2-aminoglicosídeos O-protegidos, dois procedimentos básicos estão descritos na literatura19,20. Em ambos os casos, as rotas apresentadas possuiam grande número de etapas, os produtos eram isolados na forma de mistura anomérica a/b e em baixo rendimento. Descrevemos uma nova estratégia, mais simples, para a preparação de 17 em quatro etapas (Esquema 2), a partir do reagente comercialmente disponível, cloridrato de glicosamina 13. A proteção temporária e seletiva do grupamento amino 13 com grupos resistentes a condições ácidas e básicas seria necessária para a respectiva geração do centro a anomérico e benzilação dos grupos hidroxila. Estas propriedades poderiam ser preenchidas pelo grupo Cbz (benziloxicarbonila), muito empregado em química de carboidratos21, mas a desproteção seletiva do grupo amino na última etapa (Esquema 2), na presença de grupos O-protetores Bn, poderia ser desvantajosa uma vez que o método clássico de hidrogenólise removeria ambos os grupos Cbz e Bn. Neste sentido, o grupo Troc (tricloroetoxicarbonila) foi selecionado devido a dois fatores fundamentais, resistência a ácido e remoção seletiva na presença de Zn/AcOH22. O correspondente derivado carbamato 14 foi gerado na forma de mistura anomérica a/b na proporção de 3:123, conforme demonstrado pela integral relativa dos protons H-1 ou H-4.

A metilação do centro anomérico, em diversas condições reacionais, forneceu, como esperado, o produto 15 como mistura de anômeros a/b24 com os deslocamentos químicos de RMN 1H dos grupos OMe, respectivamente, em 3,28 ppm e 3,46 ppm. Com base na integral relativa destes sinais, foi possível observar a elevação constante da proporção a/b com o aumento do tempo e temperatura da reação até o valor máximo de 2,5:1. Um resultado muito superior, porém, foi obtido utilizando HCl anidro, gerado in situ pela reação de cloreto de acetila com metanol: o anômero desejado a 15 foi isolado como único produto da reação, com rendimento de 75%. Apesar das inúmeras tentativas de O-benzilação de 15 em condições clássicas (NaH, PhCH2Br), o grupo Troc não se mostrou suficientemente resistente, mesmo sob condições de transferência de fase. Entretanto, o método alternativo de O-benzilação com o reagente tricloroacetimidato de benzila25, empregando condições de catálise ácida, foi satisfatória para geração do produto O-protegido 16 em alto rendimento (79%). Finalmente, o grupo Troc foi removido de acordo com o método modificado de Carson26, na presença de Zn ativado/THF/tampão fosfato e o produto desejado 17 foi isolado em alto grau de pureza.

PARTE EXPERIMENTAL

As análises de RMN 1H e 13C foram realizadas em espectrômetro JEOL EX270 FT, respectivamente, a 270 MHz e 67,9 MHz. As medidas de rotação ótica foram realizadas a temperatura ambiente em polarímetro Perkin-Elmer modelo 141. Os espectros de IV foram obtidos no aparelho Perkin-Elmer, modelo 298 e as amostras na forma de filme foram analisadas em janela de NaCl. Espectros de massa de alta resolução foram obtidos no EPSRC Mass Spectrometry Service Centre na Universidade College of Swansea. Análise elementar foi realizada por A. W. R. Saunders na Universidade de East Anglia. Os resultados de análise elementar e espectrometria de massa de alta resolução confirmaram as estruturas dos compostos inéditos.

2,3-Anidro-4,6-O-benzilideno-a-D-alopiranosídeo de metila 7. Uma solução resfriada de sódio (3,9g, 0,17 mol) em metanol (90 mL) foi gotejada sobre uma solução de 4,6-O-benzilideno-2,3-di-O-tosil-a-D-glicopiranosídeo de metila 6 (20g, 0,034 mol) em 1,2-dicloroetano (300 mL), mantida a 0ºC. O banho de gelo foi removido e a mistura, após atingir a temperatura ambiente, foi aquecida a 80ºC por 1,2 h até o completo desaparecimento do material de partida, acompanhado com placas de cromatografia de camada delgada (CCD). Água (150 mL) foi adicionada à mistura reacional e as fases formadas foram separadas. A fase aquosa foi extraída com 1,2-dicloroetano (2 x 50 mL) e os extratos orgânicos foram combinados e secos com cloreto de cálcio. O solvente foi removido e o sólido formado foi recristalizado em 1,2-dicloroetano. Rend. 6,14 g (0,023 mol, 68,3%); p.f. .190,6-193,8C subl. (lit.12 199,0-200,0C); [a]D+133 (c 2, CHCl3) (lit.12 +140, c 2, CHCl3); IV nmax(nujol)/cm-1 1075 (C-O-C), 900 (epóxido), 750 e 690 (Ar); RMN 1H (270 MHz, CDCl3) d 3,47 (3H, s, OCH3), 3,49 (1H, dd, J1,2= 2,6 Hz, J2,3= 4,3 Hz, H-2), 3,52 (1H, d largo, J2,3= 4,3 Hz, H-3), 3,68 (1H, t, J= 10,2 Hz, H2-6a), 3,96 (1H, dd, J3,4=1,0 Hz, J4,5= 9,2 Hz, H-4), 4,09 (1H, ddd, J4,5= 9,2 Hz, J5,6a= 10,3 Hz, J5,6b=5,0 Hz, H-5), 4,24 (1H, dd, J5,6b= 5,0 Hz, J6a,6b= 10,3 Hz, H2-6b), 4,89 (1H, d, J= 2,6 Hz, H-1), 5,57 (1H, s, CHPh), 7,35-7,52 (5H, m, Ar-H); RMN 13C (84,3 MHz, CDCl3) d 50,83 (C-3), 53,24 (C-2), 56,00 (OCH3), 60,17 (C-5), 69,06 (C-6), 78,06 (C-4), 95,52 (C-1), 103,00 (CHPh), 126,57, 128,58, 129,50, 137,41 (6C, Ar-C).

2,3-Anidro-a-D-alopiranosídeo de metila8. Uma suspensão de 2,3-anidro-4,6-O-benzilideno-a-D-alopiranosídeo de metila 7 (5,0 g, 18,9 mmol) em metanol (30 mL) e ácido sulfúrico (100 mL, 0,01N) foi refluxada por 1,5 h até desaparecimento do sólido da mistura. A solução resultante foi resfriada a temperatura ambiente e concentrada até a metade do volume original. Hidróxido de bário (0,5 g) foi adicionado para tornar a solução alcalina. A mistura final foi filtrada através de camada de celite e o filtrado obtido foi extraído com diclorometano e a fase orgânica foi descartada. A camada aquosa foi concentrada e etanol (60 mL) foi adicionado ao sólido formado; a suspensão obtida foi filtrada em nova camada de celite e o filtrado concentrado. De forma diferente da literatura13, o produto bruto foi recristalizado em diclorometano. Rend. 2,84 g (16,1 mmol, 85,4%); p.f. 103,7-105,7C (lit.13 105,0-107,0C); [a]D +162,8 (c 1, MeOH) (lit.13 +154,2, c 1,25, MeOH); IV nmax(nujol)/cm-1 3350 (OH), 1080 (C-O-C), 890 (epóxido); RMN 1H(270 MHz, CD3OD) d 2,45, 3,00 (2H, s largo, OH), 3,46 (3H, s, OCH3), 3,49 (1H, dd, J2,3= 4,1 Hz, J1,2= 2,6 Hz,H-2), 3,57 (1H, dt, J2,3= 4,1 Hz, J3,4= 1,6 Hz, H-3), 3,67 (1H, ddd, J4,5= 9,2 Hz, J5,6a= 4,6 Hz, J5,6b= 4,0 Hz, H-5), 3,80 (1H, dd, J6a,6b= 12,0 Hz, J5,6a= 4,6 Hz, H2-6a), 3,86 (1H, dd, J6a,6b= 12,0 Hz, J5,6b= 4,0 Hz, H2-6b), 3,99 (1H, dd, J4,5= 9,2 Hz, J3,4= 1,6 Hz, H-4), 4,91 (1H, d, J= 2,6 Hz, H-1); RMN 13C (84,3 MHz, CD3OD) d 55,23 (C-2 ou C-3), 55,80 (C-2 ou C-3), 56,06 (OCH3), 62,64 (C-6), 66,54 (C-4), 71,00 (C-5), 96,18 (C-1).

3-Azido-3-desoxi-a-D-glicopiranosídeo de metila 9 e 2-azido-2-desoxi-altropiranosídeo de metila 10. Uma mistura de 2,3-anidro-a-D-alopiranosídeo de metila 8 (1,6 g, 9,08 mmol), azida de sódio (1,77 g, 27,2 mmol) e sulfato de amônio (1,2 g, 9,08 mmol) em DMF, foi vigorosamente agitada e aquecida sob refluxo a aproximadamente 110°C. O desaparecimento do material de partida e a gradual formação de dois novos componentes foi acompanhado por placa CCD (acetato de etila), o composto 8 foi totalmente consumido em 3 h. Após este período, a mistura foi resfriada à temperatura ambiente e diluida com acetona (60 mL). A mistura resultante foi filtrada através de uma camada de celite e o filtrado foi concentrado. O óleo obtido, contendo os dois isômeros, foi recristalizado a partir de acetato de etila para separação do isômero 10. A água-mãe obtida foi concentrada e o resíduo, contendo principalmente o produto 9, foi purificado em coluna cromatográfica contendo silicagel e fase móvel diclorometano-tolueno-metanol 10:3:1. Composto 9: Rend. 0,94 g (4,3 mmol, 47,2%); p.f. 125,5-126,5 C (lit11 126,0-127,5 C); [a]D +177,6 (c 1, H2O) (lit.11 +178,4, c 1, H2O); IV nmax(nujol)/cm-1 3420 (OH), 2100 (N3), 1080 (COC); RMN 1H(270 MHz, CD3OD) d3,28 (1H, t, J= 9,7 Hz, H-4), 3,38 (1H, dd, J1,2= 3,6 Hz, J2,3= 9,7 Hz, H-2), 3,42 (3H, s, OCH3), 3,53 (1H, ddd, J4,5= 9,7 Hz, J5,6b= 2,3 Hz, H-5), 3,55 (1H, t, J= 9,7 Hz, H-3), 3,66 (1H, dd, J6a,6b= 11,9 Hz, J5,6a= 5,3 Hz, H2-6a), 3,79 (1H, dd, J6a,6b= 11,9 Hz, J5,6b= 2,3 Hz, H2-6b), 4,65 (1H, d, J=3,6 Hz, H-1); RMN 13C (67,9 MHz, CD3OD) d 55,4 (OCH3), 61,7 (C-6), 67,7 (C-3), 69,5 (C-5), 71,6 (C-2), 72,6 (C-4), 99,9 (C-1). Composto 10: Rend. 0,335g (1,61 mmol, 17,8%); p.f. 135,0-138,0 C (lit.11 138,0-139,0 C); [a]D +62,1 (c 1, H2O) (lit11 +69,1, c 1, metanol); IV nmax(nujol)/cm-1 3480, 3300 (OH),2120 (N3), 1100 (COC); RMN 1H (270 MHz, CD3OD) d 3,42 (3H, s, OCH3), 3,65-3,88 (6H, m, H-2, H-3, H-4, H-5, 2x H2-6), 4,58 (1H, d, J= 3,6 Hz, H-1); RMN 13C (67,9 MHz, CD3OD) d 56,06 (OCH3), 63,09 (C-6), 64,43 (C-2), 67,21 (C-3), 70,73 (C-5), 73,88 (C-4), 101,56 (C-1).

3-Azido-2,4,6-tri-O-benzil-3-desoxi-a-D-glicopiranosídeo de metila 11. A uma solução de 3-azido-3-desoxi-a-D-glicopiranosídeo de metila 9 (100mg, 0,46 mmol) em DMF (2 mL), sob atmosfera inerte, foi adicionado em pequenas porções, hidreto de sódio (110 mg, dispersão oleosa 60%, previamente lavado em hexano anidro, 2,73 mmol). A mistura foi agitada durante 40 min e foi resfrida em banho de gelo para adição lenta de brometo de benzila. A mistura foi mantida sob agitação por 10 min no banho de gelo e 10 min a temperatura ambiente. Após este período, quando as placas CCD indicavam o completo desaparecimento do material de partida, metanol (0,6 mL) foi adicionado lentamente sobre a mistura. Os solventes foram removidos em evaporador rotatório e a mistura obtida foi purificada em coluna cromatográfica (silicagel 60) usando inicialmente éter de petróleo para remoção do excesso de brometo de benzila, seguido da mistura hexano-acetato de etila 7:3 para eluição do produto. Rend. 203 mg (0,42 mmol, 91,2%) na forma de um líquido viscoso incolor; [a]D+58,2 (c 1, CHCl3); Análise Elementar C28H31N3O5 Teor. C 68,69, H 6,37, N 8,58; Obtido C 68,64, H 6,27, N 8,48; IV nmaxfilme/cm-1 2100 (N3), 1100 and 1040 (COC), 730 and 700 (Ar); RMN 1H (270 MHz; CDCl3) d 3,33 (3H, s, OCH3), 3,37 (1H, dd, J2,3= 9,9 Hz, J1,2= 3,3 Hz, H-2), 3,43 (1H, t, J= 9,9 Hz, H-4), 3,58 (1H, dd, J5,6a=3,6 Hz, J6a,6b= 11,7 Hz, H2-6a), 3,66-3,74 (2H, m, H-5 e H2-6b), 3,89 (1H, t, J= 9,9 Hz, H-3), 4,40, 4,44, 4,76, 4,80 (2H, J= 10,7 Hz, OCH2Ph), 4,43, 4,47, 4,58, 4,62 (2H, J= 12,0 Hz, OCH2Ph), 4,60, 4,65, 4,75, 4,79 (2H, J= 12,2 Hz, OCH2Ph) , 4,58 (1H, d, J= 3,3 Hz, H-1), 7,18-7,39 (15H, m, 3x Ar-H); RMN 13C (67,9 MHz; CDCl3) d 55,20 (OCH3), 65,46 (C-3), 68,04 (C-6), 69,64 (C-5), 73,17 (OCH2Ph), 73,58 (OCH2Ph), 74,80 (OCH2Ph), 76,13 (C-4), 77,82 (C-2), 97,32 (C-1), 127,85, 127,90, 128,10, 128,17, 128,42, 128,51, 129,23, 129,45, 129,88, 137,80, 138,00, 138,12 (18C, 3x Ar-C).

3-Amino-2,4,6-tri-O-benzil-3-desoxi-a- D-glicopiranosídeo de metila 12

Métoda a

A uma solução de 3-azido-2,4,6-tri-O-benzil-3-desoxi-a-D-glicopiranosídeo de metila 11 (224 mg, 0,46 mmol) em THF (4 mL) foi adicionado trifenilfosfina (352 mg, 1,34 mmol) e H2O (0,4 mL). A mistura resultante foi mantida sob agitação e aquecimento a 80°C durante 7 horas. A mistura reacional foi concentrada e purificada em coluna cromatográfica contendo silicagel 60 e eluente éter etílico-trietilamina 10:1. Rend. 148 mg (0,32 mmol, 70%). O produto foi isolado como líquido incolor.

Método b

A uma suspensão de LiAlH4 (30 mg, 0,79 mmol) em éter etílico anidro (0,7 mL) foi adicionado lentamente, com auxílio de seringa, solução de 3-azido-2,4,6-tri-O-benzil-3-desoxi-a-D-glicopiranosídeo de metila 11 (160 mg, 0,33 mmol) em éter etílico anidro (0,7 mL). A mistura foi refluxada por 1 h com eventual reposição de solvente para manutenção do volume original. Após este período, a mistura reacional foi resfriada a 0°C e o excesso de LiAlH4 e outros sais presentes foram precipitados pela adição sequencial de H2O (0,03 mL), solução de NaOH 15% (0,03 mL) e novamente H2O (0,1 mL). A mistura foi mantida sob agitação em banho de gelo por 30 min e o precipitado formado foi separado por filtração e o sólido foi lavado sucessivamente com éter etílico. A solução etérea foi concentrada e o resíduo viscoso obtido foi submetido a cromatografia em coluna (silicagel 60) e eluído com mistura de solventes éter etílico-trietilamina 10:1. Rend. 113 mg (0,24 mmol, 75%). [a]D +51,5 (c 0,5, CHCl3), Análise Elementar C28H33NO5 Teor. C 72,55, H 7,17, N 3,02; Obtido C 72,38, H 7,05, N 3,07; IV nmaxfilme/cm-1 3380 (NH2), 1100 and 1030 (COC), 740 and 700 (Ar); RMN 1H (270 MHz; CDCl3) d 1,68 (2H, s largo, NH2), 3,34 (3H, s, OCH3), 3,33-3,38 (2H, m, H-2 and H-3), 3,42-3,47 (1H, m, H-4), 3,64-3,77 (3H, m, H-5, 2x H2-6), 4,47, 4,52, 4,63, 4,67 (2H, J= 11,9 Hz, OCH2Ph), 4,50, 4,54, 4,61, 4,65 (2H, J= 10,9 Hz, OCH2Ph), 4,64 (2H, s, OCH2Ph), 4,63 (1H, d, H-1), 7,18-7,35 (15H, m, 3x Ar-H); RMN 13C(67,9 MHz; CDCl3) d53,76 (C-3), 55,14 (OCH3), 68,60 (C-6), 69,86 (C-5), 72,81 (OCH2Ph), 73,53 (OCH2Ph), 74,53 (OCH2Ph), 78,95 (C-4), 79,87 (C-2), 97,03 (C-1), 127,65, 127,77, 127,97, 128,01, 128,15, 128,37, 128,46, 128,49, 137,80, 138,00, 138,12 (18C, 3x Ar-C).

2-Desoxi-2-(2,2,2-tricloroetoxicarbonilamino) -D-glicopiranose 14. A uma solução de cloridrato de D-glicosamina 13 (3,4 g, 15,8 mmol) e bicarbonato de sódio (3,4 g, 40,5 mmol) em H2O (50 mL), resfriada a 0oC, foi adicionado lentamente cloroformato de 2,2,2-tricloroetila (5,0 g, 3,25 mL, 23,6 mmol). A mistura foi agitada em banho de gelo por 2 h e a temperatura ambiente por 19 h. O precipitado branco formado foi separado por filtração e lavado com H2O e éter etílico. O produto bruto 4,67 g foi recristalizado em etanol. Rendimento 4,02 g (11,3 mmol, 72 % (predominantemente anômero a) (lit.23 87%); p.f. 187,0-189,0oC, decomp. (lit.23 183,0-184,0C, decomp.); [a]D +49,2 (c 0,84, metanol) (lit.23 +50,4, c 0,84, metanol); IV nmax nujol/cm-1 3350 (OH, NH), 1695 (CO), 830, 720 (CCl3); RMN 1H (270 MHz, CD3OD) d 3,34 (1H, t, J= 9,1 Hz, H-4), 3,56 (1H, dd, J1,2=3,3 Hz, J2,3= 10,5 Hz, H-2), 3,64-3,82 (4H, m, H-3, H-5, H-6), 4,67, 4,72, 4,80, 4,85 (2H, J=12,2 Hz, OCH2CCl3), 5,12 (1H, d, J1,2a= 3,3 Hz, H-1); RMN 13C (67,9 MHz, CD3OD) d 59,63 (C-2a), 62,27 (C-2b), 64,53 (C-6), 73,95 (C-4b), 74,15 (C-4a), 74,47 (C-3a), 74,83 (C-5a), 77,36 (OCH2CCl3), 77,63 (C-3b), 79,72 (C-5b), 94,54 (C-1a), 98,84 (C-1b), 100,69 (OCH2CCl3), 158,63 (CO).

2-Desoxi-2-(2,2,2-tricloroetoxicarbonilamino)- a-D-glicopiranosídeo de metila 15. A uma suspensão de 2-desoxi-2-(2,2,2-tricloroetoxicarbonilamino)-D-glicopiranose 14 (1g, 2,82 mmol) em metanol anidro (20 mL) foi adicionado, lentamente, cloreto de acetila (1,0 mL, 14,08 mmol). A solução resultante foi aquecida a 92°C por 8,5 h e a reação acompanhada por placa CCD. Após atingir a temperatura ambiente, a mistura reacional foi neutralizada pela introdução em porções, de carbonato de chumbo (1,41 g) e a agitação foi mantida por 1 h. A suspensão resultante foi filtrada em placa porosa contendo celite e o filtrado concentrado. O produto bruto foi obtido na forma de cristais, levemente amarelos com 91% de rendimento do anômero predominantemente a. Recristalização do produto bruto em tolueno forneceu 678 mg (1,84 mmol, 65%) na forma de cristais brancos; p.f. 138,0-141,0C; [a]D +75,4 (c 0,3, metanol); IV nmaxnujol/cm-1 3350 (OH, NH), 1730 (CO), 1055 (COC), 820 (CCl3); RMN 1H (270 MHz; CDCl3 + CD3OD) d 3,39 (3H, s, OCH3), 3,46 (1H, t, J= 9,2 Hz, H-4), 3,53-3,59 (1H, m, J5,6a= 5,0 Hz, J5,6b= 2,7 Hz, H-5), 3,60-3,70 (2H, m, H-2, H-3), 3,73 (1H, dd, J5,6a= 5,0 Hz, J6a,6b=11,9 Hz, H2-6a), 3,85 (1H, dd, J5,6b= 2,7 Hz, J6a,6b=11,9 Hz, H2-6b), 4,68, 4,73, 4,78, 4,83 (2H, J= 12,0 Hz, OCH2CCl3), 4,75 (1H, d, J= 2,7 Hz, H-1); RMN 13C (67,9 MHz; CDCl3 + CD3OD) d 55,39 (OCH3), 56,45 (C-2), 62,02 (C-6), 71,35 (C-4), 72,39 (C-3), 72,61 (C-5), 75,12 (OCH2CCl3), 95,84 (OCH2CCl3), 99,18 (C-1), 155,61 (CO).

3,4,6-Tri-O-benzil-2-desoxi-2-(2,2,2-tricloroetoxicarbonila mino)-a-D-glicopiranosídeo de metila16. A uma suspensão, mantida sob agitação, de 2-desoxi-2-(2,2,2-tricloroetoxicarbonilamino)-a-D-glicopiranosídeo de metila 15 (100 mg, 0,271 mmol) e tricloroacetimidato de benzila (0,30 mL, 1,62 mmol) em cicloexano-diclorometano (2:1, 2,7 mL), foi adicionado quantidade catalítica de ácido tríflico (0,01 mL). A mistura foi mantida sob agitação a temperatura ambiente por 2,5 h. Após este período, a mistura foi filtrada, lavada com NaHCO3 saturado e seca com MgSO4 anidro. Após filtração e concentração o produto bruto foi purificado em coluna cromatográfica usando silicagel 60 e mistura de eluentes hexano-acetato de etila 9:1, seguido de hexano-acetato de etila 7:1. Rendimento 135 mg (0,21 mmol, 78%), obtido como um óleo viscoso transparente, que cristalizava lentamente. p.f. 59,0-62,0C; [a]D +57,4 (c 0,8, CHCl3); IV nmaxfilme/cm-1 3350 (NH), 1735 (CO), 1055 (COC), 825 (CCl3), 740, 705 (Ar); RMN 1H (270 MHz; CDCl3) d 3,34 (3H, s, OCH3), 3,60-3,80 (5H, m, H-3, H-4, H-5, 2x H2-6), 3,86-4,10 (1H, m, H-2), 4,49, 4,53, 4,60, 4,64 (2H, J= 11,4 Hz, OCH2Ph), 4,49, 4,53, 4,76, 4,80 (2H, J= 10,5 Hz, OCH2CCl3), 4,60, 4,64, 4,75, 4,80 (2H, J= 12,2 Hz, OCH2Ph), 4,67, 4,72, 4,80, 4,84 (2H, J= 11,2 Hz, OCH2Ph), 4,73 (1H, d, J= 3,6 Hz, H-1), 7,16-7,33 (15H, m, 3x Ar-H); RMN 13C (67,9 MHz; CDCl3) d 55,03 (OCH3 e C-2), 68,35 (C-6), 70,69 (C-5), 73,40 (OCH2Ph), 74,59 (OCH2Ph), 74,89 (OCH2CCl3), 75,12 (OCH2Ph), 78,20 (C-3 ou C-4), 80,44 (C-3 ou C-4), 95,36 (OCH2CCl3), 98,61 (C-1), 127,67, 127,72, 127,77, 127,85, 127,94, 128,35, 128,82, 137,82, 137,91, 138,00 (18C, 3x Ar-C), 154,17 (CO).

2-Amino-3,4,6-tri-O-benzil-2-desoxi-a- D-glicopiranosídeo de metila17. A uma solução de 3,4,6-tri-O-benzil-2-desoxi-2-(2',2',2'-tricloro-etoxicarbonilamino)- a-D-glicopiranosídeo de metila 16 (440 mg, 0,69 mmol) em THF (9,4 mL) e tampão fosfato KH2PO4 1 M (1,9 mL) foi introduzido zinco em pó ativado (1,09 g). A mistura resultante foi mantida sob agitação a temperatura ambiente durante 9 h e, então filtrada em celite com auxílio de THF. A solução foi concentrada e o material bruto obtido foi rediluído em diclorometano e piridina (0,8 ml). A mistura foi agitada durante 2 h. A fase orgânica foi lavada com H2O, seca em sulfato de magnésio e novamente concentrada. O produto bruto foi purificado em coluna cromatográfica contendo sílicagel 60 e eluente éter etílico-trietilamina (5:1). Rendimento 197,4 mg, (0,425 mmol, 62%), isolado como um óleo incolor; [a]D +101,4 (c 0,3, CHCl3); IV nmaxfilme/cm-1 3400 (NH), 1050 (COC), 740 and 700 (Ar); RMN 1H (270 MHz; CDCl3) d 1,46 (2H, s largo, NH2), 2,81 (1 H, dd, J1,2=3,4 Hz, J2,3=9,2 Hz, H-2), 335 (3H, s, OCH3), 3,55 (1H, t, J= 9,2 Hz, H-3 ou H-4); 3,63 (1H, t, J= 9,2 Hz, H-3 ou H-4), 3,65-4,00 (3H, m, H-5, 2x H2-6), 4,49, 4,54, 4,62, 4,67 (2H, J= 12,3 Hz, OCH2Ph), 4,50, 4,55, 4,76, 4,80 (2H, J= 10,9 Hz, OCH2Ph), 4,67, 4,71, 4,92, 4,97 (2H, J= 11,5 Hz, OCH2Ph), 4,74 (1H, d, J= 3,4 Hz, H-1), 7,15-7,36 (15H, m, 3x Ar-H); RMN 13C (67,9 MHz; CDCl3) d 55,05 (OCH3), 55,90 (C-2), 68,64 (C-6), 70,83 (C-5), 73,51 (OCH2Ph), 74,66 (OCH2Ph), 75,54 (OCH2Ph), 78,79 (C-3 ou C-4), 84,06 (C-3 ou C-4), 100,64 (C-1), 127,56, 127,65, 127,77, 127,81, 127,88, 128,10, 128,17, 128,35, 128,49, 128,67, 128,87, 137,96, 138,16, 138,57 (18C, 3x Ar-C); Espectro de massa de alta resolução m/z (EI) (encontrado: M+. 463,23590, C28H33NO3 teórico 463,23587).

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à FAPESP bela bolsa concedida, ao Prof. Dr Maurício Gomes Constantino pelas sugestões, ao técnico A. W. R. Saunders pelas análises elementares e ao Serviço de Espectroscopia de Massa de Swansea pelo espectro de massa de alta resolução.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Out 2000
  • Data do Fascículo
    Fev 2000

Histórico

  • Recebido
    16 Nov 1998
  • Aceito
    27 Jul 1999
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