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Sobre a dimensão tempo-espaço na análise organizacional

No presente ensaio trata-se da dimensão tempo-espaço na evolução da realidade humana e busca resposta para a seguinte questão: essa dimensão é uma categoria útil para a compreensão das organizações? Por quê? Argumenta-se que sim, porque ela amplia o poder explicativo dos objetos que compõem as organizações, as quais se configuram de maneira distinta conforme o tempo-espaço em que são concebidas e praticadas. O ensaio parte da premissa leibiniziana de que o tempo é uma ordem de sucessões e o espaço uma ordem de coexistências. Vale-se da reflexão dos autores sobre o tema, em um processo argumentativo, que procura justificar que o tempo-espaço e as formas de organização da sociedade assinalam o habitus social em diversas temporalidades e que a semiologia determinante da contagem do tempo permitiu estabelecer a seqüência evolucionária da organização e das técnicas no interior das civilizações. Na presente atualidade, o tempo-espaço é uma variável fundamental na dinâmica da economia global e nas relações sociais e culturais. Se, na física, o tempo e o espaço ganharam novas conceituações, numa ruptura com a teoria newtoniana, nas ciências sociais revela-se ser o tempo-espaço socialmente construído, logo, os eventos sociais representam a dimensão humana da espaciotemporalidade.

tempo-espaço; análise organizacional; organização social


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