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Monitoramento da nutrição nitrogenada do algodoeiro

Tanto o excesso como a deficiência de N podem levar a decréscimos na produção e qualidade do algodão. Assim, o monitoramento do estado nutricional da planta pode ajudar no manejo da adubação nitrogenada. Um experimento foi realizado para estudar as correlações entre métodos de determinação do estado nutricional do algodoeiro (Gossypium hirsutum L., var. Latifolia). Os métodos usados foram um medidor de clorofila (SPAD-502®, Minolta), um medidor específico de ions para nitrato (Nitrate Meter C-141, Horiba-Cardy®) e análise de nitrogênio do tecido, em laboratório (Diagnose foliar convencional). Foram coletadas amostras desde duas semanas antes do florescimento até a quinta semana depois da primeira flor. O experimento foi conduzido na Fazenda Santa Tereza, Itapeva, São Paulo, Brasil. A cultura recebeu 40 kg ha-1 de N na semeadura e mais 0, 30, 60, 90 e 120 kg ha-1 de N em cobertura. A faixa de teores de N tida como adequada na diagnose foliar tradicional (com amostragem feita aos 80-90 dias após a emergência da cultura) pode ser usada como referência desde o começo do florescimento, desde que a planta não se encontre sob stress. As leituras de nitrato com o medidor específico de íons podem ser utilizadas como um indicador do estado nutricional do algodoeiro desde uma semana depois do aparecimento do botão floral até a terceira semana de florescimento. Assim, as plantas estarão bem nutridas quando as leituras forem maiores que 8.000 mg L-1 de NO3-. O medidor de clorofila pode também ser usado na estimativa do estado nutricional do algodoeiro a partir da terceira semana de florescimento. Nesse caso, as leituras iguais ou acima de 50 indicam plantas bem nutridas.

adubação; Gossypium hirsutum; diagnose foliar; estado nutricional


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