Acessibilidade / Reportar erro

Produção e nutrição da erva-mate (Ilex paraguariensis) influenciadas pela adubação potássica

A erva-mate (Ilex paraguariensis), espécie arbórea nativa das regiões subtropicais da América do Sul, ocorre no Brasil predominantemente na Região Sul. Apesar da histórica importância da cultura nessa região, até o momento, raros foram os trabalhos realizados sobre sua nutrição no intuito de melhorar a produtividade. Assim, objetivou-se avaliar a influência de doses de K e sua disponibilidade no solo, na produtividade e no estado nutricional da erva-mate. O experimento foi conduzido em São Mateus do Sul, PR, em um Latossolo Vermelho-Escuro álico, onde se avaliaram as doses 0, 20, 40, 80, 160 e 320 kg ha-1 de K2O em cultivo com sete anos de idade. A colheita, 24 meses após a instalação do experimento, consistiu na remoção de aproximadamente 95 % da copa, que brotou da colheita anterior. Avaliou-se, no solo, a disponibilidade de K nas profundidades de 0-10, 0-20, 10-20 e 20-40 cm. Na planta, avaliaram-se a massa verde de folhas (FO), galhos finos (GF), galhos grossos (GG) e erva-mate comercial (ECOM), correspondente a FO+GF. Foi, também, avaliada a relação entre massa verde/massa seca (MV/MS) e o teor de K nas FO, GF e GG. A adubação elevou a disponibilidade de K em todas as camadas do solo avaliadas, indicando boa mobilidade do nutriente mesmo em pequenas doses. A erva-mate respondeu positivamente ao aumento das doses de K2O, com incremento da produtividade de todos os componentes colhidos. A cultura evidenciou-se exigente em K, tendo a máxima produção de ECOM de 28,5 t ha-1, quando a disponibilidade do nutriente no solo, na camada de 0-20 cm, era de 72 mg dm-3. A erva-mate em fase de produção requer disponibilidade de K no solo entre o nível médio a alto, e, em solo argiloso e com baixo teor de K disponível, a dose de 300 kg ha-1de K2O deve ser aplicada em intervalo de 24 meses para obtenção de alta produtividade. O teor de K foliar de 16,0 g kg-1 é adequado para a cultura da erva-mate em fase de produção.

disponibilidade de potássio no solo; mobilidade de potássio no solo; eficiência de uso do nutriente; estado nutricional


Sociedade Brasileira de Ciência do Solo Secretaria Executiva , Caixa Postal 231, 36570-000 Viçosa MG Brasil, Tel.: (55 31) 3899 2471 - Viçosa - MG - Brazil
E-mail: sbcs@ufv.br