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O efeito de manejo silvicultural de eucalipto sobre matéria orgânica e frações de solo na Amazônia

Este trabalho teve como objetivo investigar a dinâmica dos agregados do solo e das suas frações derivadas dos mesmos em duas texturas de solo, cada uma com uma plantação de Eucalipto e uma floresta primaria imediatamente adjacente. Eucalyptus grandis e outros clones cultivados em plantações cobrem aproximadamente 3,5 milhões de hectares no Brasil. Os impactos de manejo intensivo de plantações de rotação curta sobre a estrutura de solo e a dinâmica de carbono (C) são em grande parte desconhecidos em ecossistemas tropicais. No longo prazo, a sustentabilidade desses sistemas é provavelmente ligada à manutenção da matéria orgânica e à estrutura de agregação do solo, principalmente em áreas de solos de baixa fertilidade. Manejo silvicultural não diminuiu os estoques de C total, e não mudou a densidade do solo. Agregados dos solos manejados não diminuíram em massa, o que indica que a subsolagem e o manejo em ciclos de 6 anos não causaram um efeito negativo na agregação do solo em ambas as texturas. Os agregados do solo arenoso sob plantio aumentaram seus conteúdos de silte, argila e C, indicando que, na estrutura de agregação do solo, C está mudando para um ambiente de maior proteção contra decomposição. O solo argiloso sob plantio teve um aumento de matéria orgânica contida nas frações consideradas menos protegidas, e não demonstrou essas mudanças de C para formas estruturais consideradas mais protegidas.

Jari; estrutura do solo; subsolagem; sustentabilidade


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