Fertilidade e estoque de carbono em ambientes de pastagem e floresta no sul da Amazônia

RESUMO

O manejo inadequado de solos de pastagens na Amazônia resulta em predomínio de pastagens degradadas. Considerando as características naturais dessa região pode favorecer estratégias mais adequadas para sua sustentabilidade, o objetivo desse estudo foi avaliar as diferenças de atributos químicos e físicos de solos de pastagens e florestas no sul da Amazônia e identificar os atributos mais sensíveis de sua fertilidade. Além disso, sugerir práticas de manejo mais adequadas para essas pastagens em direção à sustentabilidade. Amostras de solo da camada de 0 a 0,20 m foram analisadas para determinação de pH, bases trocáveis (cálcio, magnésio e potássio), alumínio trocável, acidez potencial, fósforo, carbono orgânico, densidade aparente e textura. Os solos de pastagem tiveram maior pH, cálcio e densidade aparente do que os solos de floresta. No entanto, os solos de pastagem apresentaram menores teores de fósforo e matéria orgânica. Os estoques de carbono orgânico do solo também foram menores nas pastagens, com teores de 0,8 a 12 Mg ha^-1 inferiores aos solos da floresta. Os atributos de fertilidade mais sensíveis ao manejo do solo nessas pastagens foram fósforo, pH, carbono orgânico e densidade aparente. A carência de nutrientes e de práticas de conservação do solo e da água têm contribuído para o estado de degradação dessas pastagens. Portanto, o manejo recomendado para essas pastagens deve visar a melhoria da matéria orgânica, redução da compactação, além da reposição e ciclagem de nutrientes.

Palavras-chave:
mudanças climáticas; manejo conservacionista; pecuária; degradação do solo; sustentabilidade