Rendimento e viabilidade econômica da cebola em resposta à adubação com enxofre

RESUMO

O cultivo da cebola na região Nordeste vem ganhando destaque devido às condições edafoclimáticas favoráveis e ao uso de tecnologia. No entanto, o aumento dos custos de produção, as oscilações de preços e a supressão do enxofre nas formulações dos fertilizantes constituem um risco para o produtor. Nesse sentido, objetivou-se avaliar os aspectos produtivos e econômicos da cebola em resposta a adubação com enxofre. Dois experimentos foram realizados de junho a novembro de 2018 e 2019, ambos na Fazenda Experimental Rafael Fernandes, pertencente à Universidade Federal Rural do Semiárido, município de Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil, em Argissolo. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com 14 tratamentos e quatro repetições, correspondendo à combinação de duas cultivares de cebola e sete doses de enxofre. Foram avaliados: teor de enxofre na folha diagnóstica, rendimento de bulbos, custos operacionais totais, receita bruta, receita líquido, taxa de retorno e índice de lucratividade. Independente da cultivar utilizada, os custos dos insumos somam as maiores despesas, atingindo valores aproximados de 60,6 e 48,4% do custo operacional total para as cultivares Rio das Antas e IPA 11, respectivamente. A Rio das Antas foi mais eficiente no uso do enxofre, obtendo maior rendimento e receita líquida. O fornecimento de 34 kg ha^-1 de enxofre proporcionou rendimento e receita líquida máxima para a Rio das Antas. A aplicação de enxofre não influenciou o rendimento da cultivar IPA 11.

Palavras-chave:
Allium cepa L.; nutrição de plantas; rendimento do bulbo; custo operacional total