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A SAÚDE COLETIVA NO ENSINO MÉDICO: AVALIAÇÃO DE UMA DISCIPLINA EM CONTEXTO RESTRITIVO

Resumo:

Foi analisa da uma experiência de ensino de Saúde Coletiva para alunos da Faculdade de Medicina, da Universidade Federal da Bahia, no período compreendido entre 1989 e 1991, a partir tanto de elementos fornecidos por uma avaliação discente, quanto através de discussões sobre o plano de estudos, atividades teóricas e práticas, bibliografia e processo pedagógico. As modificações introduzidas na disciplina buscaram viabilizar uma aproximação do graduado em Medicina aos principais problemas de saúde da população apartir do enfoque da dimensão coletiva do processo saúde/doença, bem como das principais técnicas e estratégias existentes para o controle dos mesmos. Os autores concluem que, a despeito dos êxitos observados no que tange à adequação das atividades e conteúdos ao cenário restritivo do período em estudo, persistem os desafios da prática que impõem soluções alternativas enquanto se mantiveremos obstáculos estruturais.

Summary:

The aim of this paper was to evaluate the teaching of Preventive Medicine at the undergraduate level in the Federal University of Bahia Medical School, during the period 1989 to 1991. A questionnaire was applied to the students in the period and the plan of studies, theoretical and practical activities were analised. The changes introduced in the period aimed to put undergraduate medical students in greater contact with the main public health problems of the Brazilian population. The authors concluded that despite the observed advancements related to the theoretical course, the adaptation of the practical activities to the concrete situation of the health system remain a great challenge that need alternative solutions until more structural changes in the health system occur.

Introdução

As contradições existentes entreo ensinoda Medicina Preventiva e Social e a forma concreta pela qual se organizam as práticas de saúde têm suscitado, por um lado, investigações teóricas acerca do significado do corpo original de proposições e marcos conceituais202. AROUCA, Antonio Sergio. O Dilema Preventivista. Tese de doutoramento. UNICAMP, 1975.),(404. GARCIA, Juan Cesar. La educación en la América Latina, Washington, D. C., OPS, 1972. publicación cientifica no 255., desvendando suas dimensões econômicas, políticas e ideológicas e, por outro, reflexões e experimentos relacionados com o ensino desse campo disciplinar no curso médico101. ABRASCO, Informe final do grupo de trabalho sobre o ensino de Medicina Preventiva e Social nos cursos médicos, in ABRASCO, Ensino da Saúde Pública, Medicina Preventiva e Social no Brasil, no 3 ABRASCO, Rio de Janeiro, junho/1984, pp 85-106.),(505. PAIM, Jairnilson Silva e FORMIGLI, Vera Lucia Almeida. Redefinições do ensino da Medicina Preventiva e Social Rev. Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, 5(1):7-18, jan./abr./, 1981.),(606. PAIM, Jairnilson Silva. A saúde coletiva e os desafios da prática. Texto elaborado para a Organização Panamericana de Saúde (OPS) como contribuição à discussão sobre a situação e tendências da Saúde Pública na Região das Américas, 1991.),(707. PAIM, Jairnilson Silva. Educación médica en la década de 1990, el optimismo no basta. Educación Médica y Salud 25 (1):48-57, enero/marzo, 1991.),(808. SILVA, Ligia Maria Vieira da. Educação médica e a organizaão dos serviços de saúde. Divulgação em Saúde para Debate (5):58-62, agosto, 1991.),(909. TEIXEIRA, Carmem Fontes, FORMIGLI, Vera Lucia Almeida e PAIM, Jairnilson Silva. Medicina Preventiva e Social na graduação: experiência de ensino em centros de saúde. Revista Brasileira de Educação Médica, 8 (2):77-82, maio/ago. 1984..

Diante do desafio posto pelos insucessos das primeiras décadas de ensino da Medicina Preventiva no Brasil, Paim e Formigli505. PAIM, Jairnilson Silva e FORMIGLI, Vera Lucia Almeida. Redefinições do ensino da Medicina Preventiva e Social Rev. Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, 5(1):7-18, jan./abr./, 1981., formularam proposições de redefinição do ensino da mesma, testadas na disciplina Saúde Pública e Medidas de Profilaxia (MED 196) da Faculdadede Medicinada Universidade Federal da Bahia, no período de 1980 a 1985505. PAIM, Jairnilson Silva e FORMIGLI, Vera Lucia Almeida. Redefinições do ensino da Medicina Preventiva e Social Rev. Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, 5(1):7-18, jan./abr./, 1981.. Naquele momento, buscou-se preservar a eficiência do ensino no que diz respeito ao uso dos recursos docentes, ao conteúdo programático (relevância e atualização dos temas) e aos processos pedagógicos (ênfase em trabalhos de grupo, discussão dirigida, inserção nos serviços). Apesar desses esforços reconhecia-se a tendência à ineficácia do ensino de Medicina Preventiva e Social na graduação caso fosse mantido o modelo médico assistencial predominante (curativo, individual, hospitalar e privatista). O objeto privile-giado para a referida disciplina correspondia à análise e à discussão de problemas dos serviços de saúde e dos seus determinantes. A vertente “teórico-conceitual” da disciplina foi priorizada em relação à “prático-instrumental”. Tal opção foi decorrência das insuficiências dos serviços públicos de saúde na Bahia e da inexistência ou incipiência de práticas de saúde coletiva na rede de serviços. Mesmo assim, algumas atividades práticas foram realizadas pelos alunos servindo, como tática pedagógica, para motivar as discussões teórico-conceituais e a crítica dos serviços505. PAIM, Jairnilson Silva e FORMIGLI, Vera Lucia Almeida. Redefinições do ensino da Medicina Preventiva e Social Rev. Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, 5(1):7-18, jan./abr./, 1981..

A avaliação dos três primeiros anos de desenvolvimento dessa experiência revelou êxitos no que diz respeito ao curso teórico persistindo no entanto os impasses decorrentes dos obstáculos existentes nos serviços de saúde no que tange a realização das práticas de saúde coletiva909. TEIXEIRA, Carmem Fontes, FORMIGLI, Vera Lucia Almeida e PAIM, Jairnilson Silva. Medicina Preventiva e Social na graduação: experiência de ensino em centros de saúde. Revista Brasileira de Educação Médica, 8 (2):77-82, maio/ago. 1984..

Areunião da ABRASCO sobreo ensino da Medicina Preventiva e Social nos cursos médicos, considerando a diversidade de conteúdos programáticos existentes no país, enfatizou a discussão de um elenco mínimo de temas ao lado da padronização da bibliografia recomendada101. ABRASCO, Informe final do grupo de trabalho sobre o ensino de Medicina Preventiva e Social nos cursos médicos, in ABRASCO, Ensino da Saúde Pública, Medicina Preventiva e Social no Brasil, no 3 ABRASCO, Rio de Janeiro, junho/1984, pp 85-106., mas deixou de problematizar a questão das práticas.

A conjuntura sanitária que vai do surgimento das AIS, passando pela VIII Conferência Nacional de Saúde (1986), implantação do SUDS (1987), até a promulgação da Constituição (1988) correspondeu, na Bahia, à interessantes modificações dos campos de prática de saúde coletiva, no trabalho comunitário em saúde, na organização de distritos sanitários e no desenvolvimento de experiências de municipalização. Nesse período, a disciplina Saúde Pública e Medidas de Profilaxia (MED 196) desenvolveu elenco variado de atividades práticas relacionadas com a reorganização dos serviços de saúde, então em curso, tais como: reciclagem de pessoal auxiliar de unidades sanitárias, formação de agentes de saúde, educação sanitária em comunidades de baixa renda, participação em atividades integradas de saneamento básico, vigilância epidemiológica, diagnóstico de serviços de saúde entre outras1010. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva. Relatório anual - 1986. Salvador, DMP, (mimeo), 1986, pp 10-13.),(1111. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva. Relatório anual - 1988. Salvador, DMP , (mimeo), 1987, pp 10-12.. Dessa forma, práticas reais significativas de saúde coletiva alicerçaram o curso, motivando docentes e discentes, e complementando o plano de estudos anterior.

Todavia, o retrocesso verificado no período subsequente ao referido processo de reorganização dos serviços de saúde nos âmbitos federal, estadual e municipal impôs à escola médica a redefinição de objetivos e táticas pedagógicas. Dessa forma, o Departamento de Medicina Preventiva da UFB a, em Seminário de Avaliação de Perspectivas, examinando dois possíveis cenários (restritivo e progressista1 1 “Cenário resrtitivo”: Sistema Único de Saúde não regulamentado ou institucionalizado de forma limitada. SUDS só mantido ou retrocesso. “Cenário progressista”: Sistema Único de Saúde regulamentado e em implantação. Ampilação do setor público, racionalizado. Ênfase na democratização. Modelo assistencial de base sócio­epidemiológica visando a cobertura da população. (UFBa/FAMED/DMP) - Projeto de redefinição do Ensino da Medicina Preventiva e Social. Salvador, novembro de 1989. quadro I. ), definiu como perfil básico de Saúde Coletiva do graduado em Medicina, as seguintes aptidões:

"Ser capaz de: descrever o perfil epidemiológico e a organização dos serviços de saúde, discutindo seus problemas, determinantes e perspectivas: identificar as atividades previstas e realizadas pelos programas e estabelecimentos de saúde; discutir modos de avaliação dos serviços no que diz respeito à cobertura, eficáciae efetividade; discutir e aplicar métodos e técnicas de epidemiologia, da genética, da medicina ocupacional e administração de saúde, na clínica, na saúde coletiva e na investigação; indicar medidas que propiciem o diagnóstico precoce, assistência, prevenção econtrole das doenças transmissíveis, doenças do trabalho, mentais, crônico-degenerativas, congênitas, acidentes e outros agravos a saúde..."

Tendo por referência o perfil acima descrito a disciplina Saúde Pública e Medidas de Profilaxia redefiniu seus objetivos terminais. O propósito dessas reformulações, iniciadas no segundo semestre de 1989, tem sido de reatualizar os conteúdos programáticos, bem como as técnicas pedagógicas da disciplina considerandoas modificações da conjuntura sanitária.

O presente artigo tem por objetivo descrever a experiência de desenvolvimentodo ensinoda saúde coletiva nesta conjuntura sanitária e discutir tanto o processo, quanto alguns resultados, levando em consideraçãoa avaliação semestral feita pelos alunos da disciplina.

Desenvolvimento das atividades

Estrutura do plano de estudos

a) Parte teórica

Tanto os conteúdos programáticos, como as atividades práticas e as avaliações foram definidos tendo em vista os objetivos cognitivos, psicomotores e afetivos propostos para a disciplina (anexo I ANEXO I OBJETIVOS TERMINAIS DA DISCIPUNA SAÚDE PÚBLICA E MEDIDAS DE PROFILAXIA I. Cognitivos Descrever o perfil epidemiológico da população brasileira e a organização dos serviços de saúde nas diferentes conjunturas da República. Explicar com suas próprias palavras, os determinantes do atual quadro sanitário brasileiro e do modelo de atenção à saúde no país. Discutir pelo menos 5 dos principais problemas de saúde da população brasileira, baiana e soteropolitana. Discutir pelo menos 5 dos principais problemas da organização de serviços de saúdedo Brasil, da Bahia e da Região Metropolitana de Salvador. Explicar as diretrizes de descentralização, atendimento integral e participação da comunidade que fundamentam a organização do sistema único de saúde. Citar pelo menos 5 das atribuições do Sistema Único de Saúde (Artigo 200 da Constituição Federal). Discutir a noção de rede regionalizada e hierarquizada enquanto modo de integração das ações e serviços públicos de saúde presente na Constituição. Identificar os componentes básicos de um programa de saúde. Analisar programas de saúde que contemplem grupos prioritários - crianças, adolescentes, adultos (mulher, trabalhador e idoso) - ou agravos específicos (tubercu­ lose, hanseníase, doenças mentais e as redutíveis por imunização e saneamento, endemias, hipertensão, diabetes, etc.). Discutir pelo menos 5 aspectos da avaliação que devem ser contemplados em relação às ações, serviços, programas e estabelecimentos de saúde. Descrever as atividades que compõem a vigilância epidemiológica e sanitária e as responsabilidades do médico em tais ações. Indicar as técnicas de prevenção (individual) e de profilaxia (coletiva) pelo menos para as doenças sob vigilância epidemiológica (raiva, coqueluche, difteria, tétano, meningite meningocócica, tuberculose, febre tifóide e AIDS). Discutir as característicase funções do serviço médico de empresa. Distinguir as noções de doenças ocupacionais, acidentes de trabalho, doenças profissionais. Discutir o atendimento especial do acidentado do trabalho nas clínicas contratadas e na previdência social (benefícios). Citar pelo menos 10 dos mais importantes agravos/ doenças sofridas pelo trabalhador no Brasil. Citar pelo menos 5 doenças profissionais mais frequentes Distinguir causa básica e causa associada de óbito. Discutir as influências do modelo médico assistencial privativista sobre a educação médica e as perspectivas desta face à proposta da Reforma Sanitária. Discutir a assistência e controle da saúde da criança, da mulher, do trabalhador e do idoso. Discutir a assistência e controle de situações de urgência/emergência de doenças mentais, transmissíveis e crônico-degenerativas, de problemas odontológicos e outros agravos à saúde. Discutir o esquema básico de imunização estabelecido pelo Ministério da Saúde e comentar a utilização de vacinas aplicadas em circunstâncias especiais (raiva, meningite, febre tifóide). II. Psicomotores Preencher corretamente um atestado de óbito a partir de histórias clínicas selecionadas. Preencher corretamente um prontuário médico. Preencher de modo completo, o mapa semanal de notificação de doenças transmissíveis. Identificar e localizar os manuais básicos de vigilância epidemiológica e de controle de doenças transmissíveis especialmente em relação às medidas aplicáveis ao indivíduo e em situações endêmicas, bem como aos períodos de incubação e de transmissibilidade. Colher pelo menos 3 histórias clínicas contemplando os aspectos referentes a história profissional e as condições de vida e de trabalho dos pacientes. III. Afetivos Explicar com suas próprias palavras, o princípio de que a “saúde é direito de todos e dever do estado”. Explicar com suas próprias palavras, o que significa “acesso universal e igualitário às ações e serviços” face a promoção, prevenção erecuperação da saúde conforme a Constituição. Interpretar a afirmação “a assistência à saúde é livre à iniciativa privada” considerando os parágrafos que integram o Art. 199 da Constituição Federal. Justificar a importância da participação da comunidade no Sistema Único de Saúde. Justificar a importância do preenchimento correto e completo de formulários utilizados nas unidades de saúde tais como o prontuário médico, o atestado de óbito, a notificação semanal de doenças transmissíveis, a ficha de referência e contra-referência, a Comunicação de Acidentes de trabalho, o mapa de produção de serviços médicos, etc. ). O curso é composto por discussões teórico-práticas seguidas por aulas expositivas que funcionam como momento de síntese dos temas problematizados no primeiro horário. Para cada tema foram elaborados objetivos específicos e “situações-problema” orientadoras da discussão em grupos, cujo módulo é de dez alunos para cada professor.

A parte teórica do curso consta de dois blocos de temas (anexo IV ANEXO IV PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES (1991.1) 1. Apresentação do curso e pré-teste. 2. Principais problemas de saúde da população do Brasil, da Bahia e de Salvador. 3. Principais problemas dos sistemas de saúdebrasileiro, baiano e soteropolitano. 4. Determinantes do estado de saúde da população e da organização dos serviços. 5. Curso Básico de Vigilância epidemiológica I. 6. Formas de intervenção sobre a situação de saúde. 7. Curso Básico de Vigilância epidemiológica II. 8. Componentes do processo de gestão e programação em saúde. 9. Curso Básico de Vigilância epidemiológica III. 10. Acompanhamento e avaliação. 11. Curso Básico de Vigilância epidemiológica IV. 12. Educação médica e a organização dos serviços. 13. Rodízio (prática). 14. 1a Avaliação. 15. Rodízio (prática). 16. Controle dos problemas de saúde da infância. 17. Rodízio (prática). 18. Controle dos problemas de saúde da mulher. 19. Rodízio (prática). 20. Controle dos problemas de saúde do trabalhador. 21. Prática em Distrito sanitário. 22. Vigilância Sanitária e a saúde do consumidor. 23. Prática em Distrito sanitário. 24. Organização da atenção à urgências e emergências. 25. Prática em Distrito sanitário. 26. Organização da Assistência Farmacêutica. 27. Prática em Distrito sanitário. 28. Controle de endemias e epidemias. 29. Controle das D.S.T. e das doenças veiculadas por sangue e hemoderivados. 30. Controle das doenças não transmissíveis. 31. 2ª Avaliação. ). No primeiro são discutidos os problemas de saúde e da organização dos serviços do Brasil, da Bahia e da cidade de Salvador a partir de dados secundários. Em seguida, seus determinantes biológicos, ambientais e sociais são discutidos, assim como as formas de intervenção disponíveis: da técnica (programação, gestão e avaliação) aos processos políticos e sociais, como a Reforma Sanitária e as transformações sociais. No segundo bloco, discute-se como a resolução dos problemas de saúde está sendo enfrentada concretamente no pais, quais as ações governamentais propostas, quais aquelas necessárias, quais as realizadas e quais os resultados. Além desses blocos há uma discussão sobre o ensino médico onde os estudantes fazem uma avaliação do curso, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, a partir da técnica de análise prospectiva303. FERREIRA, J. R., COELHO NETO, A., COLLADO, C. B., LINGER, C., LUNA, R., PURCALLAS, D., YEPES, R. F., El analisis prospectivo de la educación médica en América Latina. Educ. Med. Salud. 22(3):242-367, 1988. que se constitui na “situação problema” deste tema.

b) Parte prática

Em função do contexto restritivo os estágios, em Distritos Sanitários, foram progressivamente substituídos por visitas programadas e estruturadas à instituições e serviços de saúde coletiva. Essa modificação deveu-se ao recuo verificado no processo de reorganização dos serviços de saúde que resultou na desarticulação de diversas práticas e na desativação de outras.

Com algumas variações, foram feitas visitas aos serviços de vigilância sanitária, vigilância epidemiológica, em diversos níveis, com aplicação dos módulos do Curse Básico de Vigilância Epidemiológica (CBVE), hemocentro, saúde ocupacional, saúde mental, distritos sanitários, laboratório de referência, centro de informação anti-veneno, atenção primária (atendimento a pacientes). Em apenas um semestre foi possível realizar pequeno estágio em um Distrito Sanitário durante 4 semanas, que foi suspenso no semestre subsequente pelos motivos acima mencionados.

c) Formas de avaliação

A avaliação dos alunos é feita a partir de conceitos atribuídos a provas escritas dissertativas e (ou) testes de múltipla escolha, relatório das atividades práticas e desempenho nas discussões teórico-práticas. Além disso, o aluno elabora um “mini-ensaio” com a finalidade de demonstrar o alcance dos objetivos afetivos da disciplina (anexo I ANEXO I OBJETIVOS TERMINAIS DA DISCIPUNA SAÚDE PÚBLICA E MEDIDAS DE PROFILAXIA I. Cognitivos Descrever o perfil epidemiológico da população brasileira e a organização dos serviços de saúde nas diferentes conjunturas da República. Explicar com suas próprias palavras, os determinantes do atual quadro sanitário brasileiro e do modelo de atenção à saúde no país. Discutir pelo menos 5 dos principais problemas de saúde da população brasileira, baiana e soteropolitana. Discutir pelo menos 5 dos principais problemas da organização de serviços de saúdedo Brasil, da Bahia e da Região Metropolitana de Salvador. Explicar as diretrizes de descentralização, atendimento integral e participação da comunidade que fundamentam a organização do sistema único de saúde. Citar pelo menos 5 das atribuições do Sistema Único de Saúde (Artigo 200 da Constituição Federal). Discutir a noção de rede regionalizada e hierarquizada enquanto modo de integração das ações e serviços públicos de saúde presente na Constituição. Identificar os componentes básicos de um programa de saúde. Analisar programas de saúde que contemplem grupos prioritários - crianças, adolescentes, adultos (mulher, trabalhador e idoso) - ou agravos específicos (tubercu­ lose, hanseníase, doenças mentais e as redutíveis por imunização e saneamento, endemias, hipertensão, diabetes, etc.). Discutir pelo menos 5 aspectos da avaliação que devem ser contemplados em relação às ações, serviços, programas e estabelecimentos de saúde. Descrever as atividades que compõem a vigilância epidemiológica e sanitária e as responsabilidades do médico em tais ações. Indicar as técnicas de prevenção (individual) e de profilaxia (coletiva) pelo menos para as doenças sob vigilância epidemiológica (raiva, coqueluche, difteria, tétano, meningite meningocócica, tuberculose, febre tifóide e AIDS). Discutir as característicase funções do serviço médico de empresa. Distinguir as noções de doenças ocupacionais, acidentes de trabalho, doenças profissionais. Discutir o atendimento especial do acidentado do trabalho nas clínicas contratadas e na previdência social (benefícios). Citar pelo menos 10 dos mais importantes agravos/ doenças sofridas pelo trabalhador no Brasil. Citar pelo menos 5 doenças profissionais mais frequentes Distinguir causa básica e causa associada de óbito. Discutir as influências do modelo médico assistencial privativista sobre a educação médica e as perspectivas desta face à proposta da Reforma Sanitária. Discutir a assistência e controle da saúde da criança, da mulher, do trabalhador e do idoso. Discutir a assistência e controle de situações de urgência/emergência de doenças mentais, transmissíveis e crônico-degenerativas, de problemas odontológicos e outros agravos à saúde. Discutir o esquema básico de imunização estabelecido pelo Ministério da Saúde e comentar a utilização de vacinas aplicadas em circunstâncias especiais (raiva, meningite, febre tifóide). II. Psicomotores Preencher corretamente um atestado de óbito a partir de histórias clínicas selecionadas. Preencher corretamente um prontuário médico. Preencher de modo completo, o mapa semanal de notificação de doenças transmissíveis. Identificar e localizar os manuais básicos de vigilância epidemiológica e de controle de doenças transmissíveis especialmente em relação às medidas aplicáveis ao indivíduo e em situações endêmicas, bem como aos períodos de incubação e de transmissibilidade. Colher pelo menos 3 histórias clínicas contemplando os aspectos referentes a história profissional e as condições de vida e de trabalho dos pacientes. III. Afetivos Explicar com suas próprias palavras, o princípio de que a “saúde é direito de todos e dever do estado”. Explicar com suas próprias palavras, o que significa “acesso universal e igualitário às ações e serviços” face a promoção, prevenção erecuperação da saúde conforme a Constituição. Interpretar a afirmação “a assistência à saúde é livre à iniciativa privada” considerando os parágrafos que integram o Art. 199 da Constituição Federal. Justificar a importância da participação da comunidade no Sistema Único de Saúde. Justificar a importância do preenchimento correto e completo de formulários utilizados nas unidades de saúde tais como o prontuário médico, o atestado de óbito, a notificação semanal de doenças transmissíveis, a ficha de referência e contra-referência, a Comunicação de Acidentes de trabalho, o mapa de produção de serviços médicos, etc. ).

Em três semestres foram, ainda, aplicados pré-teste e pós-teste para auxiliar no planejamento didático.

d) Produção de textos didáticos

Diante da escassez dos livros disponíveis e sua inadequação aos objetivos da disciplina foram elaborados, pelos docentes do Departamento, 14 textos didáticos correspondentes aos principais temas do programa (anexos III ANEXO III RELAÇÃO DE TEXTOS DIDÁTICOS 1. COSTA, Ediná Alves. Problemas de saúde da população. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1989, 12p., (mimeo). 2. TEIXEIRA, Carmem Fontes & PAIM, Jairnilson Silva. Problemas da organização dos serviços de saúde no Brasil, na Bahia e na Região Metropolitana de Salvador. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, 17p., (mimeo). 3. PAIM, Jairnilson Silva. Saúde e estrutura social: determinantes da situação de saúde no Brasil a partir da República. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1990, 22p., (mimeo). 4. _____. A reforma Sanitária e os modelos assistenciais. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, 24p., (mimeo). 5. SILVA, Ligia Maria Vieira da. A gestão dos serviços de saúde. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, 14p., (mimeo). 6. ______. Educação Médica e a organização dos serviços. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, 15p. (mimeo). 7. SILVANY NETO, Anibal Muniz & PINTO, Lorene Louise S. Vigilância Epidemiológica e controle das doenças transmissíveis. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, 19p., (mimeo). 8. COSTA, Ediná Alves. Vigilância sanitária e a saúde do consumidor. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1990, 33p., (mimeo). 9. PAIM, Jairnilson Silva. Atenção à saúde em situações de urgência/emergência. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicinada UFBa, 190, 24p., (mimeo). 10. SILVA, Ligia Maria Vieira da. Principais problemas de saúde na infância e seu controle. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1990, 23p., (mimeo) 11. SPINOLA, Ademario Galvão. Atenção à saúde dos trabalhadores. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1990, (mimeo). 12. PEREIRA. Susan Martins. Atenção integral à saúde da mulher. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1990, (mimeo). 13. ________ & PINTO, Lorene Louise. Controle de endemias e epidemias. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, (mimeo). e IV ANEXO IV PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES (1991.1) 1. Apresentação do curso e pré-teste. 2. Principais problemas de saúde da população do Brasil, da Bahia e de Salvador. 3. Principais problemas dos sistemas de saúdebrasileiro, baiano e soteropolitano. 4. Determinantes do estado de saúde da população e da organização dos serviços. 5. Curso Básico de Vigilância epidemiológica I. 6. Formas de intervenção sobre a situação de saúde. 7. Curso Básico de Vigilância epidemiológica II. 8. Componentes do processo de gestão e programação em saúde. 9. Curso Básico de Vigilância epidemiológica III. 10. Acompanhamento e avaliação. 11. Curso Básico de Vigilância epidemiológica IV. 12. Educação médica e a organização dos serviços. 13. Rodízio (prática). 14. 1a Avaliação. 15. Rodízio (prática). 16. Controle dos problemas de saúde da infância. 17. Rodízio (prática). 18. Controle dos problemas de saúde da mulher. 19. Rodízio (prática). 20. Controle dos problemas de saúde do trabalhador. 21. Prática em Distrito sanitário. 22. Vigilância Sanitária e a saúde do consumidor. 23. Prática em Distrito sanitário. 24. Organização da atenção à urgências e emergências. 25. Prática em Distrito sanitário. 26. Organização da Assistência Farmacêutica. 27. Prática em Distrito sanitário. 28. Controle de endemias e epidemias. 29. Controle das D.S.T. e das doenças veiculadas por sangue e hemoderivados. 30. Controle das doenças não transmissíveis. 31. 2ª Avaliação. ). Cada texto contém os objetivos específicos daquela aula e as referências bibliográficas correspondem à leitura complementar de cada assunto.

e) Coordenação e gestão

O acompanhamento e coordenação das oito turmas teórico-práticas, matriculadas semestralmente em MED-196, era feito semanalmente a partir de reuniões da equipe docente onde os objetivos, textos, planos de aula e práticas eram discutidas coletivamente e modificados e reatualizados a cada período letivo. Cada docente responsabilizava-se por alguns temas práticos, ou teóricos, para os quais elaborava objetivos, texto, plano de aula, responsabilzando-se pela exposição sistematizadora (aula teórica) feita para quatro turmas de dez alunos de cada vez.

Evolução no período 1989 a 1991

O modelo foi implementado durante quatro semestres (de 1989.2 e 1991.1), tendo sofrido alguns ajustes a partir das avaliações feitas. Na parte teórica foram incluídos os temas de programação e avaliação, controle da malária, dengue e cólera e a discussão sistematizada sobre as formas de intervenção. As aulas expositivas foram substituídas, em alguns tópicos, por seminários realizados pelos alunos e suprimidas em outros. A supressão das mesmas em temas ainda não padronizados gerou heterogeneidade entre os conteúdos transmitidos, o que motivou a sua reintrodução no semestre subseqüente. No que diz respeito às práticas, o modelo de visitas programadas,em rodízio,consolidou-se e passoua substituir os estágios nos Distritos Sanitários. Também houve substituição de locais e serviços a partir das avaliações feitas. A atenção primária foi suspensa em decorrência de problemas operacionais dos serviços de saúde: ausência de consultórios em número suficiente, ausência de prontuários médicos, desorganização dos serviços de arquivo médico (S.A.M.E.), dificuldades de articulação com a residência de Medicina Social para assegurar a continuidade da atenção, etc. A vigilância epidemiológica passou a ser feita apenas no nível central da Secretaria de Saúde do Estado e no hospital de referência sendo que a visita à atividade de saúde mental foi eliminada pois havia superposição com prática similar de outro departamento. Os textos didáticos foram modificados, atualizados e reelaborados a partir do teste com os alunos indo compor, ao final do período, coletânea que se encontraem processo de edição.

Avaliação discente

Nos quatro semestres estudados, os alunos responderam a questionário de avaliação da disciplina (anexo II ANEXO II FACULDADE DE MEDICINA DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA SAÚDE PÚBLICA E MEDIDAS DE PROFLIAXIA (1989-2, ministrado em 1990-1) AVALIAÇÃO DO CURSO 0 = não atingido 5 = plenamente atingido 1. Expectativa sobre o curso 0 1 2 3 4 5 2. Objetivos do curso 0= Não correspondeu 5 = correspondeu completamente 2.1 Descrever o perfil epidemiológico da populaçao brasileira e a organizaçao dos serviços de saúde nas diferentes conjunturas da República. 0 1 2 3 4 5 2.2 Explicar com suas próprias palavras, os determinantes do atual quadro sanitário brasileiro e do mode lo de atenção à saúde no país 0 1 2 3 4 5 2.3 Discutir pelo menos 5 dos principais problemas de saúde da população brasileira, baiana. e soteropolitana 0 1 2 3 4 5 2.4 Discutir pelo menos 5 dos principais problemas da organização de serviços de saúde do Brasil, da Bahia e da Região Metropolitana de Salvador. 0 1 2 3 4 5 2.5 Explicar as diretrizes de descentralizaçao e participação de comunidade que fundamentam a organização do sistema único de saúde. 0 1 2 3 4 5 2.6 Citar pelo menos 5 das atribuições do Sistema Único de Saúde (Artigo 200 da Constituiçao Federal) 0 1 2 3 4 5 2.7 Discutir a noção de rede regionalizada e hierarquizada enquanto modo de integraçãodas ações e serviços públicos de saúde presente na Constituição 0 1 2 3 4 5 2.8 Identificar os componentes básicos de um programa de saúde. 0 1 2 3 4 5 2.9 Analisar programas de saúde que contemplem grupos prioritários - crianças, adolescentes, adultos (mulher e trabalhador) e idoso - ou agravos específicos (tuberculose, hanseníase, doenças e as redutíveis por imunização e saneamento, endemias, hipertensão, diabetes, etc.) 0 1 2 3 4 5 2.10 Discutir pelo menos 5 aspectos da avaliação que devem ser contemplados em relação às ações, serviços, programas e estabelecimentos de saúde. 0 1 2 3 4 5 2.11 Descrever as atividades que compõem a vigilância epidemiológicae sanitária e as responsabilidades do médico em tais ações. 0 1 2 3 4 5 2.12 Indicar as técnicas de prevenção (individual) e de profilaxia (coletiva) pelo menos para as doenças sob vigilância epidemiológica (raiva, coqueluche, difteria, tétano, meningite meningocócica, tuberculose, febre tifóide e AIDS). 0 1 2 3 4 5 2.13 Discutir as características e funções do serviço médico de empresa. 0 1 2 3 4 5 2.14 Distinguir as noções de doenças ocupacionais, acidentes de trabalho, doenças profissionais. 0 1 2 3 4 5 2.15 Discutir o atendimento especial do acidentado do trabalho nas clínicas contratadas e na previdência social (benefícios). 0 1 2 3 4 5 2.16 Citar pelo menos 10 dos mais importantes agravos/doenças sofridas pelo trabalhador no Brasil. 0 1 2 3 4 5 2.17 Citar pelo menos 5 doenças profissionais mais frequentes. 0 1 2 3 4 5 2.18 Distinguir causa básica e causa associada de óbito. 0 1 2 3 4 5 2.19 Discutir as influências do modelo médico-assistencial-privatista sobre a educaçao médica e as perspectivas desta face à proposta de Reforma Sanitária. 0 1 2 3 4 5 2.20 Discutir a assistência e controle de saúde da criança, da mulher, do trabalhador e do idoso. 0 1 2 3 4 5 2.21 Discutir a assistência e controle de situações de urgência/emergência de doenças mentais, transmissíveis e crônico-degenerativas, de problemas odontológicos e outros agravos à saúde. 0 1 2 3 4 5 2.22 Discutir o esquema básico de imunização estabelecido pelo Ministério da Saúde e comentar a utilização de vacinas aplicadas em circunstâncias especiais (raiva, cólera, meningite, febre tifóide, febre amarela, gripe, etc.) 0 1 2 3 4 5 2.23 Preencher corretamente um atestado de óbito a aprtir de histórias clínicas selecionadas. 0 1 2 3 4 5 2.24 Preencher corretamente um prontuário médico. 0 1 2 3 4 5 2.25 Preencher de modo completo, o mapa semanal de notificação de doenças transmissíveis. 0 1 2 3 4 5 2.26 Identificar e localizar os manuais básicos de vigilância epidemiológica e de controle de doenças transmissíveis especialmente em relação as medidas aplicáveis ao indivíduo e em situações endêmicas bem como aos períodos de incubação e de transmissibilidade. 0 1 2 3 4 5 2.27 Colher pelo menos 3 histórias clínicas contemplando os aspectos referentes à história profissional e às condições de vida e de trabalho dos pacientes. 0 1 2 3 4 5 2.28 Elaborar um projeto para identificação de problemas em serviços ou estabelecimento de saúde, discutindo resultados encontrados e as medidas para enfrentá-las. 0 1 2 3 4 5 2.29 Elaborar um projeto de intervenção sobre um serviço de saúde a partir de um diagnóstico de situação. 0 1 2 3 4 5 2.30 Explicar com suas próprias palavras, o princípio de que “a saúde é direito de todos e dever do estado”. 0 1 2 3 4 5 2.31 Explicar, com suas próprias palavras, o que significa “acesso universal e igualitário às ações e serviços” face a promoção, prevenção e recuperação de saúde conforme a Constituição. 0 1 2 3 4 5 2.32 Interpretar a afirmação “a assistência à saúde é livre à iniciativa privada” considerando os parágrafos que integram o Art. 199 da Constituição Federal. 0 1 2 3 4 5 2.33 Justificar a importância da participação da comunidade no Sistema Único de Saúde. 0 1 2 3 4 5 2.34 Justificar a importância do preenchimento correto e completo de formulários utilizados nas unidades de saúde tais como o prontuário médico, o atestado de óbito, a notificação semanal de doenças transmissíveis, a ficha de referência e contra-referência. a Comunicação de Acidente de Trabalho. o mapa de produção de serviços médicos. etc. 0 1 2 3 4 5 3. Curso teórico 0 = irrelevante 5 = muito relevante 0 1 2 3 4 5 3.1 Aulas teóricas 0 = sem rendimento 5 = rendimento excelente 0 1 2 3 4 5 3.1.1 Problemas de Saúde da população 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.2 Organização atual dos serviços 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.3 Determinantes do estado de saúde 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.4 O Processo de Reforma Sanitária na Bahia 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.5 Educação Médica e Reforma Sanitária 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.6 Instituições de Saúde 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula Programação e Avaliação de Saúde 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.8 Assistência e Controle da Saúde da Criança 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.9 Assistência e Controle da Saúde da Mulher 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.10 Vigilância Epidemiológica 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.11 Vigilância Sanitária e Saúde do Consumidor 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.12 Assistência e controle à Saúde do Trabalhador 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.13 Organização do atendimento à Urgência e Emergência 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.14 Assistência e controle de doenças crônico-degenerativas. 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.1.15 Assistência Farmacêutica 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2 Discussões em grupo prévias às aulas teóricas 0 = irrelevante 5 = muito relevante 3.2.1 Problemas de Saúde da População 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.2 Organização atual dos serviços 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.3 Determinantes do estudo de saúde da populaçãoe da organização dos serviços 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.4 O processo de Reforma Sanitária na Bahia 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.5 Questionário para avaliação prospectiva da FAMED 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.6 Instituições de Saúde 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.7 Avaliação de Saúde 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.8 Exercícios sobre epidemia de diarréia, I.R.A. e crescimento e desenvolvimento. 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.9 Saúde da Mulher 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.10 Situações - problema de vigilância epidemiológica 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.11 Vigilância sanitaria 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.12 Assistência e controle da Saúde do Trabalhador 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 3.2.13 Urgência e emergência 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula Questões sobre doenças crônico-degenerativas 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 4. Recursos Áudio-Visuais utilizados 0 = não contribuiu para a qualidade da aula 5 = contribuiu mui­ to para com a qualidade da aula 4.1 Vídeos 0 1 2 3 4 5 4.2 Transparências 0 1 2 3 4 5 4.3 Slides 1 2 3 4 5 5. Atividades práticas 0 = não correspondeu 5 = correspondeu 5.1Atenção primária 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 5.2 Vigilância Epidemiológica 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 5.3 Vigilância Sanitária 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 5.4 Visita aos Distritos Sanitários 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 5.5 Saúde Mental 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 5.6 Visita ao Hemoba 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 5.7 Visita ao CIAV 0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula 6. Bibliografia 0 = inadequada 5 = completamente adequada 7. Importância do curso para a sua formação profissional 0= nenhuma 5 = muita 0 1 2 3 4 5 8. Métodos de avaliação 0 = inadequados 5 = muito adequados 0 1 2 3 4 5 9. Outras críticas______________________________________________________________ 10. Sugestões___________________________________________________________ ), onde o alcance dos objetivos, a relevância do curso, o desempenho docente nas aulas teóricas. a bibliografia. as práticas, os recursos audiovisuais e os instrumentos de avaliação eram apreciados a partir de uma escala de conceitos que variava de 0 a 5. A consulta atingiu entre 72% (1990.2) e 93% (1991.1) dos alunos que cursaram a disciplina nesses semestres (tabela I).

TABELA I
Percentagem de alunos que atribuíram conceito 4 e 5 diversos itens de avaliação da disciplina S.P.M.P. numa escala de 0 a 5. (1989 a 1991)

Observa-se uma elevação no percentual de alunos que atribuíram conceitos 4 e 5, no decorrer dos quatro semestres, aos ítens expectativa sobre o curso (de 69% para 73%), alcance dos objetivos do curso (de 63% em média para 79%), na adequação do curso teórico-prático (de 60% para 72%), na adequação das atividades práticas (de 50% e 33% para 72%), nos métodos de avaliação(de 55% para 74%) e na importância do curso para a formação profissional do aluno (de 88% para 91%) (tabela I).

Verificou-se uma avaliação negativa das aulas expositivas (31%) em contraposição com a apreciação sobrea adequação daquelas teórico-práticas (elevou-se de 60% para 72%). Os recursos audiovisuais também foram avaliados como de qualidade precária, ou insuficientes: as transparências tiveram no período seu percentual de aprovação reduzido de 42% para 18% e os vídeos de 75% para 47% (tabela I).

Na tabela II está registrada a evolução da avaliação sobre as aulas expositivas e discussões teórico-práticas no período. Dentre os onze temas que foram ministrados nos quatro semestres, observa-se que houve uma elevação no percentual de alunos que atribuíram conceito 4 e 5 em oito casos e redução em três (tabela II).

TABELA II
Percentagem de alunos que atribuíram conceitos 4 e 5 às diversas atividades da disciplina S.P.M.P numa escala 0 a 5 (1989 a 1991)

Discussão

As modificações introduzidas na disciplina MED-196 entre 1989 e 1991 buscaram uma aproximação do graduado em Medicina aos principais problemas de saúde da população a partir do enfoque da dimensão coletiva do processo saúde-doença, bem como das principais técnicas e estratégias existentes parao controle dos mesmos. A abordagem desse conteúdo programático a partir da definição de objetivos terminais e objetivos específicos não só elevou a eficiência do trabalho didático no preparo das aulas, como permitiu a padronização do ensino ministrado simultaneamente por oito docentes além de assegurar maior transparência e objetividade ao processo de avaliação dos alunos.

A priorização do momento de discussão em pequenos grupos, a partir de “situações-problema” sobre os diversos temas, revelou-se como a estratégia mais adequada para a transmissão dos conteúdos da disciplina, num contexto de retrocesso das políticas de saúde na Bahia. A riqueza dos debates ao lado das possibilidades de desenvolvimento dos temas a partir da compreensão específica de cada grupo de alunos tornou a aula teórica supérflua e por vezes monótona, segundo avaliação dos alunos.

O recuo tático, no plano das práticas, da inserção nos serviços do perlodo anterior para a “visit(ação)", revelouse acertado poisao invésda “prática ausente” de serviços “sucateados”, avisita propicia farto material empírico para a reflexão crítica dos alunos sobre a situação das práticas de saúde coletiva no nosso meio.

A adoção de mecanismos de avaliação diferenciados como o “mini-ensaio” foi bem aceito pelos estudantes revelando-se como momento importante para os alunos desenvolverem a capacidade de análise e síntese frente a um problema relacionado com os objetivos da disciplina.

Conclusões

A experiência acumulada no ensino da disciplina Saúde Pública e Medidas da Profilaxia tem demonstrado que a adequação dos conteúdos teóricos aos momentos do trabalho em saúde coletiva, a saber, a análise da situação de saúde e dos seus determinantes, a discussão das formas de intervenção sobre a situação de saúde e a definição do processo de gestão, resultou numa maior aproximação do graduando em Medicina a esse campo do conhecimento. Ao mesmo tempo, as estratégias e táticas de ensino empregadas parecem contribuir para a atenuação das resistências dos alunos quando comparam a utilidade deste tipo de saber com a de outros privilegiados na educação médica para a reprodução da prática médica hegemôniica. Persiste, no entanto, o “desafio da prática”606. PAIM, Jairnilson Silva. A saúde coletiva e os desafios da prática. Texto elaborado para a Organização Panamericana de Saúde (OPS) como contribuição à discussão sobre a situação e tendências da Saúde Pública na Região das Américas, 1991. relacionado com a situação objetiva da organização dos serviços de saúde onde ainda predominamos modelos assistenciais voltados parao atendimento da demanda espontânea, ao lado da ausência e ineficiência das ações estatais de saúde coletiva. A tentativa de superação dessa lacuna através do retorno às visitas, ainda que bem sucedida, constitui-se numa solução provisória. Impõem-se esforços no sentido de criação de campos de prática experimentais do tipo Distritos Docente-assistenciais707. PAIM, Jairnilson Silva. Educación médica en la década de 1990, el optimismo no basta. Educación Médica y Salud 25 (1):48-57, enero/marzo, 1991., pelo menos, enquanto perdurar o retrocesso nas políticas e práticas de saúde na Bahia.

Referências Bibliográficas

  • 01
    ABRASCO, Informe final do grupo de trabalho sobre o ensino de Medicina Preventiva e Social nos cursos médicos, in ABRASCO, Ensino da Saúde Pública, Medicina Preventiva e Social no Brasil, no 3 ABRASCO, Rio de Janeiro, junho/1984, pp 85-106.
  • 02
    AROUCA, Antonio Sergio. O Dilema Preventivista Tese de doutoramento. UNICAMP, 1975.
  • 03
    FERREIRA, J. R., COELHO NETO, A., COLLADO, C. B., LINGER, C., LUNA, R., PURCALLAS, D., YEPES, R. F., El analisis prospectivo de la educación médica en América Latina. Educ. Med. Salud 22(3):242-367, 1988.
  • 04
    GARCIA, Juan Cesar. La educación en la América Latina, Washington, D. C., OPS, 1972. publicación cientifica no 255.
  • 05
    PAIM, Jairnilson Silva e FORMIGLI, Vera Lucia Almeida. Redefinições do ensino da Medicina Preventiva e Social Rev. Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, 5(1):7-18, jan./abr./, 1981.
  • 06
    PAIM, Jairnilson Silva. A saúde coletiva e os desafios da prática Texto elaborado para a Organização Panamericana de Saúde (OPS) como contribuição à discussão sobre a situação e tendências da Saúde Pública na Região das Américas, 1991.
  • 07
    PAIM, Jairnilson Silva. Educación médica en la década de 1990, el optimismo no basta. Educación Médica y Salud 25 (1):48-57, enero/marzo, 1991.
  • 08
    SILVA, Ligia Maria Vieira da. Educação médica e a organizaão dos serviços de saúde. Divulgação em Saúde para Debate (5):58-62, agosto, 1991.
  • 09
    TEIXEIRA, Carmem Fontes, FORMIGLI, Vera Lucia Almeida e PAIM, Jairnilson Silva. Medicina Preventiva e Social na graduação: experiência de ensino em centros de saúde. Revista Brasileira de Educação Médica, 8 (2):77-82, maio/ago. 1984.
  • 10
    UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva. Relatório anual - 1986. Salvador, DMP, (mimeo), 1986, pp 10-13.
  • 11
    UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA. Faculdade de Medicina. Departamento de Medicina Preventiva. Relatório anual - 1988. Salvador, DMP , (mimeo), 1987, pp 10-12.
  • 1
    “Cenário resrtitivo”: Sistema Único de Saúde não regulamentado ou institucionalizado de forma limitada. SUDS só mantido ou retrocesso. “Cenário progressista”: Sistema Único de Saúde regulamentado e em implantação. Ampilação do setor público, racionalizado. Ênfase na democratização. Modelo assistencial de base sócio­epidemiológica visando a cobertura da população. (UFBa/FAMED/DMP) - Projeto de redefinição do Ensino da Medicina Preventiva e Social. Salvador, novembro de 1989. quadro I.
  • 1
    Participaram da redefinição da disciplina Saúde Pública e Medidas de Profilaxia, além dos autores, os docentes: Carmem Teixeira, Edina Alves Costa, Eliane Cardoso de Araújo, Fernando Dreyer. Joselita Macedo, Lorene Louise Pinto, Ronaldo Jacobina, Susan Martins Pereira e Sumaia Boaventura André.

ANEXO I

OBJETIVOS TERMINAIS DA DISCIPUNA SAÚDE PÚBLICA E MEDIDAS DE PROFILAXIA

I. Cognitivos

  1. Descrever o perfil epidemiológico da população brasileira e a organização dos serviços de saúde nas diferentes conjunturas da República.

  2. Explicar com suas próprias palavras, os determinantes do atual quadro sanitário brasileiro e do modelo de atenção à saúde no país.

  3. Discutir pelo menos 5 dos principais problemas de saúde da população brasileira, baiana e soteropolitana.

  4. Discutir pelo menos 5 dos principais problemas da organização de serviços de saúdedo Brasil, da Bahia e da Região Metropolitana de Salvador.

  5. Explicar as diretrizes de descentralização, atendimento integral e participação da comunidade que fundamentam a organização do sistema único de saúde.

  6. Citar pelo menos 5 das atribuições do Sistema Único de Saúde (Artigo 200 da Constituição Federal).

  7. Discutir a noção de rede regionalizada e hierarquizada enquanto modo de integração das ações e serviços públicos de saúde presente na Constituição.

  8. Identificar os componentes básicos de um programa de saúde.

  9. Analisar programas de saúde que contemplem grupos prioritários - crianças, adolescentes, adultos (mulher, trabalhador e idoso) - ou agravos específicos (tubercu­ lose, hanseníase, doenças mentais e as redutíveis por imunização e saneamento, endemias, hipertensão, diabetes, etc.).

  10. Discutir pelo menos 5 aspectos da avaliação que devem ser contemplados em relação às ações, serviços, programas e estabelecimentos de saúde.

  11. Descrever as atividades que compõem a vigilância epidemiológica e sanitária e as responsabilidades do médico em tais ações.

  12. Indicar as técnicas de prevenção (individual) e de profilaxia (coletiva) pelo menos para as doenças sob vigilância epidemiológica (raiva, coqueluche, difteria, tétano, meningite meningocócica, tuberculose, febre tifóide e AIDS).

  13. Discutir as característicase funções do serviço médico de empresa.

  14. Distinguir as noções de doenças ocupacionais, acidentes de trabalho, doenças profissionais.

  15. Discutir o atendimento especial do acidentado do trabalho nas clínicas contratadas e na previdência social (benefícios).

  16. Citar pelo menos 10 dos mais importantes agravos/ doenças sofridas pelo trabalhador no Brasil.

  17. Citar pelo menos 5 doenças profissionais mais frequentes

  18. Distinguir causa básica e causa associada de óbito.

  19. Discutir as influências do modelo médico assistencial privativista sobre a educação médica e as perspectivas desta face à proposta da Reforma Sanitária.

  20. Discutir a assistência e controle da saúde da criança, da mulher, do trabalhador e do idoso.

  21. Discutir a assistência e controle de situações de urgência/emergência de doenças mentais, transmissíveis e crônico-degenerativas, de problemas odontológicos e outros agravos à saúde.

  22. Discutir o esquema básico de imunização estabelecido pelo Ministério da Saúde e comentar a utilização de vacinas aplicadas em circunstâncias especiais (raiva, meningite, febre tifóide).

II. Psicomotores

  1. Preencher corretamente um atestado de óbito a partir de histórias clínicas selecionadas.

  2. Preencher corretamente um prontuário médico.

  3. Preencher de modo completo, o mapa semanal de notificação de doenças transmissíveis.

  4. Identificar e localizar os manuais básicos de vigilância epidemiológica e de controle de doenças transmissíveis especialmente em relação às medidas aplicáveis ao indivíduo e em situações endêmicas, bem como aos períodos de incubação e de transmissibilidade.

  5. Colher pelo menos 3 histórias clínicas contemplando os aspectos referentes a história profissional e as condições de vida e de trabalho dos pacientes.

III. Afetivos

  1. Explicar com suas próprias palavras, o princípio de que a “saúde é direito de todos e dever do estado”.

  2. Explicar com suas próprias palavras, o que significa “acesso universal e igualitário às ações e serviços” face a promoção, prevenção erecuperação da saúde conforme a Constituição.

  3. Interpretar a afirmação “a assistência à saúde é livre à iniciativa privada” considerando os parágrafos que integram o Art. 199 da Constituição Federal.

  4. Justificar a importância da participação da comunidade no Sistema Único de Saúde.

  5. Justificar a importância do preenchimento correto e completo de formulários utilizados nas unidades de saúde tais como o prontuário médico, o atestado de óbito, a notificação semanal de doenças transmissíveis, a ficha de referência e contra-referência, a Comunicação de Acidentes de trabalho, o mapa de produção de serviços médicos, etc.

ANEXO II

FACULDADE DE MEDICINA

DEPARTAMENTO DE MEDICINA PREVENTIVA

SAÚDE PÚBLICA E MEDIDAS DE PROFLIAXIA

(1989-2, ministrado em 1990-1)

AVALIAÇÃO DO CURSO

0 = não atingido 5 = plenamente atingido

1. Expectativa sobre o curso

0 1 2 3 4 5

2. Objetivos do curso

0= Não correspondeu 5 = correspondeu completamente

2.1 Descrever o perfil epidemiológico da populaçao brasileira e a organizaçao dos serviços de saúde nas diferentes conjunturas da República.

0 1 2 3 4 5

2.2 Explicar com suas próprias palavras, os determinantes do atual quadro sanitário brasileiro e do mode lo de atenção à saúde no país

0 1 2 3 4 5

2.3 Discutir pelo menos 5 dos principais problemas de saúde da população brasileira, baiana. e soteropolitana

0 1 2 3 4 5

2.4 Discutir pelo menos 5 dos principais problemas da organização de serviços de saúde do Brasil, da Bahia e da Região Metropolitana de Salvador.

0 1 2 3 4 5

2.5 Explicar as diretrizes de descentralizaçao e participação de comunidade que fundamentam a organização do sistema único de saúde.

0 1 2 3 4 5

2.6 Citar pelo menos 5 das atribuições do Sistema Único de Saúde (Artigo 200 da Constituiçao Federal)

0 1 2 3 4 5

2.7 Discutir a noção de rede regionalizada e hierarquizada enquanto modo de integraçãodas ações e serviços públicos de saúde presente na Constituição

0 1 2 3 4 5

2.8 Identificar os componentes básicos de um programa de saúde.

0 1 2 3 4 5

2.9 Analisar programas de saúde que contemplem grupos prioritários - crianças, adolescentes, adultos (mulher e trabalhador) e idoso - ou agravos específicos (tuberculose, hanseníase, doenças e as redutíveis por imunização e saneamento, endemias, hipertensão, diabetes, etc.)

0 1 2 3 4 5

2.10 Discutir pelo menos 5 aspectos da avaliação que devem ser contemplados em relação às ações, serviços, programas e estabelecimentos de saúde.

0 1 2 3 4 5

2.11 Descrever as atividades que compõem a vigilância epidemiológicae sanitária e as responsabilidades do médico em tais ações.

0 1 2 3 4 5

2.12 Indicar as técnicas de prevenção (individual) e de profilaxia (coletiva) pelo menos para as doenças sob vigilância epidemiológica (raiva, coqueluche, difteria, tétano, meningite meningocócica, tuberculose, febre tifóide e AIDS).

0 1 2 3 4 5

2.13 Discutir as características e funções do serviço médico de empresa.

0 1 2 3 4 5

2.14 Distinguir as noções de doenças ocupacionais, acidentes de trabalho, doenças profissionais.

0 1 2 3 4 5

2.15 Discutir o atendimento especial do acidentado do trabalho nas clínicas contratadas e na previdência social (benefícios).

0 1 2 3 4 5

2.16 Citar pelo menos 10 dos mais importantes agravos/doenças sofridas pelo trabalhador no Brasil.

0 1 2 3 4 5

2.17 Citar pelo menos 5 doenças profissionais mais frequentes.

0 1 2 3 4 5

2.18 Distinguir causa básica e causa associada de óbito.

0 1 2 3 4 5

2.19 Discutir as influências do modelo médico-assistencial-privatista sobre a educaçao médica e as perspectivas desta face à proposta de Reforma Sanitária.

0 1 2 3 4 5

2.20 Discutir a assistência e controle de saúde da criança, da mulher, do trabalhador e do idoso.

0 1 2 3 4 5

2.21 Discutir a assistência e controle de situações de urgência/emergência de doenças mentais, transmissíveis e crônico-degenerativas, de problemas odontológicos e outros agravos à saúde.

0 1 2 3 4 5

2.22 Discutir o esquema básico de imunização estabelecido pelo Ministério da Saúde e comentar a utilização de vacinas aplicadas em circunstâncias especiais (raiva, cólera, meningite, febre tifóide, febre amarela, gripe, etc.)

0 1 2 3 4 5

2.23 Preencher corretamente um atestado de óbito a aprtir de histórias clínicas selecionadas.

0 1 2 3 4 5

2.24 Preencher corretamente um prontuário médico.

0 1 2 3 4 5

2.25 Preencher de modo completo, o mapa semanal de notificação de doenças transmissíveis.

0 1 2 3 4 5

2.26 Identificar e localizar os manuais básicos de vigilância epidemiológica e de controle de doenças transmissíveis especialmente em relação as medidas aplicáveis ao indivíduo e em situações endêmicas bem como aos períodos de incubação e de transmissibilidade.

0 1 2 3 4 5

2.27 Colher pelo menos 3 histórias clínicas contemplando os aspectos referentes à história profissional e às condições de vida e de trabalho dos pacientes.

0 1 2 3 4 5

2.28 Elaborar um projeto para identificação de problemas em serviços ou estabelecimento de saúde, discutindo resultados encontrados e as medidas para enfrentá-las.

0 1 2 3 4 5

2.29 Elaborar um projeto de intervenção sobre um serviço de saúde a partir de um diagnóstico de situação.

0 1 2 3 4 5

2.30 Explicar com suas próprias palavras, o princípio de que “a saúde é direito de todos e dever do estado”.

0 1 2 3 4 5

2.31 Explicar, com suas próprias palavras, o que significa “acesso universal e igualitário às ações e serviços” face a promoção, prevenção e recuperação de saúde conforme a Constituição.

0 1 2 3 4 5

2.32 Interpretar a afirmação “a assistência à saúde é livre à iniciativa privada” considerando os parágrafos que integram o Art. 199 da Constituição Federal.

0 1 2 3 4 5

2.33 Justificar a importância da participação da comunidade no Sistema Único de Saúde.

0 1 2 3 4 5

2.34 Justificar a importância do preenchimento correto e completo de formulários utilizados nas unidades de saúde tais como o prontuário médico, o atestado de óbito, a notificação semanal de doenças transmissíveis, a ficha de referência e contra-referência. a Comunicação de Acidente de Trabalho. o mapa de produção de serviços médicos. etc.

0 1 2 3 4 5

3. Curso teórico

0 = irrelevante 5 = muito relevante

0 1 2 3 4 5

3.1 Aulas teóricas

0 = sem rendimento 5 = rendimento excelente

0 1 2 3 4 5

3.1.1 Problemas de Saúde da população

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.2 Organização atual dos serviços

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.3 Determinantes do estado de saúde

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.4 O Processo de Reforma Sanitária na Bahia

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.5 Educação Médica e Reforma Sanitária

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.6 Instituições de Saúde

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

Programação e Avaliação de Saúde

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.8 Assistência e Controle da Saúde da Criança

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.9 Assistência e Controle da Saúde da Mulher

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.10 Vigilância Epidemiológica

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.11 Vigilância Sanitária e Saúde do Consumidor

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.12 Assistência e controle à Saúde do Trabalhador

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.13 Organização do atendimento à Urgência e Emergência

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.14 Assistência e controle de doenças crônico-degenerativas.

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.1.15 Assistência Farmacêutica

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2 Discussões em grupo prévias às aulas teóricas

0 = irrelevante 5 = muito relevante

3.2.1 Problemas de Saúde da População

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.2 Organização atual dos serviços

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.3 Determinantes do estudo de saúde da populaçãoe da organização dos serviços

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.4 O processo de Reforma Sanitária na Bahia

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.5 Questionário para avaliação prospectiva da FAMED

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.6 Instituições de Saúde

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.7 Avaliação de Saúde

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.8 Exercícios sobre epidemia de diarréia, I.R.A. e crescimento e desenvolvimento.

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.9 Saúde da Mulher

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.10 Situações - problema de vigilância epidemiológica

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.11 Vigilância sanitaria

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.12 Assistência e controle da Saúde do Trabalhador

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

3.2.13 Urgência e emergência

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

Questões sobre doenças crônico-degenerativas

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

4. Recursos Áudio-Visuais utilizados

0 = não contribuiu para a qualidade da aula 5 = contribuiu mui­ to para com a qualidade da aula

4.1 Vídeos

0 1 2 3 4 5

4.2 Transparências

0 1 2 3 4 5

4.3 Slides

1 2 3 4 5

5. Atividades práticas

0 = não correspondeu 5 = correspondeu

5.1Atenção primária

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

5.2 Vigilância Epidemiológica

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

5.3 Vigilância Sanitária

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

5.4 Visita aos Distritos Sanitários

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

5.5 Saúde Mental

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

5.6 Visita ao Hemoba

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

5.7 Visita ao CIAV

0 1 2 3 4 5 não assistiu a aula

6. Bibliografia

0 = inadequada 5 = completamente adequada

7. Importância do curso para a sua formação profissional

0= nenhuma 5 = muita

0 1 2 3 4 5

8. Métodos de avaliação

0 = inadequados 5 = muito adequados

0 1 2 3 4 5

9. Outras críticas______________________________________________________________

10. Sugestões___________________________________________________________

ANEXO III

RELAÇÃO DE TEXTOS DIDÁTICOS

1. COSTA, Ediná Alves. Problemas de saúde da população. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1989, 12p., (mimeo).

2. TEIXEIRA, Carmem Fontes & PAIM, Jairnilson Silva. Problemas da organização dos serviços de saúde no Brasil, na Bahia e na Região Metropolitana de Salvador. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, 17p., (mimeo).

3. PAIM, Jairnilson Silva. Saúde e estrutura social: determinantes da situação de saúde no Brasil a partir da República. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1990, 22p., (mimeo).

4. _____. A reforma Sanitária e os modelos assistenciais. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, 24p., (mimeo).

5. SILVA, Ligia Maria Vieira da. A gestão dos serviços de saúde. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, 14p., (mimeo).

6. ______. Educação Médica e a organização dos serviços. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, 15p. (mimeo).

7. SILVANY NETO, Anibal Muniz & PINTO, Lorene Louise S. Vigilância Epidemiológica e controle das doenças transmissíveis. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, 19p., (mimeo).

8. COSTA, Ediná Alves. Vigilância sanitária e a saúde do consumidor. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1990, 33p., (mimeo).

9. PAIM, Jairnilson Silva. Atenção à saúde em situações de urgência/emergência. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicinada UFBa, 190, 24p., (mimeo).

10. SILVA, Ligia Maria Vieira da. Principais problemas de saúde na infância e seu controle. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1990, 23p., (mimeo)

11. SPINOLA, Ademario Galvão. Atenção à saúde dos trabalhadores. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1990, (mimeo).

12. PEREIRA. Susan Martins. Atenção integral à saúde da mulher. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1990, (mimeo).

13. ________ & PINTO, Lorene Louise. Controle de endemias e epidemias. Salvador, Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da UFBa, 1991, (mimeo).

ANEXO IV

PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES (1991.1)

1. Apresentação do curso e pré-teste.

2. Principais problemas de saúde da população do Brasil, da Bahia e de Salvador.

3. Principais problemas dos sistemas de saúdebrasileiro, baiano e soteropolitano.

4. Determinantes do estado de saúde da população e da organização dos serviços.

5. Curso Básico de Vigilância epidemiológica I.

6. Formas de intervenção sobre a situação de saúde.

7. Curso Básico de Vigilância epidemiológica II.

8. Componentes do processo de gestão e programação em saúde.

9. Curso Básico de Vigilância epidemiológica III.

10. Acompanhamento e avaliação.

11. Curso Básico de Vigilância epidemiológica IV.

12. Educação médica e a organização dos serviços.

13. Rodízio (prática).

14. 1a Avaliação.

15. Rodízio (prática).

16. Controle dos problemas de saúde da infância.

17. Rodízio (prática).

18. Controle dos problemas de saúde da mulher.

19. Rodízio (prática).

20. Controle dos problemas de saúde do trabalhador.

21. Prática em Distrito sanitário.

22. Vigilância Sanitária e a saúde do consumidor.

23. Prática em Distrito sanitário.

24. Organização da atenção à urgências e emergências.

25. Prática em Distrito sanitário.

26. Organização da Assistência Farmacêutica.

27. Prática em Distrito sanitário.

28. Controle de endemias e epidemias.

29. Controle das D.S.T. e das doenças veiculadas por sangue e hemoderivados.

30. Controle das doenças não transmissíveis.

31. 2ª Avaliação.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    02 Jul 2021
  • Data do Fascículo
    Jan-Apr 1993
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