A teoria plastrão foi testada em adultos de Neochetina eichhorniae Warner, 1970, por meio da análise da estrutura que reveste o tegumento destes insetos e em experimentos laboratoriais de submersão. Os processos tegumentares foram reconhecidos em três tipos: escamas aglutinadas e com perfurações largas; escamas plumosas de tamanhos e formas variadas; e pêlos. Os experimentos realizados com 264 indivíduos adultos os quais permaneciam submersos por diferentes intervalos de tempo (n = 11) e em dois tratamentos, água natural não aerada e água previamente fervida, com quatro repetições para cada tratamento, revelaram uma mortalidade máxima após 24 horas de mergulho no tratamento água previamente fervida. A sobrevivência dos adultos foi negativa e significativamente correlacionada com os tratamentos empregados e entre os diferentes intervalos de tempo. Os valores de oxigênio dissolvido (mg/l) na água diferiram significativamente entre os tratamentos aplicados, sendo positivamente correlacionado com a sobrevivência dos adultos nos dois tratamentos, embora mais acentuadamente no tratamento com água previamente fervida. A mortalidade dos adultos após 24 horas de mergulho no tratamento com água previamente fervida pode estar associada às condições físico-químicas da água não testadas neste estudo, como, por exemplo, baixa tensão superficial e concentração de solutos. Estes resultados sugerem uma funcionalidade do plastrão nos adultos desta espécie.
Hipoxia; Pantanal; plastrão; Curculionidae; Stenopelmini