RESUMO
Introdução:
O conhecimento do comportamento sexual de risco entre jovens tem sido amplamente reconhecido como ferramenta-chave para controlar a propagação do HIV. Este artigo tem o objetivo de retratar o comportamento de risco dos conscritos do Exército brasileiro à infecção pelo HIV segundo as macrorregiões brasileiras.
Métodos:
Foram utilizados dados de 37.282 conscritos, entre 17 e 22 anos, durante apresentação ao Exército em 2016. Estimaram-se as prevalências de HIV autorreferida e medida por exame laboratorial, além de indicadores de comportamento de risco, por macrorregiões geográficas.
Resultados:
Dos conscritos que compuseram a amostra, 75% relatou já ter iniciado atividade sexual, e a média de idade de início foi de aproximadamente 15 anos. O uso do preservativo variou de acordo com o tipo de parceria sexual, sendo menor na relação com parceiros(as) fixos(as) e maior nas parcerias menos estáveis. A prevalência da infecção pelo HIV medida através do diagnóstico laboratorial foi de 0,12% no Brasil, sendo mais prevalente na região Norte (0,24%). O consumo de álcool e drogas ilícitas foi maior na região Sul.
Discussão:
O estudo permitiu observar o monitoramento do comportamento de risco à infecção pelo HIV entre os jovens brasileiros. O menor uso de preservativo quando a parceria sexual é considerada estável pode estar contribuindo para aumentar o número de indivíduos infectados pelo HIV.
Conclusão:
Os resultados sugerem a necessidade de campanhas de divulgação para os jovens sobre práticas de sexo seguro, além da ampliação da oferta de testagem nessa população.
Palavras-chave:
Militares; HIV; Comportamento de risco; Brasil