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Evolução espaço-temporal da incidência de tuberculose em indígenas e não indígenas no Brasil, no período de 2011 a 2022

RESUMO

Objetivo:

Descrever a evolução espaço-temporal das taxas de incidência (TIs) de tuberculose (TB) em indígenas e não indígenas, segundo as unidades federativas do Brasil, no período de 2011 a 2022.

Métodos:

Estudo ecológico, temporal e espacial sobre os casos novos de tuberculose no Brasil em indígenas e não indígenas. Dados provenientes do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foram coletados de 2011 a 2022 e estratificados por UF, analisados exploratória e estatisticamente por meio do software R 4.2.3.

Resultados:

A TI média entre indígenas no Brasil foi 71,7 casos novos para cada 100 mil habitantes, enquanto para não indígenas foi de 28,6/100 mil habitantes. As regiões do país que apresentaram as maiores incidências (médias) para indígenas foram: Centro-Oeste (102,8/100 mil hab.), Sudeste (99,6/100 mil hab.) e Norte (79,9/100 mil hab.), e para não indígenas foram: Norte (36,5/100 mil hab.), Sudeste (31,3/100 mil hab.) e Nordeste (27,4/100 mil hab.). A análise mostrou que a maior incidência de casos de TB nas populações indígenas ocorreu nos estados de São Paulo, Rondônia, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Pará.

Conclusão:

Altas incidências da doença em comparação com a população não indígena mostraram a necessidade de abordagem específica para atender às necessidades de saúde dessas populações. As disparidades regionais nas incidências indicaram a necessidade de abordar questões socioeconômicas e de infraestrutura que afetam a saúde desses povos.

Palavras-chave:
Populações indígenas; Tuberculose; Análise espacial; Epidemiologia; Incidência

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