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Editorial

EDITORIAL EDITORIAL

José da Rocha Carvalheiro

Com este número da Revista Brasileira de Epidemiologia prosseguimos em nossa trajetória de manter a periodicidade e os demais pré-requisitos para nossa manutenção na base SciELO. A diversidade de origem dos autores, da temática e do local de realização dos estudos também está garantida. Um trabalho, proveniente da Colômbia, da Universidade de Antioquia, confirma nossa progressiva incursão pelo ambiente científico latino americano. Dos trabalhos nacionais, a região Sudeste tem a maior freqüência com quatro trabalhos de São Paulo (UNESP, UNICAMP, USP e Universidade de Guarulhos) e um do Rio de Janeiro (UFRJ e Fiocruz). A região Sul comparece com dois artigos com autores de diversas universidades (UFSC, Universidade Regional de Blumenau, UFPel e UNISINOS). Da região Nordeste, um artigo do Maranhão (UFMA). Além desses artigos, recebidos pelo sistema de fluxo contínuo, dois outros para os quais chamamos especial atenção por se tratar de continuidade de um debate que já vem desde o ano passado (de autores da Espanha) e de outro que se induz a partir deste número (de autora do Rio de Janeiro, da UERJ).

Considerando todos os artigos, também os "encomendados" e que induzem debate são originais e submetidos a peer review, temos um total de onze, com 38 autores. A média de 3,45 autores por artigo, com 71 % de mulheres, mantém os valores tradicionais da RBE.

Discussão importante se avizinha para o próximo volume da RBE relacionada à periodicidade e ao número de artigos. Pelas regras da base SciELO, estaremos em face de alternativa. Aumentamos a quantidade de artigos por número, modificando o formato da Revista para acolher pelo menos quinze, mantendo a periodicidade trimestral. Ou, mantemos como está e transformamos a RBE em bimestral, com seis números por volume.

Quanto à temática e ao instrumental metodológico e analítico, temos a habitual diversidade. O artigo especial trata de tema de grande atualidade num mundo moderno que se torna cada vez mais sensível à possibilidade do desatino de atos terroristas. Não por acaso, os principais encontros científicos da área de doenças infecciosas têm sempre incluído com destaque discussões sobre o bioterrorismo. A partir do próximo número, desencadearemos um debate tendo o presente artigo como referência.

Artigo dos mesmos autores espanhóis dos anteriores, prossegue com o debate sobre o fundamento científico da função de filtro do sistema de saúde desempenhado pelo médico geral.

Um trabalho colombiano emprega um modelo caso- controle para analisar fatores de risco para malária falciparum complicada, segundo os critérios da OMS.

Prevalência e incidência de enteroparasitoses em instituições de cuidado infantil, em duas coortes selecionadas em dois anos sucessivos, em Botucatu, São Paulo, são analisadas em relação a variáveis pessoais e contextuais.

A concordância entre avaliadores na seleção de artigos para metanálise e a reprodutibilidade e a validade de questionário de consumo alimentar são objeto de análise de dois trabalhos, ambos realizados em São Paulo.

A não realização do exame de Papanicolaou, no município de São Luís, Maranhão e os fatores associados conclui, entre outros resultados, pelo desperdício de recursos públicos em citologias desnecessárias.

Um estudo transversal, em amostra de conveniência de atendimento ambulatorial, analisa a "condição periodontal" no município de Guarulhos, São Paulo.

Lesões por esforços repetitivos (LER) e Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) são analisados e associados a posturas incorretas e ao ritmo de trabalho de cirurgiões dentistas, em Santa Catarina.

Sobrepeso e obesidade em mulheres têm prevalência e análise de risco identificas em modelo multivariado, em São Leopoldo, Rio Grande do Sul.

O tratamento da fratura proximal do fêmur em pacientes no Rio de Janeiro é analisada, mostrando desigualdade que não se justifica tecnicamente.

Nos Debates, prosseguimos com a já mencionada análise do fundamento científico do papel de filtro do sistema exercido pelo médico geral.

No Debate sobre a gripe aviária, reproduzimos publicação do Boletim da OMS sobre "dez coisas que devem ser conhecidas".

Tenham todos uma boa leitura.

O Editor

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Jan 2007
  • Data do Fascículo
    Set 2006
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