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“Se te agarro com outro, te mato! Te mando algumas flores e depois escapo”: cenários da violência contra a mulher na Região Metropolitana do Rio de Janeiro* * O trabalho, que procura dialogar com as tensões entre o campo das políticas públicas e o do direito, traz resultados parciais de projeto de pesquisa intitulado “A condição feminina: a violência de gênero na perspectiva territorial do Estado do Rio de Janeiro”, o qual conta com bolsas de pesquisa e iniciação científica por intermédio do CNPq e Faperj. Agradecemos aos comentários e sugestões das(os) pareceristas.

“If I find you with someone else, I’ll kill you! I’ll send you some flowers and then I’ll escape”: Scenarios of violence against women in the Metropolitan Region of Rio de Janeiro

«Si te agarro con otro te mato. Te mando algunas flores y después me escapo»: Escenarios de la violencia contra la mujer en la Región Metropolitana e Río de Janeiro

Resumo

O objetivo deste trabalho é, a partir de uma caracterização da violência contra a mulher na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), proceder ao confronto teórico-empírico referente ao tema, considerando a leitura local. Dessa forma, foi cotejada a literatura que consolidasse a pertinência de políticas e leis no tocante à violência, ao passo que se ponderou acerca de estudos de viés quantitativos em seus alcances. Em termos metodológicos, o estudo restringiu-se espacialmente à tabulação dos bancos de dados de violência contra a mulher na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), que foram analisados a partir da literatura sopesada para sustentar ou refutar axiomas indicados sobre violência. Entre os resultados encontrados na RMRJ, alguns ratificam estudos: a violência contra a mulher envolve um agressor de conhecimento da vítima e é praticada em ambiente doméstico ou familiar. Ao mesmo tempo, alguns resultados põem em dúvida certos axiomas, a exemplo de a violência física ser explicitamente preponderante, ou que a violência sexual seja praticada em local não residencial. Outros resultados indicam novos elementos: o tipo da violência se altera de acordo com a idade e escolaridade da vítima, em especial marcadores que fragilizem a mulher. Como limites, destaca-se a necessidade de estudos estratificados que observem as particularidades territoriais.

Palavras-chave:
Violência contra a mulher; Políticas públicas; Região Metropolitana do Rio de Janeiro; Gênero; Violência

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