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Os arranjos familiares importam no momento de decidir em qual rede de ensino matricular os filhos?* * Os autores agradecem ao comitê editorial da Rebep e a dois pareceristas anônimos pelas valiosas contribuições. O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal Nivel Superior – Brasil (Capes) – Código de Financiamento 001. Erros e omissões são de responsabilidade dos autores.

Do family arrangements affect parents’ decision of school for their children?

¿Importan los arreglos familiares a la hora de decidir en qué red de enseñanza matricular a los hijos?

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar se os arranjos familiares (monoparentais ou biparentais) afetam na escolha parental de qual rede de ensino (pública ou privada) matricular os filhos. Utilizando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015, os resultados apontaram para dissemelhanças entre os arranjos familiares, as quais podem ser explicadas pelas diferenças nas preferências dos indivíduos, assim como na renda familiar. Verifica-se que existe maior probabilidade de as famílias investirem privadamente no ensino infantil. A evidência pode ser decorrente da oferta reduzida de creches públicas. Segundo a ordem de nascimento, para os arranjos familiares monoparental feminino e casal com filhos, as famílias preferem investir no filho mais velho, em detrimento dos demais filhos. Além disso, verificou-se que o filho do sexo masculino tem menores chances de estudar em uma rede privada caso esteja em um arranjo monoparental feminino. Esse resultado pode mostrar uma preferência da mãe em incentivar o estudo da filha em uma tentativa de empoderá-la.

Palavras-chave
Arranjos familiares; Rede de ensino; Logit; Ordem de nascimento

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