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Associação entre eventos estressores e citocinas inflamatórias e anti-inflamatórias em pessoas idosas longevas

Resumo

Objetivo

investigar a associação entre a frequência de eventos estressores e citocinas em pessoas idosas longevas.

Métodos

os participantes responderam a um questionário constituído de variáveis sociodemográficas, indicaram quais eventos estressores constantes no Inventário de Eventos Estressores de vida ocorreram nos últimos cinco anos e responderam a escala de depressão geriátrica (GDS). Foram dosados por citometria de fluxo: interleucina (IL) 10, IL-6, IL-4, IL-2, fator de necrose tumoral (TNF-α) e interferon gama (IFN-γ). A análise descritiva foi realizada para a caracterização da amostra. Para investigar a associação entre as variáveis foi desenvolvido um modelo de regressão linear múltipla, utilizando o método Backward.

Resultados

Participaram da pesquisa 91 pessoas idosas com média de idade de 82 anos. Mais da metade da amostra relatou morte de ente querido como o evento estressor mais prevalente (61%). Nessa amostra foi possível perceber que quanto mais eventos estressores foram relatados, menor o nível de IL-4 (p=0,046), da mesma forma que o estado civil viuvez, onde os dados mostraram que quem é viúvo tem menos eventos estressores em comparação a quem é casado (p=0,037).

Conclusão

Evidenciou-se a importância de um olhar mais cuidadoso dos profissionais de saúde na avaliação multidimensional da pessoa idosa, de forma que se obtenham subsídios para a implementação de programas e intervenções específicos que possam amenizar a percepção dos eventos estressores vivenciados, colaborando com menores danos decorrentes da imunossenescência.

Palavras-Chave:
Saúde do Idoso; Estresse emocional; Citocina; Interleucina-4; Pessoa Idosa

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